segunda-feira, 14 de junho de 2010

a copa do mundo é nossa

Pois é, a gente fica resistente. Do alto da nossa confiança (ou arrogância) - pelo menos no meu caso, que das cinco copas passadas vi o Brasil chegar a três finais e ser campeão de duas... E, cientes de que estamos entre os melhores do mundo, pensamos 'lá vem outra Copa'. E aí até ouvimos a escalação e não ajuda... O técnico prioriza o futebol tático, de bolas paradas, sem grandes jogadas. O importante não é a arte, é fazer gol, brada o tal Dunga.
Tenha respeito com o tetracampeão, deveria pensar. Mas como ignorar as pedaladas, as dancinhas, dribles, a fome de fazer graça em campo - e gols, por tabela? Então você dá uma murchada, diz que ele deveria mesmo é perder pra deixar de ser otário. Mas aos poucos pensa que aquele desgraçado vai ganhar só pra calar minha boca e de outros milhões de brasileiros. E quando vê já está querendo que esteja certo. Porque eu quero mesmo é calar minha boca para logo depois gritar "Não tem pra ninguém, porra. Aqui, é Brasil".
E a Copa começa, as janelas tímidas começam a sucumbir ao verde-e-amarelo. As ruas voltam a exibir bandeirolas - mas o povo desistiu mesmo daquela onda de pintar as ruas, não...? Bom, abertura, primeiros jogos, Galvão Bueno e toda aquela expectativa começa a crescer. Pô, é Copa. Desce dez, quinze chopes, que eu quero é comemorar.
Amanhã é o primeiro dia de Brasil. E toda aquela turma que um dia compactuou daquela onda de zicar o Dunga, desde a semana passada não esconde a ansiedade para que a terça-feira, estreia da nossa seleção, chegue. Eu também não fico distante desse auê. Hoje, na volta do trabalho, enfim reconheci. "Pai, se tiver alguma bandeira vendendo na rua para pra eu comprar?". Era como se de repente fosse 1994, a Copa que eu lembro de todos os jogos e, claro, daquele sabor de vitória incontrolável. A vontade de encher o peito e gritar: Brasil.
Vai Dunga, estamos com você. Até que o resultado diga o contrário...

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