sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

altos e baixos

o que valeu a pena em 2008

- Madonna, vigor físico, performer e tecnologia surreais
- Ver o Gil recuperar as cordas vocais
- R.E.M. e o bom e velho rock
- O incendiário Hives, no Orloff Five
- A catarse coletiva com o Muse, no HSBC Brasil
- O show de Caetano com Roberto -sem novidades, mas e daí?
- O lançamento do álbum do 3 na massa
- Os dois discos dos ex-Los Hermanos, Rodrigo Amarante (com Little Joy) e Marcelo Camelo (sozinho).
- O show e os seguidores de Marcelo Camelo e o duo com Mallu (to falando de música!)
- A união de Maria Bethânia e Omara Portuondo - biscoito fino
- Ana Cañas e sua postura rebelde de uma jazzista que ainda irá se encontrar
- Os shows contagiantes do Del Rey (fui em uns 3 esse ano)
- Sonny Rollins, The National, Gogol Bordello e MGMT (as únicas coisas boas do micado Tim Festival)
- Planeta Terra e a organização: campeã disparada de todos os eventos
- Cada um no seu quadrado: a frase de 2008
- Show e o disco do uruguaio (quase brasileiro) Jorge Drexler
- A elegância e simplicidade de Madeleine Peyroux
- Passar horas conversando (e bebendo) com Roberta Sá, Ana Cañas, Rodrigo Maranhão, Marcelo Caldi, Fabiana Cozza, entre outros, em um tarde de quinta, em um bar na Lapa - eu e eles.
- Herbie Hancock e o vigor de sempre
- Mônica Salmaso e Osesp, na Sala São Paulo, ou sozinha com o Pau Brasil, no Teatro Fecap
- Leif Ove Andsnes
- Mini hang loose e mini me liga - com flip
- sair mais de São Paulo
- Nina Becker e Do Amor fazendo o repertório do disco Build Up, de Rita Lee
- balada em cima de um rio, em Manaus
- Velha Guarda da Portela com Marisa Monte, Teresa Cristina e Diogo Nogueira, no Sesc Pinheiros.
- Manaus e Festival de Ópera com Roger Waters
- Exposição 'Cinema Sim', no Itaú Cultural
- O monólogo Acqua Toffana, com Dani Barros
- Jordi Savall
- Paralela 2008
- Os jovens talentos, Rodrigo Bivar, Rodolpho Parigi, Marina Rheingantz, na exposição 2000 e oito, no Sesc Pinheiros.
- Na Natureza Selvagem
- Beeeeeeeijo, que já tá MÃSSA!

vício instantâneo

pois é. sou mais um, pelo menos essa tarde, que não consegue parar de ouvir esse raio dessa música - 'Elephant Gun', da americana Beirut. E eu nem vi Capitu para vidrar nessa onda meio folk, indie, cigana.

mudérnas

foto: lu orvat

estou eu e ela cara a cara. entre as sobras da redação. dia 26 de dezembro, vazia. silenciosa. olho pra ela mais uma vez, e vejo que se 2008 teve diversas bodices, ele foi capaz de proporcionar coisas boas, sim. entre elas, ela: a thata. e, de quebra, essa figura, a autora dessa foto. lu orvat, uma artista na minha vida. das boas - e mudérnas.
e tenho dito.

pro fim de tarde

sol escaldante. reluzente. caipirinha a beira-mar. energias boas. pessoas boas. areia. mar. água. muita água. branco. luz. céu. banho. chuva num fim de tarde. tambores. cigarras, cigarras. incenso. palmas. saia rodada. energia. muita energia. orixás. saravá. terreiro. energia.
(porque é como eu vejo essa música).

contagem regressiva

ok. o natal passou. você foi na noite do dia 24 comer aos montes com aqueles tios e primos que você não viu o ano inteiro. tomou umas, fez piada, levou outras. e... hora das sobras. 2h os telefonemas começam. encontra um, o outro que passa no teu prédio e não é que tinha bar aberto? Um único, ali na Vila, o Pero Vaz. Ali ficamos até 6h30 - os caras foram espertos e fizeram a festa da galerénha.
dia 25, você acorda 10h (pode?). E vai... trabalhar, enquanto seus pais estão rumo ao interior para ver o outro lado da família. pós-trabalho, cerveja, cerveja e cervejas em casa. e brinde saideiro (sim, de chandon) com aquela tua amiga paulista-carioca. naquele clima que tudo se realize em 2009...
a chibata ainda continua. só largo ela amanhã. e aí, domingo, aí sim. praia, sol e cerveja.
me leva que eu vou. pq eu já to ensaiando meu pé há semanas em 2009. e ele não chega nunca. 2008: bjvaza!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

o nosso


porque eu paguei um pau pro nosso obama brasileiro. foda. (roubado do blog Mais uma Dose)

anti-clímax

não, eu não enfrentei o shopping ainda. não comprei n-a-d-a de natal. estou trabalhando nesse dia lindo. e com uma ressaca braba do sambinha de ontem no ó do borogodó. ah, e em pleno fechamento com matéria de capa. natal pra quê meu deus? que bodice.
Campanha Acaba 2008, Acaba!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

melancolia boa

e o irlandês Damien Rice foi enfim confirmado. Após algumas especulações, a Time 4 Fun anunciou uma única apresentação dia 30/1, no Citibank Hall. Por aqui, ele, infelizmente, foi tarimbado pela incessante 'The Blowers Daughter's', do longa 'Closer'. Uma composição bonita, massacrada pela versão brasileira de Ana Carolina e Seu Jorge ('É isso Aí').
Mas Damien Rice é mais que um compositor de um único hit, como comprovaram os discos 'O' e '9'. Dia 30 estarei lá. Fato.

sábado, 20 de dezembro de 2008

aquele de sempre

tem certos dias que você não quer nada. nada, mesmo. ou melhor, quer. mas não quer. sozinho, você despacha pedidos de socorro - solenemente ignorados (afinal é sexta-feira e a maioria já tem compromissos definidos).
tarde da noite, já conformado com a cama e nada mais ele liga e comparece. para dar um rolê pela cidade, tomar aquela saideira e falar da vida. ou, se quiser, não falar nada. e ele te entende. porque é parceiro até o último segundo, é generoso como poucos que conheci na vida. preocupa-se com amigos com uma fidelidade ímpar. sem qualquer frustração de perder aquela baladinha. porque amizade é isso. e ele sabe ser amigo.
valeu mauricio. nóis.

elas e a ilusão

sempre bom ver Marisa Monte. Este duo, porém, reúne outra bela e talentosa cantora, a americana radicada no México, Julieta Venegas (a mesma que canta com Lenine em 'Miedo').
Letra e voz - em sintonia perfeita.
Presente no álbum 'Acústico MTV', de Julieta.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

o dia em que vi madonna


Eu nunca fui fã. Nunca vi a menor graça em ver bibas tresloucadas histéricas com o primeiro acorde de Like a Prayer. No máximo, observei meninas posarem de sensuais ao som de Like a Virgin (algumas fingindo). Mas, como jornalista, acompanhei um escândalo e outro na mídia, assisti aos clipes de forte apelo erótico e, claro, seus filmes. A verdade é que ela estourou no mundo no mesmo ano em que eu nasci. E, por isso, pouco acompanhei aquele início. E pouco me importei com sua carreira, suas músicas e sua vida. Nas últimas semanas, porém, o assunto vinha à tona freqüentemente. Li matérias mil e fiz algumas - do aviso do show, ao incompetente sistema de vendas, e, enfim, sobre a chegada dela. Pois ontem eu vi Madonna.
A expectativa começou cedo. Sucessivas reuniões me fizeram sair com atraso e o trânsito me preocupou. No fim das contas, tudo deu certo. Cervejinhas antes de entrar, bora conferir o Morumbi. O espaço dos são-paulinos estava tomado. Arquibancadas, cadeiras e pista lotada. Todos por Madonna. Evidentemente que nem todos fãs. Como eu, havia outros tantos ali apenas pela expectativa de entender como uma mulher de 50 anos leva tanta gente à loucura. Como uma mulher aos 50 anos se esparrama pra lá e pra cá com uma facilidade de dar inveja a tantas menininhas. Tudo isso se confirmou ontem. O atraso, de mais de uma hora, aumentava a ansiedade. 'Pera Pedro. Não pira. Você não é fã da Madonna, lembra?'
Bom, às 21h50 as luzes se apagaram. Imagens apareciam freneticamente de um cubo imenso, que começa a subir... e de dentro dele, sai ela, Madonna. De um trono, com pose de rainha sexy. Luzes e luzes (de máquinas e aquelas coisas que os cambistas vendem) iluminavam todo o Morumbi. Era impossível não ficar estático com aquela cena. No palco, ela. No estádio, 67 mil pessoas pareciam não acreditar no que viam. E no que ainda estava por vir.
O show de Madonna é uma experiência à parte. E surpreendente. É megaprodução, com tudo o que uma rainha do pop pode ter. Tem blocos desprezíveis, como a parte cigana - mas até esta tem a bela cena de You Must Love Me, acompanhada ao violino. Há uma sequência de clichês também. Em Get Stupid, telões misturam imagens de guerra e fome para depois saudarem Obama, Gandhi e outros supostos ídolos dela. É chegada um dos ápices da apresentação. Os 25 anos de carreira se transportam em imagens no telão, que repassam todas as suas fases, de Like a Virgin, passando por Ray of Light, Music e Confessions. Madonna ao microfone brada, Shes Not Me. Eis que quatro sósias surgem no palco, representando estas fases. Madonna desmascara uma a uma - como que lembrando que o posto de rainha é dela, e que as outras tantas que tentarem ser como Madonna jamais chegaram (ou chegarão aos seus pés). O beijo caloroso na boca de uma delas, leva os muitos gays e lésbicas ao delírio.
Mas Madonna não é apenas do público gay. Havia famílias aos montes no Morumbi ontem. Eu, acompanhei de cima de uma caixa/banquinho que um inacreditável vendedor cedeu a mim. Dividi o privilegiado espaço com o filho da Hortência, que acompanhava, mãezona, faixa a faixa.
Após quase duas horas, ela surge com a camiseta do Brasil para se despedir. E dançar mais um pouco. E como dança, meu deus... É de uma forma física absurda, uma dançarina de primeira.
Antes do bloco final, ela havia feito um de seus melhores números. Ao pedir para que um fã escolhesse uma música, o mesmo não titubeou: Like a Virgin. Apenas ao violão, ela cantou verso a verso acompanhada de um emocionante coro de 67 mil pessoas. Foi impossível não pirar naquela viagem. É impossível não ceder aos pedidos dela. É impossível não entender aquele universo. Madonna é uma só. É única. É o pop puro, com todos os recursos, em forma de uma mulher diminuta, de 1,65 de altura. Mas de incomensuráveis metros de majestade. Podem dizer que ela faz playback ou que ela é fake. Ela, como pouquissímas, tem esse direito.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

um furo nem tão n'água

o esquema está agilizado há uma semana. no sábado, dia do evento, você fica ansioso e quer guardar energias para aguentar a noitada... a logística demanda organização: ponto de encontro, quem vai, como vai, que horas vai. mas ao chegar, tem uma que não se anima muito, o outro é contaminado. até que quando vc tá cogitando ir embora, uma pequena confusão se instaura. 'briga?'; 'tiros'?. Ok. lets nessa. A tensão causada pela contradição de informações lima a expectativa de ir curtir a noite em outro lugar. Você e a turma decidem então ir pra casa de um deles e rir a noite toda por ali mesmo. 2h, 3h, 4h, 5h... Até 8h da manhã, com direito a café. muitas risadas depois e algumas cervejas, você constata que ir para uma grande noitada exige sincronia total entre todos. mais do que isso, que às vezes, também, a cia. se basta. ficar no cafofo dando muitas risadas tem o seu valor.

sábado, 13 de dezembro de 2008

massa a 3



3 instrumentistas de peso - Pupillo, Rica Amabis e Dengue. Composições autorais em parcerias com Lirinha, Rodrigo Amarante, Jorge Du Peixe, Rodrigo Brandão e Catatau, entre outros. Canções que versam sobre relacionamentos desencontrados ou vividos. Sob a perspectiva, predominantemente feminina, em vozes diversas: Marina de la Riva, Alice Braga, Nina Becker, Simone Spoladore, Pitty, Bárbara Eugênia...
Dica do blog: um dos melhores projetos de 2008, que se chama 3namassa.
No vídeo, uma das canções preferidas: 'Tatuí', na doce voz de Karine Carvalho contracenando com o ator João Miguel, do longa 'Estômago'.
Verso escolhido>
"Que juntos,
num segundo a mais desse olhar se faz
Um sonho,
que acordado é muito mais do que dormindo"

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

de cuiabá

o clipe é bem bom.

dia de conhecer e superar

gravação do DVD do Vanguart no Avenida Club. Bora Fê, Rilds, Luba, Thata e cia - boas, como sempre. Não havia visto ainda essa banda de Cuiabá ao vivo. É folk anos 60, bem Bob Dylan. É leve. É rock pra cantar e mexer os pezinhos... E lá estava ela, a ex do vocalista Hélio Flanders, Mallu Magalhães fazendo participação.
De lá bora pro sorteio de um amigo secreto, que... não deu certo. Pra variar, sempre tem aqueles que faltam. E no fim das contas foi só um motivo pra mais uma reunião na Merça. Natal pra que mesmo? Bodice. Bora brindar que tá tudo bem, tá tudo ótimo.
Passadinha na praça e, às 2h, quem disse que a noite tem fim, né mesmo Cazuza? Pulinho no Inferno, conferir Visite Nossa Cozinha e mais cerveja. Precisa? Sim...
Porque a noite de ontem foi para conhecer aquela bandinha hypada. Para reencontrar a família de sempre. E superar qualquer ranço com aquele irmão da vida. Saldo? Positivo, em todos os sentidos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

conta-gotas


Ela demora. É preciso um copo de paciência, duas colheres de sopa de serenidade e três doses de introspecção. Porque não é fácil conquistá-la. Quem diz que vive em paz está mentindo. Porque ela é para poucos, ainda mais nesses tempos de hoje... Muitas vezes é necessário ignorar obstáculos - e são muitos. Outras vezes, dói, mas recompensa. Sempre recompensa. Ter paz é estar bem com teu universo e o que o cerca. Ter paz demora, mas qualquer hora vem e é inspiradora.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

diante do espelho

tem certos dias que tudo o que você precisa é de alguém que seja como você - e entenda cada passo de suas atitudes. no carro, vocês falam das aflições atuais, de possíveis auto-sabotagens e entendem que sofrem exatamente dos mesmos problemas em situações proporcionalmente opostas. ela entende cada defeito teu, cada reação e sabe o que te dizer (mesmo que não diga nada). você também entende os defeitos dela, as reações e o que ela deveria fazer (e não faz). de repente, vocês estão cara a cara, como se estivessem num espelho e entendesse cada caco do vidro partido. compreendem porque ambos não conseguem fazer o que todos os seus outros amigos aconselham. e é simples: porque a vida não tem fórmulas prontas. e vocês sabem como ninguém disso. só vocês. ele e ela.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ecos deste sonho

Lu Orvat, Fê Daros, Du, Maike e Gui.
O sonho continua...
Os ecos deste sonho estão apenas começando...
Hora de arregaçar as mangas...
E sonhar...

um sábado na paulista e o domingo no parque

O fim de semana reservou pequenos e bons momentos. Sábado, pós-almoço no Frevinho, saí com a Pri para dar uma andada na Augusta. Encontramos a loja Endossa, no sentido Centro, e saímos de lá cerca de uma hora depois, com três camisetas e alguns reais a menos. De lá, Conjunto Nacional e, cinco minutos depois: bora pro Itaú Cultural ver 'Cinema Sim'. Eu já tinha conferido, mas queria ir de novo. Vale muito a pena. Vários trabalhos contemporâneos, impossíveis de explicar em palavras (em cartaz até 21/12). A melhor expo que eu já fui até hoje. 19h, hora do open house do Dan, o Fofão. Panela, velas, açucareiro e... cervejas. Cheguei como um muambeiro. E logo desovei - "onde tem cerveja?". Papo vai, papo vem. Até que o maninho convida para uma esticada na boa e velha Mercearia. Mais alguns goles depois, uns resmungos e por hoje é só.
O domingo reservaria o melhor do fim de semana. A princípio, o convite da Lu parecia esquisito. "Pic-nic no parque? Sério?!". Era aniversário, não teve como contrariar. 14h, Déia lá embaixo, mochilinha térmica, salgados e bora pro Villa-Lobos. Embaixo de uma árvore, ao lado da casa do joão de barro (que rodamos pra achar), ali ficamos até 19h. Até tinha uma peça para ir, mas abdiquei. Cervejinhas, puta dia lindo, muitos sanduíches, biscoitos, frutas, violão e companhia boa. E como é boa essa turminha da Thata. E não teria como ser diferente. Lu, Fê, Rilds, Analice, Riquinha, Thaila e mais uns 15 do mesmo nível - legal e relax. Brigadeiros depois era hora de despedir. Antes, um pulo na Déia - mais um encontro com Pri e o Creep (o Gordo) e adiós finde. Em tempo, a dica: o domingo no parque faz bem demais.

sábado, 6 de dezembro de 2008

som do dia

elas se conheceram através do teatro e se uniram pela música. hoje, são Chicas - banda que tem seu público cativo no Rio e que, infelizmente, vem pouco a São Paulo. É uma espécie de Quarteto em Cy contemporâneo. Bão e eu gosto.

sobre a quinta e a sexta feira

Madeleine
pós-fechamento, quinta é o dia de respirar. 19h, bora pro show da Madeleine. Eu, thata, thaisa e rilds (e até um ingresso de última hora pro gabriel). antes, um pit stop (roots) no bar. breja, calabresa acebolada. Hora de ir embora. "Vou levar uma latinha". "Boa. Melhor: vamos levar vodca com energético?". "Ok thata. bora". Com a equipe completa, entramos na Via Funchal. E o que sucederia na próxima 1h30 era algo surpreendentemente bom. O show de Madeleine Peyroux é um doce deleite aos ouvidos. A potente voz sai da boca como quem acorda e diz "bom dia". E, mais do que isso, Madeleine cativa a platéia em segundos. É simpática sem parecer charlatanismo. É talentosa sem ser arrogante.
Terminado o show, bora pro Mercearia São Pedro, na cerveja do Fernandinho (o brother vai viajar um mês e me faz uma breja de 'despedida' - pode? Mera desculpa pra beber...). Planet, Megale, Gui, Zé Lesira (entendi o apelido) e mais uns agregados. Àquela altura, a cerveja já estava rolando há horas (porque durante o show também pedimos um baldinho). E o fim disso, foram algumas risadas diante de um prato de macarrão. Né, Gui?
A sexta-feira, portanto, começou na maior preguiça do universo. Puta calor no busão, trânsito... E a Thata do outro lado da linha master mal-humorada ("cara, peguei o ônibus errado, puta que pariu, blá, blá, blá"... e risadas). Chegando no fantástico mundo do Limão, bora almoçar. Pós-almoço, compras no Carrefas. e lá se foram duas horas da sexta. De lá, rua para ir ao Sesc Paulista conferir o laboratório muito doido de uma 'Ópera Amazônia' - projeto que envolve vídeos, instalações, etc e será apresentado na Bienal de Munique. 19h - hora de boteco de Dirceu - o aniversário do pai do Celo e do Mau. Breja importada, quitutes insanos da Kika... O gordo que liga pra ir pra... Funhouse (escalação negada). E o resultado? 4h da manhã e uma água ao lado pra aliviar a ressaca. E sábado ainda tem mais.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

despojada

ela tem uma voz incrível. e uma personalidade idem. veio ao Brasil duas vezes e, em uma delas, entrou no palco de cabelos molhados e sandália de dedo. circulou tranquilamente, como uma anônima, por bares e espaços culturais. foi embora parceira de martinho da vila e apaixonada pela nossa cachaça. é diva, sem postura de tal. por isso, hoje é dia de madeleine peyroux. pela terceira vez, na via funchal.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

coisas de maninho


A gente se lembra bem do primeiro momento em que de fato nos conhecemos. Como não poderia deixar de ser: no bar. Ele, com aquele jeito sussa; eu com minha vontade de ficar até o último segundo, ou o último gole. Ele era, na verdade, um 'intruso' da sala - estava atrasado e ia recomeçar com a nossa turma. Eu, panelinha que sou, fingia nem notá-lo. Até que naquele dia, no "xexelento" boteco Real, as horas foram se passando. E entre uma debandada e outra sobrou nós dois - os tranqueiras. Ali permanecemos até as portas baixarem; ali nos conhecemos. No dia seguinte, já nos falamos e marcamos, então, uma, duas, três cervejas...
Muitas coisas (boas e ruins) rolaram durante todos esses anos do lado de lá e do lado de cá. E um sempre esteve do lado do outro para qualquer emergência e conflitos. Assim como para qualquer cerveja ou papo pro ar. E foram incontáveis vezes que essas situações (boas e ruins) se repetiram. Num filminho bodeados em casa, num churrasco em Cotia, numa cerveja sem compromisso; nos diversos aniversários e reuniões familiares, numa balada intensa de horas (e risadas) a fio. Ele entrou na minha família; e eu na dele.
Até que numa dessas cervejas, na mesa da cozinha da casa dele, por volta de outubro/novembro de 2006, ele me vira e pergunta o que vou fazer de TCC. Após contar meu projeto passo a passo, ele diz: "pô, tá precisando de um parceiro?". No início, hesitei. Não sou nehum exemplo de CDF, mas ele bem menos. Ao mesmo tempo, sentia firmeza no que aqueles olhos (já baixos) me transmitiam. Mesmo assim, ainda em dúvida, topei. E jamais me arrependi. Tivemos momentos difíceis, é verdade. O que era esperado. Escolhemos um tema complicado e, o pior, documentário. A dificuldade, porém, só nos trouxe dádivas. Durante dez meses de 2007, fomos diversas vezes a Campinas, ficamos infindáveis horas em ilha de edição e testamos todos os limites de convivência que uma amizade poderia suportar. Pois ela suportou, quase que no limiar, quase por um fio. E só suportou porque existe uma verdade nesta relação que é estritamente inabalável.
Eu xingo; ele xinga. Ele resmunga; eu reclamo. Ele gosta de rap; eu de MPB e samba - e quase saímos na porrada, várias vezes... Por uma única razão: porque nos conhecemos em cada expressão, em cada tom de voz, em cada ação e reação. Porque, mais que amigos, somos, sobretudo, irmãos. Ele, filho único, diz que eu sou o irmão que os pais dele não puderam lhe dar. Eu, com um irmão mais velho, afirmo que ele é irmão de vida tanto quanto um irmão de sangue. Porque se ele está mentindo, eu sei; se ele está com algum problema entalado na garganta eu também sei; se quero falar algo que uma amizade frágil não permitiria eu falo. E isso é recíproco. É coisa de alma.
Foram quatro anos desde que eu o conheci naquele tal bar "xexelento". E hoje, além de um filme/sonho que tem tudo para dar certo, colecionamos histórias que estão pra sempre registradas. Olhando para trás, lá em novembro de 2004, penso que parece muito mais: que nos conhecemos desde molequinhos, pivetes. Porque isso deve ter ocorrido, numa outra vida, talvez... Ele, é o Gui, que divide problemas, pede conselhos e o primeiro a dar o ombro e dizer "vamos nessa". Eu, o baixinho, o tranqueirinha, que dá trabalho, que puxa a orelha, vira a cara e quer matar às vezes. E depois chama a atenção no MSN, como aquele irmão mais novo que faz merda e não sabe como se desculpar. E ele responde, chamando atenção, "pedro henrique o terrível barack frança".
Ele, Gui; eu, Pedrinho. Nós? Irmãos. Pra sempre parceiro.

escracho bão

Entre 1995 e 1996, a música brasileira foi tomada por cinco rapazes de Guarulhos, que faziam letras escrachadas - 'Comer tatu é bom, que pena que dá dor nas costas'; 'Sabão crá crá, não deixe os cabelos do saco enrolar'; 'Roda roda vira, solta roda vem, enfiaram a mão na teta e ainda não comi ninguém'... Todas cantadas em coro por crianças e adolescentes. Um trágico acidente interrompeu a trajetória meteórica deles, os Mamonas Assassinas. E a música brasileira ficou órfã desse humor...
Pois diretamente de Goiânia, há poucos meses desponta uma banda que lembra e muito esses tempos. Pedra Letícia, a tal banda, já é sucesso na internet e está em temporada, às quintas, em São Paulo, no bar A Lanterna. Vale o confere.

para 2009

Pego, mas não me apego.
O momento é de desapego.
(aprendendo com o sábio nenequê)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

crise? o que é isso?


Na contramão da afamada crise, o showbiz se fortalece. Foi confirmada hoje a turnê de Alanis Morissette, na mesma coletiva em que se anunciou a união do grupo B de Bazinho Ferraz, com a Mondo e a Evenpro. A cantora canadense faz dez shows pelo país - em São Paulo será dia 3 de fevereiro. Fernando Alterio, da Time 4 Fun, que se cuide. Recentemente, o empresário Luiz Oscar Niemeyer, da Planmusic, anunciou Elton John (janeiro) e Radiohead (março). A Mondo, por sua vez, já divulgou os novos shows do Iron Maiden (março) e, agora, da Alanis. Em breve, a nova parceria divulgará mais 3 shows ainda para o primeiro semestre, além de algumas novidades pro segundo. Os cotados? Não posso dizer. Apenas que são bons, eu garanto.

que mal há?


Há cerca de duas semanas, um assunto tomou as rodinhas. E não se trata do caos em Santa Catarina. Mas de um caso entre uma garota de 16 anos e um homem de 30. Ela, a menina que canta folk e estampou diversas capas este ano, passando de anônima a revelação do ano. Ele, um cara que despontou com Los Hermanos e deu início a carreira solo. Caso ainda não saibam... Ela, é Mallu Magalhães; ele, Marcelo Camelo.
A princípio, a diferença de idade poderia até assustar. Quatorze anos é uma diferença significativa, mas não impeditiva. Mas será que em pleno século 21 o tema ainda merece tamanha relevância - manchetes atrás de manchetes, e até uma reportagem no Fantástico para discutir a questão?
Antes de mais nada, idade é uma questão numérica apenas. Todos conhecem ou devem conhecer garotas e rapazes cuja idade passa ao longe da mentalidade/maturidade (para mais ou para menos). Não é difícil encontrar caras de 30 com cabeça de 15, ou caras de 20 com cabeça de 30. O mesmo vale para meninas, que às vezes em plenos 25 anos parece uma de 12. Ou vice-versa.
No caso da Mallu, a aparência frágil deu margem a diversas interpretações. O jeitinho menininha-ingênua deu a percepção de que ela embarcou na sedução de um lobo mau. Já cansei de ouvir de brother: "se fosse minha filha esse cara levava chumbo". Pura besteira e retrocesso. Mallu Magalhães não é uma mulher formada, é verdade. Mas, para mim, ela tem consciência do que está fazendo e o que pode aprender com seu parceiro. É capaz que ela sofra quando a sintonia não bater mais. Mas é capaz que ele também sofra.
O amor não tem respostas prontas. E acho uma baboseira esse tipo de discussão. Cada um toma conta da sua vida, não é mesmo? E se vão se amar ou sofrer cabe somente a eles. Do público, o único interesse deve ser a música e suas respectivas produções. E essa discussão, sim, parece-me muito mais rentável. A parceria já deu frutos. E pode ficar ainda melhor. O resto, o destino há de se encarregar. Nénão?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

sessão piegas-clichê

Se não você, então quem? Se não agora, então quando?