quinta-feira, 30 de julho de 2009

dá-lhe porco!

Há cerca de três meses, quando estourou a notícia da gripe suína, não resisti e fiz um texto escrachado do fato. Ah, porque todo mundo merece rir um pouco... até da tragédia. Mas devo confessar. Ontem, embalado pela recomendação do Ministério da Saúde de adiar as aulas, passei em frente a uma farmácia. Entrei e perguntei sobre o gel antisséptico. Essa, sim, é a nova onda do momento. "Leva esse aqui que o pessoal 'tá' comprando bastante". Peguei logo dois. Sucumbi ao pânico. Pessoas tossindo e andar de metrô me incomoda. É como se todos estivessem vigiando os que estão ao seu redor. Se um espirra, nego já dá um (bom) passinho pro lado. É a adaptação aos novos tempos. E eu continuo aqui, palmeirense (dá-lhe porco!), comendo carne de porco e, por ora, sem gripe suína. E, ah, com gel na mochila.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

é natural que seja assim


nada a ver a gente ficar assim, sonhando separado.
se no fundo a gente quer o dia a dia lado a lado.

breve, breve

está bem perto o início da venda de ingressos para o show do beirut, que rola dia 11/9. depois de um pequeno imbróglio, está confirmado na via funchal. ingressos: R$ 60 a R$ 180.

ele é ELE

disse eu, certa vez: "fagner disse que seu disco com a turma do pedro luís é produto pop, comercial..."
ele rebateu: "o que tem a ver o cú com as calças? 'tô' nem aí".

(ney matogrosso, prêmio shell 2009 - segundo intérprete consagrado na história).

terça-feira, 28 de julho de 2009

inglesinha pop, de novo

Depois de uma elogiada apresentação no Planeta Terra de 2007, a fofa Lily Allen retorna ao país. Em única apresentação, dia 16/9, na Via Funchal. Ingressos à venda a partir de amanhã (29/7): de R$ 150 a R$ 280.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

público e privado

até onde vai a liberdade de expressão?

Há algum tempo venho me questionando sobre a internet. Principalmente, sobre a ladainha 'democracia e liberdade de expressão' VERSUS limite e respeito. Recentemente tenho acompanhado algumas situações que me fizeram levantar tal discussão. E, sinceramente, tenho achado a internet um pouco deprê. Em paralelo a tantas evoluções e benefícios que a rede comunicativa proporciona, a internet alimenta um poder tirânico. Onde 'eu' posso falar o que penso, o que quero, o que acho. Sem me preocupar se estou ofendendo alguém, hasteando mentiras, alimentando preconceitos ou destruindo pessoas. Parece - e pode ser que seja - uma tese um tanto quanto conservadora nesse universo irrestrito do virtual (e que é uma conquista inegável). O problema é que a web construiu, de fato, poder para implantar ideias e ideais. Se a sociedade já não procura há tempo enciclópedias e é hoje refém do Google, porque ela não iria acreditar no blog ou no twitter de qualquer um que afirme por A+B algo que ela defende (ou que o leitor se identifique)? Existe um antagonismo que ainda não consegui resolver na minha cabeça. E não me sinto capaz de dizer se defendo a liberdade ou, em alguns casos, a censura (ou punição) por uma afirmação virtual. Eu mesmo demorei a compreender a melhor utilização de um blog (um diário? um fórum de discussões? um espaço de dicas? qualquer coisa?). Mas o fato é que se a imprensa escrita (e mesmo virtual) é regulamentada porque os blogs e twitters de terceiros podem desfrutar de liberdade irrestrita e incondicional? Ao mesmo tempo, lembro o que o Lobão me disse dias desses. "O Brasil está muito careta, muito comportadinho." Sim, é verdade. E é verdade também que todos devem ser educados a falar o que pensa caro Lobão. Mas o fato é que liberdade e boa educação tem soado contraditório nos tempos recentes. Por isso, entre um e outro ainda acredito no bom senso. Algo que tem faltado por aí.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Episódio inédito

Capítulo 1: durante anos, o Milo Garage, em Higienópolis, serviu de abrigo para a turma de figurinos e acessórios moderninhos. Aos sábados, era preciso chegar até às 23h ou aguardar horas na longa fila que se formava na Rua Minas Gerais.
Capítulo 2: no segundo semestre de 2008, uma bomba caiu sobre o Milo. O DJ Guab, das concorridas noites de sábado, deixou a casa para abrir o próprio clube. Com o nome Neu Club, arrastou os modernos para a Água Branca. Mas os bons tempos, que tiveram início em dezembro, não duraram muito. Os indies ‘de raiz’ sentiram seu espaço ser invadido por ‘modernos emergentes’. E, recentemente, as filas voltaram ao Milo.
Capítulo 3: a trama ganha um novo concorrente. Sem divulgação, o Alley Club abriu na última sexta (17). Próxima da Clash, a casa de dois andares passa despercebida por quem circula pela Rua Barra Funda. Isso porque não há filas (ainda). Cenário que deve mudar a partir de hoje (24), já que o clube começou a divulgar a programação.
As noites se restringem ao fim de semana – mas há chance de abrir às terças e quintas. As festas nas sextas são intercaladas – nesta, tem ‘Maldita Hits’, com os DJs Zé e Gordinho; na próxima, a ‘Pop!Up’ é comandada por Lúcio Ribeiro, Rafael Urenha e outros. Aos sábados, acontece a fixa ‘Overdancing’, com Tiago Guiness e Bruno Orsini. Do bar saem long necks (Skol, R$ 4) não tão geladas. Opte por drinques (Smirnoff, R$ 10). Na pista, encarne a aura blasé e mexa os ombrinhos com Lady GaGa e MGMT. Se não conhece, atualize-se para entrar no mundinho. (Pedro Henrique França)

Alley Club. R. Barra Funda, 1.066, Barra Funda, 3666-0611. 6ª e sáb., 23h. R$ 20. Cc.: M e V. www.alleyclub.com.br

*Publicado no Guia do Estado de S. Paulo de 24/7.

Lobão, um ex-carioca


Há cerca de um ano, o carioca Lobão arrumou as malas e se instalou de vez em São Paulo. A paixão foi imediata – ele até compôs uma canção para a cidade. Título? ‘Song for Sampa’. Ele a canta na 4ª (29), na Clash, em novo show: ‘Elétrico’. “Para mostrar que não estou mais grudado ao ‘Acústico’”.

Banda nova, música nova. Fase nova também? Estou vivendo São Paulo intensamente. Fico me perguntando porque demorei tanto para vir para cá.
O que achou da música ‘Lobão tem Razão’, de Caetano Veloso? Ele é uma figura escorregadia. Mas achei bacana, apesar de atrasado. Acho saudável. O Brasil está muito careta. Todo mundo tem de se educar para falar o que pensa.

Clash Club (500 lug.). R. Barra Funda, 969, Barra Funda, 3661-1500. 4ª (29), 22h30. R$ 30 (ingressos somente no dia).

*Publicado no Guia do Estado de S. Paulo de 24/7.

ele 'tá' podendo


A agenda de Diogo Nogueira está tão intensa que a entrevista teve de ser remarcada três vezes. Ele já não é mais o ‘calouro’ que, em 2007, estreava no mercado tentando, em vão, dissociar seu nome do pai, João Nogueira. Queria demarcar seu território – e conseguiu. Seus shows são lotados e a novelista Glória Perez o procurou para que fizesse um registro de ‘Malandro é Malandro, Mané é Mané’ (tema de Antonio Calloni, em ‘Caminho das Índias’). Mas foi quando seu novo disco, ‘Tô Fazendo a Minha Parte’, já estava sendo prensado que veio a “grande honra”. Ele estava no carro, no centro do Rio, quando recebeu uma ligação de Chico Buarque sugerindo que ele gravasse ‘Sou Eu’, composição em parceria com Ivan Lins (que, dizem, já teria sido oferecida a Simone). De brinde, ainda ganhou a participação de Chico nos vocais. “É... ‘Tô’ podendo”, diz, aos risos.
É este novo repertório que ele lança hoje (24) e sábado, no Citibank Hall. O show inclui antigos sucessos, a homenagem à Portela (ele é coautor de três sambas-enredo) e a participação de Carlinhos de Jesus. A turnê vem com uma novidade que vai fazer as fãs gritarem (ainda) mais: ele faz uma troca de roupa à meia-luz. Provocação? “É um momento que alegra o show”, se esquiva. Para elas, né? Ri, mais uma vez, e admite: “É, para elas”.

Citibank Hall (1.450 lug.). Av. Jamaris, 213, Moema, 2846-6000. Hoje (24) e sáb., 22h. R$ 50/R$ 120.


*Publicado no Guia do Estado de S. Paulo de 24/7.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

intimismo em falta


A Via Funchal foi invadida no último sábado. Cerca de 3.000 homens e mulheres - de óculos de aro preto, tênis all star, camisa xadrez, entre outros acessórios - ocuparam a casa. Todos, modernos ou pagando de, para ver Chan Marshall - ou como é mais conhecida, Cat Power. As primeiras músicas foram arrebatadoras. Ela estava ainda melhor do que a segunda vez que esteve por aqui, em 2007, no Tim Festival - isso porque a primeira, na Fnac e no Sesc Vila Mariana, nem contam por atuações sofríveis. A capacidade de descontruir (no sentido mais literal do termo) canções de Janis Joplin, Frank Sinatra e outros é indiscutível. Assim como a banda que a acompanha. São méritos inegáveis. Mas reforço o que me disse um amigo. O miado grave dela é realmente envolvente. Um deleite. Mas passado um tempo os miados começam a incomodar. Dá vontade de estar em casa, com um bom vinho e uma boa companhia. A trilha sonora perfeita de um dia frio. Mas ao vivo, numa casa gigantesca como a Via Funchal, o envolvimento vai virando, aos poucos, tedioso. Ao fim, as reações de muitos era do tipo gostei, mas não sei se achei incrível. O fato é que ela é incrível, sim. Mas falta uma pimenta para esquentar seu roteiro. Ou um palco menor.

terça-feira, 21 de julho de 2009

início de um voo

Tiê, a menina batizada com nome de passarinho, foi apadrinhada por Toquinho e começou carreira no Studio SP. Recentemente, Caetano a elogiou por meio deste interlocutor. Fica uma amostra deste incrível talento. Mas saiba: ela cresce absurdamente ao vivo. Anote: dia 28, no Bourbon Street, e dia 18/8, no Tom Jazz.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

a simplicidade das coisas


Exibido na última edição de Cannes, fui com poucas expectativas conferir 'À Deriva', novo longa de Heitor Dhalia ('Nina' e 'O Cheiro do Ralo') que estreia dia 31 nos cinemas. Me surpreendi. E, dentre vários motivos, principalmente pelo fato de que o cineasta sai do surrealismo cômico de 'Cheiro do Ralo' para se aprofundar, com simplicidade, em conceitos de família e paixão. Que daí derivam (e isso não é uma analogia ao filme) para outros temas, como traição e a descoberta da sexualidade aos olhos da protagonista estreante Laura Neiva (no papel de Filipa). Há algum tempo o cinema incursiona neste tema - principalmente, sobre a verdade e as mentiras do amor perfeito. Mas Dhalia consegue se destacar. Com uma bela direção de arte e figurinos meio vintage de Alexandre Herchcovitch, 'À Deriva' mostra uma menina adolescente que passa as férias em Búzios com a família e se vê atônita entre as descobertas do amor e a traição do pai, com a belíssima Camilla Belle. Vincent Cassel (Mathias) e Debora Bloch, os pais da menina em atuações surpreendentes, revelam aos poucos as agruras de uma relação a dois. As dificuldades em manter as aparências diante de três filhos pequenos e a insistência de manter a relação entre quatro paredes. O que se revela ao fim, e de forma muita presente na sociedade atual, é: vale mesmo a pena renunciar à felicidade em nome de uma estabilidade familiar? Vale mesmo surrar o amor até as últimas consequências para ver se ainda dá certo? Mathias ama sua mulher - e vice-versa. Mas há outras questões em xeque. Que são pinçadas com extrema delicadeza e poesia por Dhalia. E mostram que no conjunto não dá para ser tudo na vida. E que a felicidade plena é uma ilusão. As renúncias são inevitáveis.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

charme felino

sábado, o miado grave e envolvente de cat power, na via funchal. estou afinzão.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

os irmãos

"a gente não escolhe... a gente tem os irmãos que acontecem. os maravilhosos da família. mas tem um irmão que escolhi, depois que já tava grande. que é você cara."

segunda-feira, 13 de julho de 2009

é...

foram muitas emoções na minha curtíssima estadia carioca. cheguei no sábado às 11h, malas no hotel e bora para o CCBB. pela primeira vez tive noção do que é o anima mundi. um evento incrível idealizado por quatro amantes dessa arte, desde 1993. famílias, casais, jovens, adultos. todos se dirigem ao CCBB e a Casa França para ver filmes incríveis e mais: sentirem-se animadores por um dia. são sete oficinas ao todo, disputadíssimas e que faz todo esse público se sentir cineasta por um dia. fiquei lá até umas 18h - ainda teria roberto carlos pela frente e toda a logística de me dirigir ao maracanã. chegamos - eu, planet e mari - em cima da hora. e enfrentamos o aguaceiro pelo rei. a saída foi caótica, mas valeu a pena. bora pra casa? que nada. bora pro circo voador ver monobloco. lá pelas 4h, a turma decidiu ir pra casa. e eu, sem destino, fui junto. cerveja vai, cerveja vem, a noite só terminou 6h30 com aquela vista maravilhosa de copacabana. e já inebriado, tomado por tantas emoções, dividi com meu colega de copo a sensação horrível que tenho cada vez que vou embora do rio de janeiro. é sempre um tormento me despedir da cidade maravilhosa. domingo, 12h, já era hora de ir para o CCBB novamente. e ter uma ótima conversa com cesar coelho, um dos diretores do anima mundi. algumas oficinas depois era hora de voltar para o hotel, fechar as malas e partir. 18h15 estava no santos dumont. meu voo era às 19h55. era. ao fazer o check-in tive a grata informação de que o voo tinha sido cancelado. e que teria de ser encaixado no voo das 21h25. pera. 21h25????? é, foi isso mesmo. e ao solicitar um canal de reclamação, a atendente da OCEAN AIR me respondeu com cara de tacho: "não sei". não bastasse isso, o voo das 21h25 atrasou e só saiu 22h. cheguei na minha casa às 23h30, o mesmo tempo que levaria de quando saí do hotel se fosse de carro até SP. fico imaginando o que será desse tráfego aéreo na tal copa 2014. mas, enfim. nada disso me faz ficar tão estressado quanto ter que estar aqui, de volta. ah rio de janeiro... você é sempre inesquecível.

abençoado roberto


o maracanã estava lotado. era minha primeira vez no estádio mais famoso do país. e eu não iria ver fla-flu. mas estava presente para conferir aquele que foi um dos mais importantes acontecimentos de sua história. como roberto carlos, era a primeira vez que eu pisava no maracanã. ele, como astro; eu, um reles mortal. como as outras 68 mil pessoas, um admirador de sua obra, feliz por participar daquele momento histórico. é verdade que já vi roberto carlos em outras ocasiões. mas a emoção ali estava latente, principalmente do alto do palco de 500 metros quadrados. roberto não escondeu em nenhum momento a felicidade de estar comemorando seus 50 anos no maracanã, na cidade que escolheu para viver. pouco antes das 22h, o tradicional medley comandado por eduardo lages anunciava sua entrada. e lá veio ele com seu calhambeque e sua 'emoções'. era o começo de uma noite de reviravoltas.
o tempo fechado criou um exército de 68 mil encapuzados. eu era um deles. torcendo para que a capa não fosse necessária. não adiantou. por volta das 22h30, o céu desabou. houve quem resistisse. mas nem roberto aguentou. interrompeu o show, foi para o camarim e aguardou a chuva dar uma trégua, uma diminuída pelo menos. no retorno ao palco, muitas cadeiras da pista estavam vazias. em um show tão frequentado por devotas da terceira idade isso era inevitável. mas foi justamente o 'segundo bloco' que reservou os melhores momentos. nada se compara, no entanto, à execução de 'amigo'.
em meio ao começo da canção, surgiu erasmo no telão. e mandou parar a música. "como você pode cantar essa música sem a minha presença?". meu deus, que momento histórico. me faltam palavras para descrever este encontro. roberto e erasmo enfim se reencontravam no palco. e ninguém sabe melhor do que erasmo quem é roberto. era como se estivessem de frente ao espelho, embarcado num túnel do tempo. como se todas as histórias com a jovem guarda estivessem sendo vivenciadas de novo. como se o passado encontrasse o presente, sem projetar o futuro. se emocionaram, com extrema verdade, sem um pingo de pieguice. e levaram o maracanã às lágrimas junto com eles. emenderam a belíssima 'sentado à beira do caminho'. e novas emoções...
mas faltava alguém. era wanderléa. a tríade da jovem guarda estava novamente completa. exuberante, wnaderléa cantou incrivelmente 'ternura' em dueto com o rei. erasmo só voltou na sequência para a execução de 'eu sou terrível'. depois, vieram as ótimas 'quando' e 'namoradinha de um amigo meu'. àquela altura, a chuva já se tornara coadjuvante há tempos. quase 2h30 depois, roberto encerrou com as clássicas 'como é grande o meu amor por você', 'é preciso saber viver' e 'jesus cristo' - esta com surreal fogos de artíficio. o maracanã estava radiante. ao fim, uma senhorinha encharcada estampava o sorriso e repetia para si mesma: "valeu, né. foi inesquecível". e foi. ou melhor, abençoado. a água certamente era benta.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

chanson

essa animação incrível foi dirigida por rafael barion e corresponde a belíssima canção de thiago pethit registrada em duo com a delicada tiê - dois cantores e compositores da bela safra de novos paulistas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

clima de bahia

porque esse sol delícia combina que só com essa música. é impressionante a identificação que os baianos tem quando ouvem essa música. e como você se sente um pouquinho lá quando a escuta. eu hoje to meio saudosista de caraíva. vai ver é isso.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

sábias palavras


"um texto bem redigido, com informações erradas, não é bom jornalismo. um texto correto e bem redigido, sim: é bom jornalismo" (gay talese)

cameletes

essa vai pra deia bento, ju goulart, mari paiva e rê megale. dias 14 e 15/8, Marcelo Camelo no Sesc Pompeia.

o último show


milhões ficaram ligados minuto a minuto no funeral de michael jackson, ontem, em los angeles. até agora não sei bem dizer o que achei. ouvi de um menino ontem na plateia da palestra do gay talese que nunca na história da humanidade vamos ver um funeral tão bonito como esse. um outro amigo ficou inconformado com tamanho espetáculo. eu não posso negar que me emocionei com o discurso da filha Paris (enfim, sem véu e falando). mas também fiquei com a pulga atrás da orelha em outras ocasiões. fiquei pensando. cobrança de entrada, sorteio via-email, transmissão ao vivo na íntegra, palco com o caixão (fechado) à frente. talvez fizesse sentido tamanho espetáculo para o rei do pop que arrebatou milhões ao redor do mundo. era como se de alguma forma michael estivesse enfim fazendo seu último show. por sua vez, fico pensando... o cara morreu tão sozinho, tão massacrado por acusações nunca comprovadas e agora vê essa horda de 'fãs' e até mesmo seus familiares expressando dor e condolências. não sei até que ponto isso se confunde com o fake e o sentimento real. mas sei que isso tem tudo a ver com show biz. e michael sempre foi show biz. no melhor e no pior sentido do termo. talvez por isso tamanho espetáculo seja tão coerente.

brilho de meirelles

assisti ontem ao primeiro capítulo da minissérie de fernando meirelles. e fiquei impressionado com a riqueza de detalhes e de críticas sub-liminares ao mercado cultural (com relação à questão de patrocínio, dos críticos da área, etc). tudo com a sutileza que um bom texto pode conseguir. 'som e fúria' tem tudo para ser um dos grandes acontecimentos televisivos, a exemplo de 'capitu'. andrea beltrão e pedro paulo rangel estão incríveis em cena. e felipe camargo mostra potencial para ser o melhor ator de 2009 em um retorno triunfal no 'plim-plim'.

little joy

de volta. em agosto... mais precisamente dia 15, na Via Funchal.

terça-feira, 7 de julho de 2009

definição precisa

"Costumas dizer que ser amigo de alguém, é ter a coragem de conhecer o melhor e o pior dessa pessoa, e guardar esse pior, por mais peso que tenha, no silêncio do nosso coração. Na realidade, nunca ouvi uma definição de amizade mais precisa e poética. Vezes em conta, a clarividência atravessava os teus monólogos num vôo rasante. Quase sempre, porém, esse vôo se desempenhava na inultrapassável cordilheira da tua solidão. Todas as tentativas de acompanhamento te pareciam manobras perversas destinadas a abater-te."

porque eu quero...


sossego!!!

eu hein?

sem querer colocar fogo onde (talvez) não tenha. mas.... não sei porque. que essa declaração é beeeem estranha, é.

Ronaldo diz que Lula indica empreiteiras para o Corinthians
Fenômeno revela participação do presidente na 'nova fase do clube' para 2010, ano do centenário

SÃO PAULO - O atacante Ronaldo revelou na noite desta segunda-feira que o presidente Lula tem participação fundamental na "nova fase do Corinthians". De acordo com o Fenômeno, o presidente indica algumas empreiteiras para participarem da construção do novo Centro de Treinamento (CT).



"Ele [o presidente] está dando alguns contatos de empreiteiras que podem nos ajudar, não é financeiramente", revelou o Fenômeno ao SporTV. "O presidente está sabendo de tudo [o que ocorre no clube e no futebol] e indica as empresas que podem nos ajudar."



Ronaldo foi questionado sobre mais detalhes da participação do presidente na construção do CT, grande sonho do Corinthians. O jogador, no entanto, evitou fazer novas declarações e voltou a destacar que Lula não tinha participação financeira.



O Fenômeno também contou que ele também participa no projeto do Corinthians. "Eu ofereço a imagem do Corinthians, do CT. Existem várias maneiras de captar os recursos, e sei que o projeto é bom."

segunda-feira, 6 de julho de 2009

e afinal...

sarney vai ou fica? tendo a crer que, sim, ele fica.

da rainha para o rei do pop

madonna homenageou michael em seu último show, sábado, em londres. no mesmo palco em que michael faria sua última turnê.

sentimento em palavras

em homenagem a dona flor e seus dois maridos, texto de jorge amado. e ao mestre Chico Buarque, porque só ele consegue expressar em palavras sentimento tão visceral.
"O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita..."

pegadinha na via funchal

adriana polska essa é pra vc. dia 7/8, a trupe do monobloco aporta na via funchal. e nós vamos, claro.

lembram?

pois é, toni braxton ainda existe. aquela que era tema de momentos bem deprê de festa de debutantes ou casamento faz show no rio e em sp. aqui, dias 17 e 18/8 na Via Funchal.

marketing?

a afamada sophie calle, aquela que de um pé na bunda via email fez uma das exposições mais cultuadas da bienal de veneza 2007, levantou suspeitas. é que o tal ex que tanto a fez sofrer circulou juntinho de sophie durante toda a flip. com direito a abraços e afagos no restaurante banana da terra na flip. jogada de marketing?

de cara com selton

entrevistar selton mello foi uma experiência dessas que a carreira de jornalismo te proporciona. e que quando você vê dá vontade de ficar horas a fio naquele bate-papo. alguns vieram me questionar em seguida se ele era arrogante, se era chato, se era blasé. selton não é nada disso. o mineiro que cresceu em são paulo e é radicado no rio é extremamente humilde. fala pausadamente, com tranquilidade. fuma um cigarro atrás do outro e pergunta de coração: "você viu o filme? o que achou? se emocionou?". foi uma experiência demorada, diga-se de passagem. começou na cabine de imprensa de jean charles, às 10h, seguiu-se com uma coletiva que terminou lá pelas 14h30 e uma lista de espera de entrevistas individuais. de veja a contigo. entre uns e outros, minha vez só foi às 17h. valeu a pena. ver aquele menino que me fazia acompanhar a novela a indomada e que me deixou embasbacado no cinema com o auto da compadecida, árido movie, meu nome não é johnny e etc foi gratificante. abaixo o blog reproduz os melhores momentos da entrevista.

você está com três longas em cartaz ao mesmo tempo - a erva do rato, jean charles e a mulher invisível. como lidar com essa superexposição?

que loucura. pessoalmente não me agrada em nada. se pudesse, um ia estrear em fevereiro, outro em outubro e outro depois. mas isso está fora do meu controle. foi exatamente os três filmes que eu fiz no ano passado. com espaço entre eles:

mulher foi no verão, erva foi lá pra abril e jean charles em setembro. jamais imaginei que todos iam estrear juntos. eu não gosto da ideia. mas, foi assim que aconteceu então beleza. só espero que os filmes não se atrapalhem. e que o público consiga ter algum distanciamento. é um mês assim ame-ou deixe-o. certamente tem muita gente que gosta muito do que eu faço. pra essas pessoas: maravilhoso, vão poder me ver fazendo várias coisas. pra quem me acha um canastrão de quinta categoria, será um mês infernal. mas fiquem tranquilo, acabando o mês eu sumo.

são três filmes com apelos diferentes.

acho que são públicos bem diferentes, sobretudo a erva do rato que é um público específico, de quem acompanha o trabalho do bressane. a mulher é claramente comercial, uma comédia com 1 milhão de espectadores e tem folego pra ir mais pra frente ainda. o jean parece que tem as duas coisas, mas é um mistério. pode ser visto por muita gente, mas também pode ser percebido por um público mais seleto. não tenho ideia.

2008 foi um ano intenso. e você chegou a declarar ter tido problemas decorrentes disso.

foi um ano que eu estava em crise com a profissão, tava trabalhando muito, estava insatisfeito, achando que estava trabalhando mal. tava nessas. e foi assim. ela veio vindo e chegou no auge no jean, que foi no fim do ano. já tava em londres, vc tá longe, tem saudade. tem muito do que o filme fala. na verdade, me identifico. nasci no interior de minas, fui criado em SP. me emociona esse personagem, a simplicidade, pedir autógrafo pro sidney magal. aquilo me pega num lugar especial, de quando isso acontece comigo, de gente simples sobretudo. às vezes tô num lugar, me pedem um autógrafo, e, pô, claro. sou eu (jean) com o magal, estou representando essas pessoas que também gostam do que eu faço.


no ano passado você estreou seu primeiro longa, como diretor. como foi a experiência e como é, agora, ser dirigido depois de estar atrás das câmeras?

se torna mais claro, na verdade. foi uma experiência maravilhosa, pude entender o outro lado. e tem coisas técnicas que fazem a diferença. sempre fui um ator autor, um cara curioso, que questiona a direção. sempre tive isso, pensamento técnico sobre o cinema. e o ator tem que ser assim. é bom. e o curioso que acontece é que gente que não me conheceu antes, agora quando vou fazer um trabalho, e faço a mesma coisa que sempre fiz, soa meio assim "agora o cara dirigiu um filme fica aí cheio de perguntinha técnica". não, sempre foi assim. mas foi bom, tem muitas coisas técnicas que pude conhecer. por exemplo, o som. sempre fui meio rebelde, de achar chato ficar com lapela, com transmissor, e agora sei da importância de um som bom.

para 'a festa da menina morta' matheus nachtergaele cogitou dirigir e atuar. você pensou assim?

no 'feliz natal' nem pensei nisso, não passou pela minha cabeça. no próximo, que eu já to escrevendo e que ainda não tem nome, pensei sim. é sobre um circo como personagem, que conta a história de um palhaço em crise com a profissão. nada mais é que sublimar, transformar em arte um sentimento que vivi de verdade no ano passado. de me sentir inadequado, colocar em xeque o que estava fazendo. é saudável passar por esse questionamento, pra você crescer. então isso virou o filme. eu escrevi pra atuar. mas hoje já estou na dúvida. acho que por ser tão pessoal talvez seja até mais saboroso não atuar e chamar algum ator que eu confio para ficar atrás das câmeras.

qual a dificuldade técnica de dirigir e atuar?

não sei. saberia fazendo. mas fico imaginando que deve ser um negócio assim. uma hora vc tá montando um plano e o assistente me chama pra maquiagem. e eu doido pra elaborar o plano, mas se não for pra maquiagem.. não sei, tem que arranjar um jeito pra trabalhar. mas tô na dúvida. vou decidir mais pra frente mesmo se faço mesmo ou se passo a bola e curto a direção.

já tem previsão?

comecei agora a ir atrás de dinheiro, um primeiro tratamento de roteiro. sem pressa, vai vir no tempo dele. é meu próximo projeto como diretor. até tenho título provisório. mas hoje em dia... com a internet tudo vira definitivo. por exemplo, com o outro filme. teve algum momento que pensei em não ser 'feliz natal', mas não dava mais, é meio se perder um marketing.

sobre jean charles, você não acha que o filme deveria parar na morte? ou concorda com a exibição dos desdobramentos?

aprovo completamente. achei lindo a maneira como o filme acaba, de a vivian fazer a viagem. adoro a maneira sutil que a vanessa (giácomo) faz na terra dela. tem um papinho de interior rolando no quintal e você vê o olho dela de "não estou mais ali, estou em outra". é um filme sobre a vivian na verdade, ela é a grande protagonista. sempre foi. eu adoro o que a vanessa faz. acho que ela faz um trabalho muito bonito, sincero, verdadeiro.

houve alguma intervenção familiar?

não pra mim, pro henrique (goldman, o diretor) sim. ainda tem lá correndo o inquérito, as coisas todas. então, existe uma preocupação em como tratar esse personagem. não comigo, mas com o henrique. a cada cena, a cada tratamento, tinha que comunicar à família, mostrar como seria. tudo que está ali passou por isso.

você tinha algum receio de como o jean seria tratado para não virar um herói?

tinha e enxergava no material que o henrique tinha que ele não iria nesse caminho de herói. no fim, ficou um personagem cheio de relevo. ficou um cara muito de verdade. o cara que erra, acerta, tem saudade, oscilações de humor. isso é mérito da direção. ele tinha muitas armadilhas, e ele foi bem. de não glorificar, de não fazer da morte uma coisa espetaculosa. ele tinha um prato cheio ali e ele filmou de uma maneira simples, quase documental. gostei muito, fiquei muito feliz.

você cita semelhanças com jean charles. que semelhanças são essas?

tem um caipirismo ali que eu também tenho. qdo vou pra uma cidade como londres, ny, não fico à vontadão. tem algo que acua. isso ele sente e eu também sinto. a maneira como eu enxerguei londres não deve ter sido muito diferente dele. nasci no interior de minas, pai bancário, mãe dona de casa, nenhuma ligação com arte. não sei te dizer muito mais sobre isso. mas me identifico, é como se o jean pudesse ser eu se eu não fosse ator. não sei. uma vez em minas, um cara chegou pra mim, e eu botei isso no filme, "ó o selton mello, preciso apertar a mão desse prezado". isso entra no magal, tem uma humildade, um negócio ali que acho bem comovente.


em algum momento teve raiva dos ingleses?

não. mas acredito em coisas espirituais. lembro que passei boa parte em londres com uma dor na nuca que não passava, que foi bem onde o jean tomou os tiros. vai saber... de repente, dormia e tensionava. quando cheguei em londres, fui dar uma volta e cheguei no metrô tava cheio de policial, dei uma travada, voltei atrás. aí grilei, 'será que eles viram voltando?' 'será que estava com passaporte?' olha a nóia. mas aí entrei.

como era a reação das pessoas?

geral. pegava taxista e tinha muito interesse. se for lançado lá (em londres) pode gerar uma repercussão grande, porque tem bastante interesse de lá. de imigrantes, londrinos... ficava pensando, até tinha curiosidade. 'será que a polícia vai parar, não deixar (a gente rodar)?'. depois o henrique me explicou e eu fui entendendo exatamente o contrário, a gente tinha total apoio, porque se censurassem de alguma forma eles estavam quase assumindo a culpa.


você disse que vai sumir depois desses três filmes. como assim?

não faço nada. esse meu filme deve ser pro ano que vem. a única vantagem de os três - a erva do rato, mulher invisível e jeans charles - estrearem juntos é que depois fiquei livre. foi uma megaexposição, que tudo o que eu fujo sempre. e caiu nessa.


dualidades femininas

louvas a tríade: marcelo farias, carol castro e duda ribeiro

na última sexta fui assistir dona flor e seus dois maridos no teatro faap. antes, ouvi um comentário do tipo "jura (que você vai ver isso)?". pelo simples fato de que a peça era estrelada por globais - marcelo faria e carol castro - havia (e ainda existe) um certo ranço da crítica especializada de antemão, mesmo sem ver. dei de ombros para esse tipo de preconceito, e, confesso, muito graças a uma exceção no meinho, o crítico luiz fernando ramos, da folha.
a montagem, do próprio faria, foi uma sucessão de surpresas. o próprio está totalmente à vontade no papel de vadinho, o boêmio vagabundo bom de cama e péssimo no quesito ética e moral. e nem mesmo quando fica completamente nu, nota-se qualquer tipo de constrangimento. duda ribeiro, no papel de teodoro, o oposto de vadinho (ruim de cama e bom de ética), se sai bem. assim como carol castro, na carente e fogosa dona flor. à par do 'triângulo amoroso', o público ainda é surpreendido pela ótima interpretação de ana paula bouzas, como norminha, a amiga escrachada de dona flor. louvas também para o acertado cenário que contribui e muito para a recriação de salvador, sem soar clichê ou exagerado.
na soma, a peça superou as expectativas. em cena, o elenco reproduz com glória o texto excepcional do inesquecível jorge amado. ninguém como este baiano retratou a dualidade do ser humano como em dona flor e seus dois maridos. está exposto ali o conflito das necessidades de uma mulher. ela é infeliz com vadinho, que morre e depois volta em espírito a pedido da dona flor. isso porque seu segundo marido nem de longe supre as carências sexuais e afetivas na cama. o ponto alto da peça está justamente no momento em que marcelo faria, num surpreendente monólogo, joga essas questões na cara de dona flor. um tapa na cara com sopro de carinho.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

bloco na rua

amanhã (sábado) e domingo tem show-homenagem a sérgio sampaio no Sesc Pinheiros. o maldito e marginal da MPB que estourou em 72, com a música acima, teve carreira deprê. mas sua obra 'tá' aí e é revista por uma turma boa: Jards Macalé, Luiz Melodia, Zeca Baleiro e Márcia Castro. Ao fim, claro, eles botam o bloco no palco.

arte ou vandalismo?

está para sair o documentário 'Pixo', de João Wainer, sobre pichações em SP. veja a prévia por aqui.

adeus em palavras

a partir desta carta abaixo, surgiu um novo fenômeno das artes. de um pé na bunda, a francesa sophie calle pediu que outras mulheres fizessem uma interpretação particular do texto. o resultado disso é uma exposição que você só confere a partir do dia 10, no sesc pompeia. mas este blog adianta o assunto e reproduz na íntegra o tal texto.



Sophie,

Há algum tempo venho querendo lhe escrever e responder ao seu último email. Ao mesmo tempo, me pareceria melhor conversar com você e dizer o que tenho a dizer de viva voz. Mas pelo menos será por escrito.

Como você pôde ver, não tenho estado bem ultimamente. É como se não me reconhecesse na minha própria existência. Uma espécie de angústia terrível, contra a qual não posso fazer grande coisa, senão seguir adiante para tentar superá-la, como sempre fiz. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a “quarta”. Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as “outras”, não achando obviamente um meio de vê-las, sem fazer de você uma delas.

Achei que isso bastasse; achei que amar você e o seu amor seriam suficientes para que a angústia que me faz sempre querer buscar outros horizontes e me impede de ser tranquilo e, sem dúvida, de ser simplesmente feliz e “generoso”, se aquietasse com o seu contato e na certeza de que o amor que você tem por mim foi o mais benéfico para mim, o mais benéfico que jamais tive, você sabe disso. Achei que a escrita seria um remédio, que meu “desassossego” se dissolveria nela para encontrar você.

Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições sequer de lhe explicar o estado em que me encontro. Então, esta semana, comecei a procurar as “outras”. E sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando. Jamais menti para você e não é agora que vou começar.

Houve uma outra regra que você impôs no início de nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,…) e compreensível (obviamente…); com isso, jamais poderia me tornar seu amigo.

Mas hoje, você pode avaliar a importância da minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante da sua vontade, pois deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre as coisas e os seres e a doçura com a qual você me trata são coisas das quais sentirei uma saudade infinita. Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você da maneira que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá.

Mas hoje, seria a pior das farsas manter uma situação que você sabe tão bem quanto eu ter se tornado irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.

Cuide de você.

X

quarta-feira, 1 de julho de 2009

beirut e a melhor notícia do ano

agora, sim, confirmadíssima a vinda de uma das melhores bandas dos últimos tempos. e o melhor: o show do Beirut não será no minúsculo Auditório Ibirapuera. ele acontece dia 11/9, na Via Funchal. Valores e venda de ingressos a confirmar. Mais uma vez: imperdível!

fenômeno da natureza


foi só mudar pro corinthians, que... bom, a imagem diz tudo. ups. (dica da loris).

na mira da justiça

Em matéria publicada hoje no Valor Econômico, Caio Junqueira avalia o primeiro semestre da gestão de Gilberto Kassab (DEM). Destaco a subretranca, em que são revelados conflitos judiciais em ações do prefeito.

Ministério Público incomoda prefeito com ações
De São Paulo

O Ministério Público do Estado de São Paulo foi o principal problema de Kassab nos seis primeiros meses de gestão. Atuando em três frentes, promotores conseguiram barrar o andamento do da maior proposta do prefeito para o ano, a revisão do Plano Diretor, trazer à tona suspeitas de fraudes em licitações da merenda escolar e colocar em risco o próprio cargo do prefeito.
O caso de maior repercussão é o da merenda escolar. O Ministério Público investiga a terceirização da distribuição da merenda na cidade, sob suspeita de formação de cartel e pagamento de propina a funcionários públicos. De acordo com o promotor Silvio Marques, já foram reunidos diversos indícios de fraudes em contratos na capital e de pagamento de propinas na ordem de 10% do valor faturado por mês pelas empresas. A prefeitura determinou que fosse realizada nova licitação, mas não acatou a recomendação do promotor e permitiu que as empresas suspeitas participassem da nova concorrência.“Quem contratar essas empresas vai sofrer ação de improbidade, pois sabem que há provas inequívocas de irregularidades”, afirma Marques.
Outro problema ocorreu com a revisão do Plano Diretor. A primeira derrota veio com a intervenção da promotoria de Habitação, que determinou que o plano fosse revisto separadamente das discussões da nova lei de zoneamento e do uso e ocupação do solo. Isso frustrou a expectativa da prefeitura de fazer alterações significativas na cidade. Anteontem veio outra derrota: uma liminar dentro dessa ação suspendeu a revisão do Plano Diretor, sob a justificativa de que a prefeitura tornou a revisão maior do que a lei permite. Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou estar analisando o conteúdo da decisão proferida e que entrará com os recursos cabíveis.
Por fim, o prefeito teve problemas com a Justiça Eleitoral. O Ministério Público Eleitoral pediu a rejeição das contas das campanhas de Kassab por considerar irregulares as contribuições feitas por empresas que atuam como concessionárias de serviços públicos. O advogado de Kassab, Ricardo Penteado, afirma que os questionamentos do Ministério Público já foram objeto de julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral, permitindo a doação eleitoral de sócias de concessionárias. Isso, segundo o advogado, afasta a possibilidade de condenação do prefeito.(C.J)

->leia a reportagem na íntegra em Política para os Chegados

sabe?

variáveis

"não faço cerimônia, não sou um bom partido/
tendo para os vícios, posso causar desgosto/
sou um pervertido, livre, leve e solto,
um vagabundo astuto, um viralata escroto/
mas você pode se divertir"
(bom partido - renato godá)

passos para a eternidade


"Não me interesso em como as pessoas se movem, mas o que as movem" - Pina Bausch