sexta-feira, 28 de novembro de 2008

rio, aí vou eu


e o fim de semana será com biscoito Globo, chopinho no Jobi e balada no Jóquei. E a trabalho. Ai se o trampo fosse sempre assim... Aliar a continuidade de um projeto (sim, vai rolar Gui!) a um cartão postal desses. Isso, sim, não tem preço.

e no fim das contas...

eu fui pra mesa do bar. até que o celular tocou: '"bolinha' vamos pro show? to passando aí". e lá fui eu pro Studio SP ver uma espécie de concerto de Bonnie 'Prince' Billy. Bom show, mezanino open bar e ótimas cias. Precisa de mais? No fim das contas, a gente consegue fazer de tudo um pouco: brindar com o amigo no bar, e, de quebra, resolver o tal 'caflito'. Ê laiá.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

dia de preguiça

Você acorda com dois compromissos: Queen, na Via Funchal; Bonnie 'Prince' Billy, no Studio SP. Mas a vontade é (quase) zero. A preguiça bate - e um certo sentimento de culpa também. Profissionalmente, você teria de ir em um dos dois. Mas depois de um dia que começa com duas horas no Bradesco arrumando problemas (cartão que não chega e débito automático não computado, que, por sua vez, cortou sua linha de celular temporariamente) a vontade de show é quase nula. Você pensa na mesa de bar como uma opção mais confortável. Mas o martelo na tua cabeça persiste: você tem que ir ao show, você tem que ir.
Conflito... (ou caflito, como diria o Mau...)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

sobre dias de fechamento


terça e quarta-feira se configuram como dias atípicos desde janeiro deste ano. dias, respectivamente, de pré e fechamento na redação. dias que começam cedo: às 10h na redação (ou na rua). Em ambos, o tempo passa - chove, faz sol, entardece, almoço, jantar, cafézinho... E quando você vê são mais de 23h, 0h, 1h...
Quarta-feira então é o caos. Você já acorda de mau humor e torcendo para que o dia acabe. Tenso com o que ficou faltando para o fatídico dia, tenso com o que não dá certo, com a foto que não chega, com a fonte que não te atende. Tudo parece conspirar contra você. E se você acorda não vendo a hora do dia acabar, quando dá 18h você pensa - 'catzo, o dia podia ter 36 horas'. Lutando contra o tempo, contra a gastrite que alerta como um reloginho, contra o mau humor que não cessa um segundo. E, de repente, não mais que num estalo de dedos, são 0h, 0h30, 1h, outra vez. E novamente passaram-se quatorze horas...
Uma hora a chibata cessa. Hora de ir embora.... Será? Nada. Tamanho stress clama uma cervejinha - 'bora pro Johnny'. Porque num dia de tanta bodice e pressão, só mesmo uma cervejinha com os colegas de profissão para falar de... jornalismo, é claro. Ê racinha que quando se junta só sabe falar disso. Vai entender... O pior de tudo é que eu gosto - e não sei viver sem. Que Deus abençoe a perdição na mesa do bar. Salve, salve...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

dia de megale

Com um dia de atraso, dedico esse post a uma grande irmã. A mulher que lota mesas no almoço e na mesa do bar. Todos reunidos para parabeniza-la. Para dar um abraço e desejar tudo de bom. Porque ela merece. Porque ela é verdade, é carinho, é amor. Nessa vida não há mentiras - apenas as sinceras, talvez... Amo Renata Megale. Porque ela é ela. E a vida juntou nossos caminhos. Por isso, nessa estrada da vida, estamos lado a lado. Amo - ponto.

"sou classe média demais"

A frase acima foi dita por um cara que aprendeu a falar inglês aos cinco anos de idade, filho de brigadeiro da Aeronáutica e que, em suma, não teve de lutar pela sobrevivência. De um cara que diz que o funk carioca é o rock'n roll 2.8 - ou seja, a última revolução musical. De um cara que não vê mal algum em glamourizar o gênero, tampouco que mauricinhos e patricinhas subam o morro carioca para ir ao baile. O cara que canta "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia" e "assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade". O cara é Lulu Santos. E não sei dizer até onde há sinceridade e arrogância nisso tudo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

entre zeca e tom

o irreverente vencedor

Hoje era para ser dia de Zeca Pagodinho. Sol, propício para uma gelada e samba no pé. Mas a sexta-feira não pede Zeca. Ele é aparentemente simpático, o cara do povão. Mas é uma das pessoas mais sem-graça que eu já entrevistei. E não parecia que seria. "Fala Pedrão!", ele começou. Admirador confesso, logo pensei: 'legal, vamos falar de samba'. Mas a entrevista desandou pergunta após pergunta.
- "No filme 'O Mistério do Samba' você canta com Marisa Monte a canção 'Esta Melodia'. Como as gravações foram no fim do ano passado, o fato de vc inclui-la no repertório foi de certa forma influenciada por aquele clima festivo das filmagens?"
- "Não, tem não"
- "A Marisa já havia gravado essa música em 'Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa, Carvão'. A filmagem mais esse fato contribuiu?"
- "Nem sabia que a Marisa tinha gravado. Um repórter que me falou semana passada".
Ok, penso eu. Ele deve estar num dia não muito bom. São 13h, ele deve estar de ressaca, talvez.
Adiante, falamos de Xerém, os compositores, o samba. Respostas lacônicas, sem o menor tesão em falar do assunto.
Bodiei - e me decepcionei. Por isso, hoje eu vou de Tom Zé. O baiano de Irará, que aos 72 anos fez o criativo 'Estudando a Bossa Nova - Nordeste Plaza' (sim, em homenagem, ou ironia, ao shopping West Plaza). Que em qualquer entrevista fala com gosto e profissionalismo. Que transmite tesão pelo que faz. E isso, meu caro Zeca, é fundamental.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sorriso negro

Um sorriso negro, um abraço negro
Traz....felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade ..
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solução
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)

Dona Ivone Lara/Hermínio Bello de Carvalho

vivendo e aprendendo a jogar

de ontem e hoje

- ser independente é bom. bom demais. cantar sozinho na pista e ser responsável pelos seus próprios atos é uma virtude.
- não confie cegamente em ninguém. vc vai se decepcionar - é fato. ou seja, não deposite expectativas (nunca).
- entenda que, no fundo, as conseqüências são tuas. e vc que deve arcar com elas. e não tente achar um culpado. o réu é vc mesmo.
- não alimente rancores. virar a página e pedir uma gelada é o melhor caminho.
- meio Paulo Coelho? Talvez porque a vida seja mais óbvia do que as filosofias.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Como dois e dois...

É inevitável. Eu não conheço um que não goste ou não saiba um refrão dele. E é por isso que ele é Rei. A ala mais jovem também sabe reconhecer. Basta ir a um show do Del Rey e entender porque as músicas de Roberto Carlos são atemporais. É claro que o China ajuda e muito para esquentar a pista. Por isso, hoje é dia de Del Rey. E ponto.

música e vídeo do dia

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

coisas de ju


Juliana Vettore é uma dessas coisas que você não entende. Às vezes, por culpa dela mesma. Que te embaralha, fala uma coisa em cima da outra, quer fazer tudo de uma vez só. Afinal, por que não ler um livro, comer um milho, tomar água e fumar um cigarro e ainda discorrer sobre a África ("curdos ou turcos?"). Mas a Ju, mais do que isso, te faz desentender e perder o rumo porque é uma dessas meninas apaixonantes. Que te faz rir descontroladamente, ver a vida colorida e crer que tudo se resolve. Ela é a cia. perfeita para um show, um teatro, um cinema ou uma cerveja. Ou para um telefonema de meia hora. Ela tem os pés no chão, mas não precisa de muito para sair voando, sublime, como se tivesse asas. Ju Vettore é serenidade, é sorriso. É pistinha com sacolejo, brindes e... mais risadas. A gente transita pelos mais diversos apelidos gastrônomicos e ela adora se expressar em espanhol ou inglês. Porque a gente curte, juntos, pequenas e boas coisas da vida. E torce, sempre, pela felicidade conjunta. Ou como na foto acima, se curtindo em seu quadrado.

até onde?


Ela tem um jeito de menina. Desde a primeira vez que falei com ela - e até me incomodava entrevistar uma criança (sim, ela é uma criança e tímida).
- Mallu, você não se assusta com essa exposição? "Ah, não".
- O que você está achando disso? "Ah, é legal".
E dava sinais de certa rebeldia.
- Como teus pais lidam com isso? "Ah, eles tentam me colocar os pés no chão. Mas nem sempre concordo com tudo que eles falam".
Os meses passaram. A exposição aumentou. Ela vendou conteúdo pra Vivo, gravou com Marcelo Camelo, ganhou matéria de 10 páginas na Bravo! e foi intitulada "revolucionária" aos 16 anos. Continuava me incomodar esse espaço dedicado a uma menina. Como pode uma menina de 16 anos ser revolucionária? Como pode a imprensa levantar tanto a bola de uma garota que ainda está se desenvolvendo?
Na última sexta, durante o show de Marcelo Camelo, eu entendi. Balançando a perna como uma criança num balanço, Mallu cantou três faixas - 'Janta', 'Morena' e 'Faz'. Nesta última especificamente, me chamou a atenção o jeito meio Janis Joplin, a despretensão, o talento... E saí de lá com o receio: até onde pode ir Mallu Magalhães.
Porque se ela der continuidade a este trabalho a mídia pode dizer que ela estagnou. Se ela mudar demais podem dizer que ela perdeu a mão. Porque a mídia é faminta - para alavancar o novo e para destruir o velho. Mas, como bem disse-me Marcelo Camelo, quem descobriu Mallu não foi a mídia. Descobriram-na através do MySpace. E a imprensa foi atrás quando Mallu já era consagrada e tinha milhares de acesso na rede (hoje são mais de 2 milhões). Portanto, ela já tem o seu público. Resta agora ela saber conduzi-lo. E nem precisa mudar. Está indo muito bem como está.



sobre o fim de semana

Sexta-feira, 0h. Algumas latinhas depois entre o fim do expediente e o show do Marcelo Camelo, o bonde começa a se armar. Parada na casa do Planet, pit stop no Ric, 1 seg. no posto e 'pof'. Dormir. Até chegar à Praia da Baleia para as celebrações infindáveis da 'Nha nha'. Horário? 5h (toda vez tem sido isso - horas a fio na estrada, o que será o reveillon?). Bom, copinho d'água, 'pof' de novo.
Sábado, 10h30. Macacada reunida à mesa do café. Dri (o motivo do auê), Ju, Mazinha, Planets, Pensa, Borelli, Edu, Pati, Henrique... Sol a pino, bora a la playa. Passeio nas pedras com a tia Dri de um lado, a turma do esporte pro outro (como anda essa gente né tia Dri?). Hora de começar. Entre cervejinha e bom papo, a tarde prossegue.
16h - 'Bolinha' vamos comigo receber a Rê, o Caio e o Murillo. Sim, o triozinho optou por ficar em Sampa para uma balada qualquer na sexta-feira... Era quase a hora de começar o churrasco. Antes, mais uma paradinha na praia. E até um baby pediu pra eu segurar um pouquinho (mereço?). Desacatei. O sábado ainda tinha muito pra acontecer. E aconteceu.
Carne a postos, cervejas idem, cachacinhas e caipirinhas...
Às 19h o álcool já surtia efeitos. Hora do banho para dar uma clareada (ou turbinada?). Lá embaixo o som rolando, a galera chegando e a festa ainda iria longe. Sorry vizinhos.
A lisergia começara... Violões, rock no Vet Garage, samba da Dri do Borogodó. Foi de tudo um pouco, ou melhor, um pouco de tudo. Segurar um pouquinho foi impossível. O descontrole (e a risada) estava no limits, né Gui, Caio e cia? Diós, o que foi aquilo...
4h30 o cenário era deserto. Sobrara eu e Murilinho de pé - outros mortos no sofá, outros na cama, outros por aí (até no banheiro...). Cerveja? Não mais. Então vamos de vinho, drinques.. E risadas. Até um pulo na piscina para finalizar uma noite que, bem, quem viu viu. Né Murilinho?
No domingo, mais praia, mais cerveja e... mais moderação. Os resquícios do fim de semana eram evidentes. Agora sim, segura um pouquinho e mini-me-liga. Que o fim de semana foi MAAASSA!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

teatro, samba e saudade

A quinta sem programação acabou tendo três eventos numa tacada só. Sabe? Pois é. Simples assim. De repente, você não tem nada. Dia pós-fechamento, é dia de ficar tranqüilo. Pelo menos, no trabalho. E ao entardecer aquela pulguinha atrás da orelha só não quer é ficar em casa. E aí vc se rende aos convites. "Batata, vai hoje ver a peça?". "Tá bom. Vamos!". E lá vou eu ao Coletivo Fábrica (leia no post abaixo). 22h30, fim da peça, aplausos e... hora de partir para a segunda missão. Ir à inauguração da Casa do Samba, uma nova casa no Itaim. Samba de Rainha, chopinhos e... 0h15. Chega. Hora de matar a saudade. Isso já estava pré-estabelecido à tarde quando ele me mandou o email. Mas era hora da verdade. Bora ver o Maurição no Inferno (uma balada bem agradável na Augusta). Cervejinha em mãos e lá vamos bailar ao som de Visite Nossa Cozinha (cujo o exímio saxofonista, Celão, é um dos integrantes). Na pista, Maurição e a namorada, Pri (salve, salve!); Kikilds (primeira-dama do saxofonista) e Carol, amiga da Kilds. Som bom, pessoas ótimas e cervejinha. Que saudade que eu tava do meu grande amigo, meu parceiro, meu irmão caçula. E como é bom matá-la. É nóis Mau.

a discussão do vazio

A independência frustrada em cena no Coletivo Fábrica


Beatriz é... atriz. E justifica o 'destino' pelo próprio nome: "de "be" (inglês) atriz: ser atriz". Fred Fausto é um artista plástico egocêntrico. E Ghandarva uma cantora de bossa lounge. A primeira se gaba de encenar no palco para um único espectador, que se masturba ao vê-la em palco e sai na metade do espetáculo. O segundo faz bico no hypado Ritz. A terceira se limita a ficar em casa praticando yoga. A tríade mora junto, sob um apartamento cujo aluguel não é pago há três meses. E quem disse que eles se importam? Eles são artistas, alma de artista, cabeça de artista. Gostam de filosofias de artistas e de drinks e 'cigarrinho' de artista. Uma vida aparentemente colorida, cheia de risos e muita inteligência. Mas a realidade não é esta - e eles sabem, só fingem não enxergar. "Nós não temos de preocupar com aluguel. Nós somos artistas", brada o artista plástico. Sua principal obra na carreira? Fezes humanas em chamas. Até que surge a idéia de um manifesto, como se aquilo fosse salvar a vida deles. Ledo engano (e eles sabem!). Precisam apenas de algo para matar o ócio.
Em meio a uma filosofia de independência, Fred, Beatriz e Ghandarva enganam a eles mesmos. Não entendem porque Mallu Magalhães, uma menina de 16 anos, faz sucesso porque canta folk. E tampouco idealizam aparecer na TV ("Jamais! Isso é comercial. E a arte não é comercial"). O discurso é presente em muitos artistas da cena atual. E é justamente o que revela de forma bem-humorada a peça Artistas, de Waldemar Neves, em cartaz no Teatro Coletivo Fábrica. Por que, no fundo, a história de independência nada mais é do que uma máscara para justificar o seu fracasso. Afinal, que artista faz arte para você mesmo? Que artista quer que sua expressão se limite ao seu consciente? Isso não é arte. Arte é alcance, é público. Por que artista é egocêntrico, como jornalistas e tantos outros profissionais. E tudo o que qualquer um quer é ser bem-sucedido. E este patamar para artistas é ter reconhecimento. É ter admiradores. É ter mídia.
E é isso que Beatriz, Fred e Ghandarva também querem. Vá ao Coletivo Fábrica, ria e reflita sobre isso. É o que Marina Wisnik, Luiz Gustavo Jahjah e Bruna Lessa (atores da peça) vão proporcionar a você.

Teatro Coletivo Fábrica. R. da Consolação, 1.623. Quartas e quintas, 21h30. R$ 10 a R$ 20. Até 4/12.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

notícias-fúteis-que-você-lê

Capa do G1 - 13/11/08

Vídeo mostra briga de Dado e Luana Piovani

Um barraco documentado por câmeras que durou quase três minutos (assista ao vídeo exclusivo da briga de Dado e Luana) . Assim foi a briga envolvendo os ex-namorados Luana Piovani e Dado Dolabella, que deixou uma camareira ferida e se transformou em caso de polícia. O conflito foi flagrado por imagens do circuito interno da Boate 00, onde o casal estava. O registro das câmeras é datado da madrugada do dia 23 de outubro.

Está no YouTube: http://br.youtube.com/watch?v=KQzmEtBUJPM

fez-se a alegria...


Me sinto tão só
Mas... O tempo que passa
Em dor maior
Bem maior...
Linda!
No que se apresenta
O triste se ausenta
Fez-se a alegria
Corra e olhe o céu
Que o sol vem trazer
Bom dia!
(Cartola)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

eu canto para quem?


Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?


Adriana Calcanhotto

rock, puro rock


Não sou nem de longe um fã-exemplo de rock, e devo muito a um grande amigo, Caio, uma aproximação ao gênero (e seus representantes) nos últimos tempos. Mas nenhuma delas foi melhor que o show presenciado ontem na Via Funchal. Catártico, explosivo, insano. A apresentação de Michal Stipe e sua trupe do R.E.M. superou todas as minhas expectativas. Afinal, o que aqueles rapazes da década de 80 ainda teriam a dizer, além de Losing My Religion? E tinham - e muito. Do começo ao fim, contando apenas com um telão, sem grandes pirotecnias do mundo pop, o que se pôde ver em duas horas foi uma banda que está à frente do seu tempo e um vocalista que sabe ser performer sem parecer patético. Stipe dança, se contorce e até ensaia passinhos country vestido de seleção brasileira. É simpático, desfila pelo palco e desce para ser afagado pelo fãs. A Via Funchal ontem virou um vulcão - em todos os sentidos (e nem estamos falando do fato de o ar-condicionado estar em standby).
É dele, Stipe, a responsabilidade por fazer a temperatura subir a inestimáveis graus celsius.
É dele, deve-se dizer, um dos melhores shows de 2008 - se não o melhor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

intensidade parte II (e III)

Depois de uma sexta-feira intensa, o sábado e o domingo reservaram novas emoções. E nada por acaso, já tava tudo programado e eu até avisei o meu fígado pra ele segurar a peruca que o finde ia ser longo. E foi.
Sabadão, 15h. Tudo esquematizado com o Murilinho: Boteco Bohemia, ativar. Cerveja vai, cerveja vem e uns petixxxcos para forrar o estômago (rá!). Por ali, mais uns agregados: Déia, Mel, Dinho, Alex... Todos alegres e simpáticos (nível 1 na escala Dinho). Showzinho da Teresa Cristina, bora pro palco. Homenagem a Barack Obama e momento-mama: "Me desculpem a deselegância, mas vou tirar as sandálias porque agora somos duas" (disse gravidissíma, mãos na barriga). E a cerveja continuou rolando e o nível já tava exuberante (escala 2 do Dinho).
20h, hora de me despedir dos parceiros de Boteco e encontrar outra turma no Planeta Terra. De lá até às 3h, cerveja, whisky, energético e músicas mil. Até uma nostalgia adolescente: "pretty fly for a white guy", com Offspring. Área vip, celebridades, reencontros - hora de ir embora. Já no nível impossível (o último da escala Dinho).
Não bastasse a ressaca no domingo, acordei já com novo compromisso. Como lembrou Murilinho: "cara, durmo bêbado e já acordo atrasado para nova manguaça". Era a feijoada da Tia Cleide - uma figura osasquense sem palavaras. Acompanhada de outros amigos do seu naipe. Uma doideira só. Samba, feijuca e... cerveja (sabe?).
19h, toca o celular: "meu, cadê você??????". Era Thata: a aniversariante do dia, ou melhor, do dia 10 que tava comemorando no domingão. Cinco minutos depois, novo toque: "pilds, vem logo". Calma Ju. E ainda tinha uma mini-passada na comemoração de 1 ano do blog do Danilão. Hunf, missão abortada - já era tarde. Bora pra gafieira da Thata. Ótimas cias., colegas de editoria, sonzinho do bão, mais cervejinhas... E a noite só terminou pra mais de 0h.
Status da segunda-feira: um mau humor do cão e a promessa de que a missão da semana será segurar e bem! E ainda tem show do R.E.M. Jesus!

sábado, 8 de novembro de 2008

sessão piegas-clichê


Existem três tipos de pessoas no mundo:
as que fazem as coisas acontecerem,
as que vêem as coisas acontecerem
e as que perguntam o que aconteceu.

Autor não-identificado

intensidade

sexta-feira, chuva, calor. 21h30, redação: hora de desligar e começar.
primeira parada: despedida num bar em higienópolis (salommão). copinho vai, copinho (mais)vem. social vai, social vem. a menina que vai pra brasília, os rapazes que estão à espera da outra noite, numa lisérgica barra funda. a menina que desistiu do jornalismo e foi ser figurinista de teatro, ópera, e, vá lá, publicidade ("pra ganhar dinheiro, né?"). o outro, é o mesmo de sempre - meio aéreo, fica um pouco e se despede pra uma festa de um amigo x, "numa casa, ou melhor, num apê". um rapaz ao centro, toca pra ele mesmo, baixinho, sem muito alarde. djavans, maria rita, lenine... para ninguém, para ele mesmo.
23h30 - hora da nova missão. ir ao lançamento de um videoclipe de um novo grande amigo no Outs. mas era cedo. "a balada só abre 0h", lembra a hostess. o celular toca, e do outro lado da rua minhas meninas de bebedouro. em instantes, a nova febre - segura um pouquinho - se espalha, né Mel? loris e o copinho de vodca sempre em mãos. 0h30, acho que dá pra entrar. "pera, vamos colocar na minha garrafinha" (sim, aquelas de empresário alcoólatra, sabe?). e lá vão elas...
pera, a pri tá chegando. pera, pit stop no carro. de lá, inebriados, agora sim: balada!
antes, oi Fê, oi Lu. um abraço forte (era por eles que eu estava ali, afinal) e bora pra pista. 2h, 2h30, 3h, 3h30. Hora do show... Do videoclipe, do incrível videoclipe, melhor dizendo. Como dança essa tal de Lu Orvat.... Como foi bom estar ali... Loris, Déia, Pri.. Fê e Lu... Bão demais. Integrai-vos mais vezes.
E o fim de semana ainda tem o Boteco Bohemia, Planeta Terra, niver da Thais. Vai ser difícil segurar um pouquinho.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

coisas de batata


A cerveja foi nosso primeiro (des)encontro. Um dia pós-aula na PUC ela me ofereceu um copo e eu (indelicadamente, eu sei) recusei. Dois minutos depois, chega o Paulo Planet e eu aceito. Eu nem lembrava assim dessa história, até que um dia ela desabafou o rancor. Mas ela não demorou a me perdoar. Dali em diante, a coisa escrachou - ê intimidade!. A gente se chama dos mais diversos codinomes - batata, maionese, catupiry, catchup, presunto. Sempre tudo a ver com comida, claro. Porque a gente gosta mesmo é de mergulhar em maionese, principalmente na pós-balada. Também adoramos on the road. Cantar e cantar alto - e o repertório vai longe, passando até pelo sertanejo. A cantar, a desabafar, a celebrar, a chorar... Nós estamos juntos em todos os momentos, mesmo que seja ao telefone ou msn. Porque a gente tem os nossos momentos longe, mas é que é como irmão mesmo. Em todos os sentidos.
Renata Megale é uma linda preciosidade. É intensamente verdadeira e acolhedora. Capaz de levar alguém que ela acabou de conhecer no bar pra dormir na tua casa. E pagar uma conta astronômica do bar só por agradar. E diz: "ai gente, deixa pra lá. a gente tá aqui pra se divertir. tô cagando pra dinheiro". Às vezes me liga chorosa e me deixa preocupado, mas, como irmão severo, ordeno: "pára Renata, já!". Dou broncas e damos risadas. Ah, minha irmã, foram tantas histórias, tantos momentos... Até Rio de Janeiro com todas as nossas causações. Como eu digo, a gente é lá e cá batata. Porque a gente veio, a mando de força maior, ficar assim como a foto acima. Um do lado do outro. Sempre.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

uma santa chamada vitória

Jamais pensei que iria acontecer isso outra vez, tampouco em apenas 3 dias. Mas aconteceu. Eis que meu celular toca e uma voz de uma mulher simples pergunta sobre o Pedro Henrique. A princípio, acho que é algum assessor ou telemarketing. Mas não. "Oi Pedro, você perdeu sua carteira?". Pronto, não acreditei. O alívio foi instantâneo. Não me importava o dinheiro que estava ali dentro, mas sim meus documentos. Mas o que mais me surpreendeu foi a força de vontade dessa mulher em me localizar. Ela não foi simplesmente à Polícia. Primeiro, ela contatou meu plano de saúde - que, segundo ela, não retornou e nem passou meus contatos. Preocupada em me despreocupar, ela foi até uma agência Bradesco e pediu autorização da gerente para que eles passassem meus contatos, que enfim foram dados. Eis que ela me achou e eu a achei. Uma santa chamada Maria Vitória - "pode me chamar só de Vitória mesmo". Sem palavras e que Deus abençoe esta mulher. E que ações como essas se repitam mais na humanidade. São essas coisas simples da vida que transformam teu dia e te fazem repensar conceitos. Nem todos são iguais.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

a vida sem música


A cada música o motorista sacolejava a cabeça e cantava os trechos que sabia. Chegado numa MPB (como eu), começamos a cantar juntos algumas - no melhor estilo 'on the road'. "Você é chegado numa música, hein?", direciono a ele. A resposta: "Música é muito bom, é bom demais". Consenso: a vida não seria nada sem música. Afinal o que seria dos momentos de celebração, dos amores não-correspondidos, da paquera na pista, do afogar de mágoas...? Nada, seria, definitivamente, nada.

e ele conseguiu...


O que o mundo inteiro torcia e, por instantes, acreditava que não iria acontecer se tornou realidade na madrugada de terça para quarta. Soube assim, do nada, crente que a parada ia sair só daqui uma semana (lembram da enrolação Al Gore e Bush?). Pois estava de papo com o Murilinho, e eis que surgiu o debate política. "Vamos ligar na Globo News?", sugeriu o jornalista nato. Eu, aceitei. E lá estava: "McCain reconhece derrota". E em Chicago uma multidão esperançosa, que enfrentou filas e filas para consagrar o vencedor, Barack Obama. É fato, como já disse anteriormente, que não podemos nos iludir e achar que ele vai fazer uma revolução, como acreditamos no 'sindicalista-operário-atual presidente da República'. Mas a verdade é que a vitória de Obama vem com sabor de esperança. E isso já vale. Só espero, como levantou Dona Ana (mãe de Mazinha), que ele não seja vítima de atentado à la Kennedy. PAZ!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

uma esperança...


E, após tantos meses de primárias e embates, começou a eleição americana. E, desde o início, um cara sobressaiu na disputa. Um homem negro no comando do país mais poderoso do mundo? Pois foi a possibilidade que Barack Obama levantou e que o mundo acompanha atentamente, por looongos meses, a concretização ou não dela. Me lembra um pouco a história do "operário-sindicalista-atual presidente da República". É uma chama de esperança que se acende, mas que sabemos que não necessariamente implica em mudanças lá na frente. Mas implica: em mudança de posição, de menos conservadorismo, sinaliza uma mente mais aberta da população. É por uma posição um pouco mais humanitária de Barack Obama que uma boa parcela do mundo torce voto-a-voto por ele. É por ele gostar de Bob Dylan, ter uma carinha simpática que transmite verdade e por ter um coração menos infectado de ideologias medíocres que eu - e tantos outros - simpatizam com ele. Go Obama!

um raio, duas vezes... o rock'n' roll


Empolgado com as novas direções de um projeto que ganhou sobrevida, vc sai do Metrô e caminha até o destino, a ilha de edição. Ao chegar nele, olha a mochila, olha pro seu 'sócio' que tb acabou de chegar, um bolso aberto e a certeza de que tudo o que havia nele foi caindo pelo caminho. Mas vc sabe bem em que momento eles caíram ("naquela hora que eu tropecei"). Volta ao lugar, acha o cigarro, o porta-cartões, o dinheiro... menos a carteira. Bate o desespero: não acredito, de novo?
Faz quatro meses que vc 'esqueceu' sua carteira em cima de uma muretinha, lá pelas tantas da madrugada em Paraty, na Flip. E, descrente, um mês depois, ela surgiu numa casa da zona leste em São Paulo (não me perguntem, até hoje não sei como ela viajou tanto) com todos os seus documentos e, inclusive, os do cara que tomou sua carteira e circulou com ela por Paraty. Vc resmunga, teu amigo te olha com aquele ar de 'não-sei-o-que-fazer' e solta: "vale um post no blog essa história". Vc pára, pensa e, inacreditavelmente, concorda para vc mesmo.
Vc chega de novo ao destino, faz o BO pela delegacia eletrônica, liga pra mãe pegar o telefone do Bradesco e cancelar os cartões.
Passada a burocracia, não entra na mesma bad trip de quatro meses atrás: acredita para si mesmo que o que tinha de ser será. E, no clima de reveillón, pensa que será mais atento daqui pra frente. E, principalmente, que não andará mais com o RG original... (ah, as promessas de fim de ano...).
Resolve engrenar o papo com os amigos-sócios, fala dos problemas do projeto, dos ânimos e das novidades. Toma uma, duas cervejinhas, fuma um cigarrinho e segue adiante. Teu 'sócio-mor' te olha, lá pela 0h, e diz: "Vegas?". Vc não acredita naquilo, quer, na verdade, ir pra casa. Mas seu amigo insiste, diz que precisa dormir em casa para enganar os pais que foi na aula de inglês. Meio inerte por aqueles acontecimentos, vc topa. Ou aceita topar quando se vê na frente da balada.
Lá dentro, pessoas bem esquisitas. Homens de regata, manos, mulheres de salto alto e chapinha. Um rock barulhento, mas legalzinho até. Passa 1h, 2h, até que vc pensa: "bom, segunda-feira. acho q tá bom por hoje. hora de segurar um pouquinho!". Sai com teu brother, passa no Burdog antes e chega ao ponto de origem de um dia estranho. Nada melhor que a tua casa. Ao deitar na cama, apenas um pensamento, olha pro brother e 'desabafa': "o pior de tudo é ter que ir no Poupatempo". Pensando bem, podia ser pior. Sempre pode. Mas ainda assim vc pensa que o azar é visita freqüente. Mas a bad passa... E a gente segue. Sempre. Mesmo na bodice!

domingo, 2 de novembro de 2008

expressões de um fim de semana (sem sap)

"segura um pouquinho"; "mentaliza"; "maaaassa"; "too much (ou 'timó teo')"; "sabe?"; "precisa?"; "pô mermão, num fode"; "luseleme"; "e aí saquarema?"; "nha-nha-nha-nha"; "rash"; "esta é de nozes, mas esta é DÃ MAÇÃ"; "popilds"; "terrível"; "pega mais uma cerveja"?; "ó o sol, uhu, astro-rei"; "posto 9, palmas pro sol"; "paredão"; "segura mais um pouquinho"; "câmbio pil"; "hoje é dia de MAAAASSA"...