domingo, 31 de maio de 2009

cross fox em dvd

a menina do piauí que bombou no youtube com os tocantes versos "eu sou linda, absoluta, eu sou stephany" participou do último show da diva preta gil e revelou: "vou gravar DVD".
jésuis!

sábado, 30 de maio de 2009

poder das palavras


Uma cadeira, um foco de luz e só. No figurino, uma calça social preta e uma camisa branca. O palco nu e os recursos minimalistas bastam para que Fernanda Montenegro prenda sua atenção do início ao fim. Desde sua atuação em 'Central do Brasil' (Walter Salles), quando ela arrematou o Urso de Ouro de melhor atriz e depois foi indicada ao Globo de Ouro e ao Oscar, Fernanda Montenegro já representava para mim a melhor atriz brasileira. Ontem, em 'Viver Sem Tempos Mortos', tive mais uma vez esta confirmação.
Sentada durante 60 min, ela apenas fala e se expressa, sem nenhum exagero, sem nenhum gesto mais dramático. Em mãos, tem 'apenas' a história da francesa Simone de Beavouir, uma das personalidades femininas mais importantes da história, e sua relação com Jean-Paul Sartre. Dois pensadores à frente do seu tempo, que pregaram a liberdade até o fim, sem limites. Juntos, se amaram e amaram tantos outros sem nunca esconder nada ao parceiro. Eram resguardados pelo pacto da verdade - e o cumpriam com rigor. Era o necessário para viver um amor sem mentiras e, sobretudo, profundo.
Com a delicadeza dos olhos e a empostação da voz minuciosamente medida, Fernanda Montenegro fala dos tantos homens que conheceu. E mesmo quando se entregou mais forte a outro homem, deixa claro que seu amor por Sartre pulsava mais alto. Mesmo que não quisesse demonstrar isso ao outro, fragilizava-se.
A história de Fernanda na vida real não foi bem assim. Durantes 60 anos de sua vida, esteve com Fernando Torres e foi feliz tendo apenas ele. Isso não é mérito, nem demérito. O fato é que, no palco, ela não deixa de fazer seu tributo ao parceiro que tanto amou. Por mais que tivesse conhecido outros homens, Fernanda, como Simone, não conseguiria se entregar mais do que a cama e um sentimento qualquer. Porque o coração sempre esteve atado àquele homem. O seu homem, a sua vida, a sua felicidade, como diz na peça.
A pior coisa foi perder Sartre (ou Fernando), diz Simone (ou Fernanda). Ainda assim, nem Fernanda nem Simone desejaram algum dia viver sem tempos mortos. A história e o teatro agradecem.
Só quem leva a verdade e a paixão pelo que faz consegue afirmar isso antes de qualquer homenagem póstuma. E sem qualquer recurso cênico. O mínimo, para Fernanda, basta.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

big apple

nome indie em ascensão, a dupla americana sai pela Times Square tirando peça por peça. Sensacional. Dia 6/6, estou na Clash para vê-los.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ups

se o histórico se confirmar, marcelo camelo largou as fraldas de mallu para mergulhar no furacão de ivete. será?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

chama da nostalgia

às vezes sentimos falta do passado.
das pessoas que largamos por aí.
das histórias que colocamos ponto final.
dos momentos que terminaram sem tchau, nem adeus.
das vezes em que demos um passo maior do que deveríamos em direção ao futuro, sem ponderar o presente, tampouco o passado.
às vezes (e tantas vezes) pensamos no que ficou mal-resolvido.
dos pingos nos 'is' que não foram colocados.
das amizades que terminaram sem porques.
das vezes que renegamos o passado em busca do novo.
das vezes em que desmerecemos os amigos do passado em busca dos novos.
de repente, bate aquela sensação de arrependimento.
mas às vezes pensamos que tudo isso é só um a mais para completar o "às vezes".
e que às vezes nem é tudo isso mesmo.
mesmo sabendo que é mais do que tudo isso.
e que o passado está ali, sempre à espera da nostalgia.

domingo, 24 de maio de 2009

coisas de jardim

- a população detesta ser confundida como território de bonito (é que alguns atrativos daqui são vendidos lá como extensão da cidade).
- sertanejo, sertanejo e... sertanejo.
- sopa paraguaia, pacú e pintado.
- buraco das araras
- recanto ecológico rio da prata.
- exército... pra quê mesmo?
- "já tá dentro do copo".
- calor
- "não faz o máscara".
- qualquer pessoa de fora é um novo atrativo da cidade.

sábado, 23 de maio de 2009

terra de ninguém


essa nova corrente de email, publicada por marcelo tas em seu blog, me chamou atenção. primeiro, pela criatividade (muito bom!). mas sobretudo porque sempre fui contra o voto nulo. e ainda sou. o conflito é como resolver essa palhaçada que é hoje (ou melhor, desde que foi fundado) o chamado Congresso Nacional. seria o voto nulo uma saída? custo a crer. e você, o que acha?

pistinha

quinta-feira, 21 de maio de 2009

sharp, tim, música

enquanto comenta-se o fim dos festivais tim e planeta terra, o prêmio que um dia foi sharp, depois virou tim e agora estava sem rumo (com a saída do patrocinador, a operadora), vai acontecer. sob a simples alcunha prêmio de música brasileira, que contempla os principais trabalhos musicais do ano que passou, está agendado para o dia 1º de julho, com homenagem a clara nunes. é justo, mas será que é necessário em tempos de velório da indústria fonográfica? creio que sim. e acredito até que sem os patrocinadores por trás a coisa fique mais democrática. o risco é sempre cair na ilusão.

olé!

O efetivo do exército de Jardim, no Mato Grosso do Sul, estava defasado hoje. Estavam em greve, de folga? Nada. É que metade da equipe somou-se aos cerca de 900 soldados que estão envolvidos numa 'megaoperação' para apreensão de drogas em Amambai, a 400 km daqui. E quanto eles costumam apreender em média? "Da outra vez não apreenderam nada. Por mais que mudem de posição e de estradas. Os caras hoje estão muito espertos" - responde uma alta patente.

quanto mais, melhor

Mart'nália: uma das atrações da Virada Carioca

E não é que a secretaria municipal carioca resolveu investir em um bom projeto? Soube hoje que ela promoverá entre os dias 5 e 7 de junho um 'Viradão Carioca', a nossa Virada Paulista com um adendo: 24 horas a mais, ou seja 48 horas seguidas de programação cultural.


Diz o material de divulgação: "boa parte dos cerca de 300 eventos programados acontecerá em locais abertos, como os quatro “palcões” na Praça Quinze, Santa Cruz, Madureira e Cidade do Samba. Ou ainda nos palcos itinerantes – Viramóvel e Palco sobre rodas – que passarão por bairros como Campo Grande, Pavuna, Méier, Bangu e Leme. A programação ao ar livre se espalha ainda por ruas e praças, como a Rua do Mercado, Praça Tiradentes, Praça do Méier, Praça Afonso Pena, Praia de Copacabana, Lapa, Viaduto de Madureira, entre outros".

Taí, gostei.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

e ontem...


foi dia de folga e de aniversário da Ju. No samba, no Ó. Eu, claro, tomei cervejas e cachacinha(s) e celebrei como se deve: na pistinha, rodopiando, com braços para o alto e gogó afinado (uh!). Mas aí hoje era terça, dia de pauta logo cedo, de dia longo (plena 1h30 na redação). Mas meu deus, cadê o pandeiro, o coral da turma e as moçoilas de saia rodada? Foi sonho?

vem por aí

*George Benson e orquestra em 'Tributo a Nat King Cole', dias 7 e 8/6, na Via Funchal. E mais: com abertura de Esperanza Spalding. Imperdível.
* The Bad Plus, no Bourbon Street, dia 9/6.

dança das palavras

Nunca havia assistido a espetáculos de dança (minto, vi 'Momix'). Mas o que pude ver entre domingo (com a Cia. Corpos Nômades) e hoje (no ensaio de 50-Bossa Nova do Ballet Stagium) me faz reforçar as palavras da professora da PUC-SP e crítica do Estadão, Helena Katz. As companhias estão aí, são boas, modernas, sem o tal 'pas-de-dêux'. E mais: promovem investigações cênicas, brincam com os corpos, falam com eles. Chocam, emocionam, surpreendem. Só faltam ser mais reconhecidas - e divulgadas. Não conhece dança contemporânea? Você é mais um no meio da multidão. Mas antes de dizer que é chato, vá ver.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

você...

traz relinchos na alma?
guarda chifres de rinoceronte no peito?
tem barbatanas de tubarão?

por isso essa força...

me leva leva a cantar/ por isso essa força estranha no ar/ por isso é que eu canto, não posso parar/ por isso essa... (cadê?)

domingo, 17 de maio de 2009

um assombro

bettye lavette na posse da Barack Obama

maratona jazz

Depois de três dias de Bridgestone Music Festival, fica bem difícil escolher o melhor. o evento começou quinta com a companhia do gui para ver o talentoso e exibicionista pianista, robert glasper. foi bom, mas eu corroboro a comparação de uma amiga minha, juliana vettore, "às vezes parecia piano bar do hotel renaissance". e um dado era incontestável: estavam todos ali para ver jimmy cobb e sua so what band. ou melhor para conferir a execução, na íntegra, de uma bíblia do jazz, o 'Kind of Blue', de Miles Davis.... Cobb está muito bem acompanhado e seu trio de sopros (sax e trompete) nada deixa a desejar.
Na sexta era dia de mais 'kind of blue', com Celo e Dan. Mas antes da grande atração, René Marie e seu quarteto, com participação de Jeremy Perelt. Uma negona incrível, com uma voz assombrosa. A apresentação, porém, recaiu para momentos muito introspectivos em certos instantes. E René chegou a ser hostilizada ao interpretar trechos do hino americano. Ok, está certo que, pô, vc está no Brasil: para quê fazer isso? Mas, também, vaiar? Ah, discurso anti-americano ficou demodé.
Sábado, arrastei Isa e Thata para verem dois shows impressionantes. Primeiro, o duo alemão Tok Tok Tok, que tem à frente a sensacional cantora Tokunbo Akinro e o saxofonista Morten Klein. Esta nova sensação do jazz contemporâneo mostrou vigor no palco com as boas pegadas do último álbum, 'He & She'. Depois, era a vez de Bettye LaVette. Esta mulher tem uma história curiosa: ela chegou a registrar um álbum em 1972, mas, à época, ele não foi lançado. E Bettye ficou vagando durente todos esses anos em pequenas participações, nada relevante. Até que, no início dos anos 2000, um selo francês a descobriu e desengavetou o trabalho. De lá pra cá, Bettye ficou cult. A consagração, porém, veio em janeiro deste ano, quando, ao lado de Bon Jovi, ela interpretou 'A Change is Gonna Come', na posse de... Barack Obama. No Brasil, Bettye mostrou impressionante desenvoltura e uma voz, que pelo amor de deus...
Bettye, tardiamente, está aproveitando cada segundo deste momento. E, nós, agradecemos. Em tempos de provável extinção dos dois maiores festivais de pop rock do País - Tim Festival e Planeta Terra -, o Bridgestone veio (muito bem) a calhar.

sábado, 16 de maio de 2009

será?

julia petit foi a bruxelas ver beirut e numa conversa pós show com zach condon descobriu, pelo próprio, que a banda tem datas confirmadas no Brasil em setembro. Se for verdade, estarei na primeira fila!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

porque hoje...

eu to numa pegada rehab! ups

domingo, 10 de maio de 2009

pequenos demônios

é verdade que a tecnologia tem uma infinidade de atributos. e que ela tornou nossa vida mais fácil, mais rápida e, em contrapartida, mais fria e distante. mas ela também cria pequenos demônios. e a moda agora é compartilhar o que você gosta de ouvir com todo mundo, em vez de se fechar no casulo do fone de ouvido. a nova febre é pegar seu celular e colocar ele no último volume. e não importa onde esteja. na verdade, quanto mais público melhor. pode ser no ônibus, no metrô, no ponto do busão, na lanchonete, na fila do cinema. você simplesmente aperta o play e deixa bombar sua playlist. e quem se importa com a pessoa ao lado? e quem liga se as pessoas gostam de forró, black music ou pagode? afinal, além de fria e distante, a tecnologia também serviu para dar asas à má educação. que bodice!

sábado, 9 de maio de 2009

um dia após o outro


nostalgia

porque essa música é bem adolescência. e hoje é dia de lembrá-la na arena anhembi. bora ver os birrentos e talentosos irmão gallagher.

é preciso dizer...

foto: Pedro Henrique França

quarta-feira, 6 de maio de 2009

dores de joana - prólogo

joana gosta do silêncio. gosta de alimentar a solidão. ora em doses homeopáticas, outrora cavalares. gosta dos dias frios, de contemplar o céu nublado, de ouvir músicas bregas no repeat. se força a chorar, como se alguém a esmurrasse. ou como se a beliscassem naquele cantinho de pele que ela mais odeia - e sente dor.

por que....

toda quarta-feira é uma bodice? ainda mais de ressaca... deus meu!

de volta

Dia 18 de julho, Cat Power volta a se apresentar no país. Desta vez na Via Funchal. E eu não perco por nada: porque é linda e um assombro de talento. Imperdível!

eu...

não tomei toooodas ontem na mercearia. mas acordei numa ressaquinha filha da p... que bodice!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

podem falar o que for

dos banheiros químicos que não inibem o cheiro de xixi nas ruas; dos metrôs lotados graças a genial ideia de passar o tatuzão da Linha 4-Amarela bem no dia do evento; dos tresloucados beberrões que esbarram sem dó e enchem a paciência.
Nada, nada, nada disso tira o mérito do mais belo, democrático e genial evento que é a Virada Cultural. Teve problemas? Teve. Mas um evento que atrai 4 milhões de pessoas não pode ficar incólume a eles. Faz parte do show. Poderia ser melhor? Poderia e cabe à Prefeitura reparar as arestas. E isso será feito, porque o projeto é bem-sucedido e nem aquela palhaçada no show dos Racionais, em 2007, conseguiu tirar o brilho da Virada. O que faz com que as autoridades se atentem à importância do evento e façam dela uma bandeira política (FAZER O QUÊ?).
O fato é que as ruas estavam lotadas, os palcos tomados de boa música, de cultura, pelos quatro cantos da cidade. Era Ceus, Sescs, Museus, ruas...
Destaques do sábado:
- Cameletes em peso no show de Marcelo Camelo, que lotou a Av. São João.
- Os malucos-beleza cantando Raul Seixas letra a letra no palco que reproduziu toda a discografia do cantor e compositor baiano, morto há duas décadas.
- O show do Instituto com o repertório do Tim Maia Racional. Apesar de já ter visto esse show inúmeras vezes, BNegão e MC Kamau deram um merecido tom rap.
- Não vi e me arrependo. Mas sei que Wando e Reginaldo Rossi foram divertidíssimos.
Destaque do domingo:
- Meu Deus, o que foi ver Novos Baianos na São João com aquela tarde linda de sol? Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Paulinho e Galvão fizeram milhares de pessoas vibrarem com o antológico disco 'Acabou Chorare'. É difícil escolher o melhor número, mas certamente 'Preta Pretinha' marcou história. Sem falar no coro: "e os Novos Baianos passeiam na tua garoa, e os Novos Baianos te podem curtir numa boa".

sábado, 2 de maio de 2009

vira, vira, virada


e começa hoje (2), logo mais, a Virada Cultural. No Municipal, nos Sescs e, principalmente, no Centro, São Paulo sedia o maior e mais democrático evento cultural. Difícil escolher. Mas eu vou passar no Marcelo Camelo (0h, São João), bisbilhotarei as personas do palco Raul Seixas, na Luz, quero ver Instituto com Tim Maia Racional. E pretendo dar uma passada no palco brega...
Domingo tem Nação Zumbi (12h, na República), e 15h, sem dúvida, Novos Baianos, na São João. Para reviver o clássico 'Acabou Chorare', mesmo com a ausência de Moraes Moreira. Por fim, 18h tem Maria Rita na São João. É só escolher. São muitas atrações. Pra virar a noite - e, claro, muitos copos!!! Bora pra rua pessoar.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

15 anos depois...

fica aqui a lembrança de um dos maiores brasileiros de todos os tempos. ayrton senna, DO BRASIL.