sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

altos e baixos

o que valeu a pena em 2008

- Madonna, vigor físico, performer e tecnologia surreais
- Ver o Gil recuperar as cordas vocais
- R.E.M. e o bom e velho rock
- O incendiário Hives, no Orloff Five
- A catarse coletiva com o Muse, no HSBC Brasil
- O show de Caetano com Roberto -sem novidades, mas e daí?
- O lançamento do álbum do 3 na massa
- Os dois discos dos ex-Los Hermanos, Rodrigo Amarante (com Little Joy) e Marcelo Camelo (sozinho).
- O show e os seguidores de Marcelo Camelo e o duo com Mallu (to falando de música!)
- A união de Maria Bethânia e Omara Portuondo - biscoito fino
- Ana Cañas e sua postura rebelde de uma jazzista que ainda irá se encontrar
- Os shows contagiantes do Del Rey (fui em uns 3 esse ano)
- Sonny Rollins, The National, Gogol Bordello e MGMT (as únicas coisas boas do micado Tim Festival)
- Planeta Terra e a organização: campeã disparada de todos os eventos
- Cada um no seu quadrado: a frase de 2008
- Show e o disco do uruguaio (quase brasileiro) Jorge Drexler
- A elegância e simplicidade de Madeleine Peyroux
- Passar horas conversando (e bebendo) com Roberta Sá, Ana Cañas, Rodrigo Maranhão, Marcelo Caldi, Fabiana Cozza, entre outros, em um tarde de quinta, em um bar na Lapa - eu e eles.
- Herbie Hancock e o vigor de sempre
- Mônica Salmaso e Osesp, na Sala São Paulo, ou sozinha com o Pau Brasil, no Teatro Fecap
- Leif Ove Andsnes
- Mini hang loose e mini me liga - com flip
- sair mais de São Paulo
- Nina Becker e Do Amor fazendo o repertório do disco Build Up, de Rita Lee
- balada em cima de um rio, em Manaus
- Velha Guarda da Portela com Marisa Monte, Teresa Cristina e Diogo Nogueira, no Sesc Pinheiros.
- Manaus e Festival de Ópera com Roger Waters
- Exposição 'Cinema Sim', no Itaú Cultural
- O monólogo Acqua Toffana, com Dani Barros
- Jordi Savall
- Paralela 2008
- Os jovens talentos, Rodrigo Bivar, Rodolpho Parigi, Marina Rheingantz, na exposição 2000 e oito, no Sesc Pinheiros.
- Na Natureza Selvagem
- Beeeeeeeijo, que já tá MÃSSA!

vício instantâneo

pois é. sou mais um, pelo menos essa tarde, que não consegue parar de ouvir esse raio dessa música - 'Elephant Gun', da americana Beirut. E eu nem vi Capitu para vidrar nessa onda meio folk, indie, cigana.

mudérnas

foto: lu orvat

estou eu e ela cara a cara. entre as sobras da redação. dia 26 de dezembro, vazia. silenciosa. olho pra ela mais uma vez, e vejo que se 2008 teve diversas bodices, ele foi capaz de proporcionar coisas boas, sim. entre elas, ela: a thata. e, de quebra, essa figura, a autora dessa foto. lu orvat, uma artista na minha vida. das boas - e mudérnas.
e tenho dito.

pro fim de tarde

sol escaldante. reluzente. caipirinha a beira-mar. energias boas. pessoas boas. areia. mar. água. muita água. branco. luz. céu. banho. chuva num fim de tarde. tambores. cigarras, cigarras. incenso. palmas. saia rodada. energia. muita energia. orixás. saravá. terreiro. energia.
(porque é como eu vejo essa música).

contagem regressiva

ok. o natal passou. você foi na noite do dia 24 comer aos montes com aqueles tios e primos que você não viu o ano inteiro. tomou umas, fez piada, levou outras. e... hora das sobras. 2h os telefonemas começam. encontra um, o outro que passa no teu prédio e não é que tinha bar aberto? Um único, ali na Vila, o Pero Vaz. Ali ficamos até 6h30 - os caras foram espertos e fizeram a festa da galerénha.
dia 25, você acorda 10h (pode?). E vai... trabalhar, enquanto seus pais estão rumo ao interior para ver o outro lado da família. pós-trabalho, cerveja, cerveja e cervejas em casa. e brinde saideiro (sim, de chandon) com aquela tua amiga paulista-carioca. naquele clima que tudo se realize em 2009...
a chibata ainda continua. só largo ela amanhã. e aí, domingo, aí sim. praia, sol e cerveja.
me leva que eu vou. pq eu já to ensaiando meu pé há semanas em 2009. e ele não chega nunca. 2008: bjvaza!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

o nosso


porque eu paguei um pau pro nosso obama brasileiro. foda. (roubado do blog Mais uma Dose)

anti-clímax

não, eu não enfrentei o shopping ainda. não comprei n-a-d-a de natal. estou trabalhando nesse dia lindo. e com uma ressaca braba do sambinha de ontem no ó do borogodó. ah, e em pleno fechamento com matéria de capa. natal pra quê meu deus? que bodice.
Campanha Acaba 2008, Acaba!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

melancolia boa

e o irlandês Damien Rice foi enfim confirmado. Após algumas especulações, a Time 4 Fun anunciou uma única apresentação dia 30/1, no Citibank Hall. Por aqui, ele, infelizmente, foi tarimbado pela incessante 'The Blowers Daughter's', do longa 'Closer'. Uma composição bonita, massacrada pela versão brasileira de Ana Carolina e Seu Jorge ('É isso Aí').
Mas Damien Rice é mais que um compositor de um único hit, como comprovaram os discos 'O' e '9'. Dia 30 estarei lá. Fato.

sábado, 20 de dezembro de 2008

aquele de sempre

tem certos dias que você não quer nada. nada, mesmo. ou melhor, quer. mas não quer. sozinho, você despacha pedidos de socorro - solenemente ignorados (afinal é sexta-feira e a maioria já tem compromissos definidos).
tarde da noite, já conformado com a cama e nada mais ele liga e comparece. para dar um rolê pela cidade, tomar aquela saideira e falar da vida. ou, se quiser, não falar nada. e ele te entende. porque é parceiro até o último segundo, é generoso como poucos que conheci na vida. preocupa-se com amigos com uma fidelidade ímpar. sem qualquer frustração de perder aquela baladinha. porque amizade é isso. e ele sabe ser amigo.
valeu mauricio. nóis.

elas e a ilusão

sempre bom ver Marisa Monte. Este duo, porém, reúne outra bela e talentosa cantora, a americana radicada no México, Julieta Venegas (a mesma que canta com Lenine em 'Miedo').
Letra e voz - em sintonia perfeita.
Presente no álbum 'Acústico MTV', de Julieta.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

o dia em que vi madonna


Eu nunca fui fã. Nunca vi a menor graça em ver bibas tresloucadas histéricas com o primeiro acorde de Like a Prayer. No máximo, observei meninas posarem de sensuais ao som de Like a Virgin (algumas fingindo). Mas, como jornalista, acompanhei um escândalo e outro na mídia, assisti aos clipes de forte apelo erótico e, claro, seus filmes. A verdade é que ela estourou no mundo no mesmo ano em que eu nasci. E, por isso, pouco acompanhei aquele início. E pouco me importei com sua carreira, suas músicas e sua vida. Nas últimas semanas, porém, o assunto vinha à tona freqüentemente. Li matérias mil e fiz algumas - do aviso do show, ao incompetente sistema de vendas, e, enfim, sobre a chegada dela. Pois ontem eu vi Madonna.
A expectativa começou cedo. Sucessivas reuniões me fizeram sair com atraso e o trânsito me preocupou. No fim das contas, tudo deu certo. Cervejinhas antes de entrar, bora conferir o Morumbi. O espaço dos são-paulinos estava tomado. Arquibancadas, cadeiras e pista lotada. Todos por Madonna. Evidentemente que nem todos fãs. Como eu, havia outros tantos ali apenas pela expectativa de entender como uma mulher de 50 anos leva tanta gente à loucura. Como uma mulher aos 50 anos se esparrama pra lá e pra cá com uma facilidade de dar inveja a tantas menininhas. Tudo isso se confirmou ontem. O atraso, de mais de uma hora, aumentava a ansiedade. 'Pera Pedro. Não pira. Você não é fã da Madonna, lembra?'
Bom, às 21h50 as luzes se apagaram. Imagens apareciam freneticamente de um cubo imenso, que começa a subir... e de dentro dele, sai ela, Madonna. De um trono, com pose de rainha sexy. Luzes e luzes (de máquinas e aquelas coisas que os cambistas vendem) iluminavam todo o Morumbi. Era impossível não ficar estático com aquela cena. No palco, ela. No estádio, 67 mil pessoas pareciam não acreditar no que viam. E no que ainda estava por vir.
O show de Madonna é uma experiência à parte. E surpreendente. É megaprodução, com tudo o que uma rainha do pop pode ter. Tem blocos desprezíveis, como a parte cigana - mas até esta tem a bela cena de You Must Love Me, acompanhada ao violino. Há uma sequência de clichês também. Em Get Stupid, telões misturam imagens de guerra e fome para depois saudarem Obama, Gandhi e outros supostos ídolos dela. É chegada um dos ápices da apresentação. Os 25 anos de carreira se transportam em imagens no telão, que repassam todas as suas fases, de Like a Virgin, passando por Ray of Light, Music e Confessions. Madonna ao microfone brada, Shes Not Me. Eis que quatro sósias surgem no palco, representando estas fases. Madonna desmascara uma a uma - como que lembrando que o posto de rainha é dela, e que as outras tantas que tentarem ser como Madonna jamais chegaram (ou chegarão aos seus pés). O beijo caloroso na boca de uma delas, leva os muitos gays e lésbicas ao delírio.
Mas Madonna não é apenas do público gay. Havia famílias aos montes no Morumbi ontem. Eu, acompanhei de cima de uma caixa/banquinho que um inacreditável vendedor cedeu a mim. Dividi o privilegiado espaço com o filho da Hortência, que acompanhava, mãezona, faixa a faixa.
Após quase duas horas, ela surge com a camiseta do Brasil para se despedir. E dançar mais um pouco. E como dança, meu deus... É de uma forma física absurda, uma dançarina de primeira.
Antes do bloco final, ela havia feito um de seus melhores números. Ao pedir para que um fã escolhesse uma música, o mesmo não titubeou: Like a Virgin. Apenas ao violão, ela cantou verso a verso acompanhada de um emocionante coro de 67 mil pessoas. Foi impossível não pirar naquela viagem. É impossível não ceder aos pedidos dela. É impossível não entender aquele universo. Madonna é uma só. É única. É o pop puro, com todos os recursos, em forma de uma mulher diminuta, de 1,65 de altura. Mas de incomensuráveis metros de majestade. Podem dizer que ela faz playback ou que ela é fake. Ela, como pouquissímas, tem esse direito.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

um furo nem tão n'água

o esquema está agilizado há uma semana. no sábado, dia do evento, você fica ansioso e quer guardar energias para aguentar a noitada... a logística demanda organização: ponto de encontro, quem vai, como vai, que horas vai. mas ao chegar, tem uma que não se anima muito, o outro é contaminado. até que quando vc tá cogitando ir embora, uma pequena confusão se instaura. 'briga?'; 'tiros'?. Ok. lets nessa. A tensão causada pela contradição de informações lima a expectativa de ir curtir a noite em outro lugar. Você e a turma decidem então ir pra casa de um deles e rir a noite toda por ali mesmo. 2h, 3h, 4h, 5h... Até 8h da manhã, com direito a café. muitas risadas depois e algumas cervejas, você constata que ir para uma grande noitada exige sincronia total entre todos. mais do que isso, que às vezes, também, a cia. se basta. ficar no cafofo dando muitas risadas tem o seu valor.

sábado, 13 de dezembro de 2008

massa a 3



3 instrumentistas de peso - Pupillo, Rica Amabis e Dengue. Composições autorais em parcerias com Lirinha, Rodrigo Amarante, Jorge Du Peixe, Rodrigo Brandão e Catatau, entre outros. Canções que versam sobre relacionamentos desencontrados ou vividos. Sob a perspectiva, predominantemente feminina, em vozes diversas: Marina de la Riva, Alice Braga, Nina Becker, Simone Spoladore, Pitty, Bárbara Eugênia...
Dica do blog: um dos melhores projetos de 2008, que se chama 3namassa.
No vídeo, uma das canções preferidas: 'Tatuí', na doce voz de Karine Carvalho contracenando com o ator João Miguel, do longa 'Estômago'.
Verso escolhido>
"Que juntos,
num segundo a mais desse olhar se faz
Um sonho,
que acordado é muito mais do que dormindo"

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

de cuiabá

o clipe é bem bom.

dia de conhecer e superar

gravação do DVD do Vanguart no Avenida Club. Bora Fê, Rilds, Luba, Thata e cia - boas, como sempre. Não havia visto ainda essa banda de Cuiabá ao vivo. É folk anos 60, bem Bob Dylan. É leve. É rock pra cantar e mexer os pezinhos... E lá estava ela, a ex do vocalista Hélio Flanders, Mallu Magalhães fazendo participação.
De lá bora pro sorteio de um amigo secreto, que... não deu certo. Pra variar, sempre tem aqueles que faltam. E no fim das contas foi só um motivo pra mais uma reunião na Merça. Natal pra que mesmo? Bodice. Bora brindar que tá tudo bem, tá tudo ótimo.
Passadinha na praça e, às 2h, quem disse que a noite tem fim, né mesmo Cazuza? Pulinho no Inferno, conferir Visite Nossa Cozinha e mais cerveja. Precisa? Sim...
Porque a noite de ontem foi para conhecer aquela bandinha hypada. Para reencontrar a família de sempre. E superar qualquer ranço com aquele irmão da vida. Saldo? Positivo, em todos os sentidos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

conta-gotas


Ela demora. É preciso um copo de paciência, duas colheres de sopa de serenidade e três doses de introspecção. Porque não é fácil conquistá-la. Quem diz que vive em paz está mentindo. Porque ela é para poucos, ainda mais nesses tempos de hoje... Muitas vezes é necessário ignorar obstáculos - e são muitos. Outras vezes, dói, mas recompensa. Sempre recompensa. Ter paz é estar bem com teu universo e o que o cerca. Ter paz demora, mas qualquer hora vem e é inspiradora.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

diante do espelho

tem certos dias que tudo o que você precisa é de alguém que seja como você - e entenda cada passo de suas atitudes. no carro, vocês falam das aflições atuais, de possíveis auto-sabotagens e entendem que sofrem exatamente dos mesmos problemas em situações proporcionalmente opostas. ela entende cada defeito teu, cada reação e sabe o que te dizer (mesmo que não diga nada). você também entende os defeitos dela, as reações e o que ela deveria fazer (e não faz). de repente, vocês estão cara a cara, como se estivessem num espelho e entendesse cada caco do vidro partido. compreendem porque ambos não conseguem fazer o que todos os seus outros amigos aconselham. e é simples: porque a vida não tem fórmulas prontas. e vocês sabem como ninguém disso. só vocês. ele e ela.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ecos deste sonho

Lu Orvat, Fê Daros, Du, Maike e Gui.
O sonho continua...
Os ecos deste sonho estão apenas começando...
Hora de arregaçar as mangas...
E sonhar...

um sábado na paulista e o domingo no parque

O fim de semana reservou pequenos e bons momentos. Sábado, pós-almoço no Frevinho, saí com a Pri para dar uma andada na Augusta. Encontramos a loja Endossa, no sentido Centro, e saímos de lá cerca de uma hora depois, com três camisetas e alguns reais a menos. De lá, Conjunto Nacional e, cinco minutos depois: bora pro Itaú Cultural ver 'Cinema Sim'. Eu já tinha conferido, mas queria ir de novo. Vale muito a pena. Vários trabalhos contemporâneos, impossíveis de explicar em palavras (em cartaz até 21/12). A melhor expo que eu já fui até hoje. 19h, hora do open house do Dan, o Fofão. Panela, velas, açucareiro e... cervejas. Cheguei como um muambeiro. E logo desovei - "onde tem cerveja?". Papo vai, papo vem. Até que o maninho convida para uma esticada na boa e velha Mercearia. Mais alguns goles depois, uns resmungos e por hoje é só.
O domingo reservaria o melhor do fim de semana. A princípio, o convite da Lu parecia esquisito. "Pic-nic no parque? Sério?!". Era aniversário, não teve como contrariar. 14h, Déia lá embaixo, mochilinha térmica, salgados e bora pro Villa-Lobos. Embaixo de uma árvore, ao lado da casa do joão de barro (que rodamos pra achar), ali ficamos até 19h. Até tinha uma peça para ir, mas abdiquei. Cervejinhas, puta dia lindo, muitos sanduíches, biscoitos, frutas, violão e companhia boa. E como é boa essa turminha da Thata. E não teria como ser diferente. Lu, Fê, Rilds, Analice, Riquinha, Thaila e mais uns 15 do mesmo nível - legal e relax. Brigadeiros depois era hora de despedir. Antes, um pulo na Déia - mais um encontro com Pri e o Creep (o Gordo) e adiós finde. Em tempo, a dica: o domingo no parque faz bem demais.

sábado, 6 de dezembro de 2008

som do dia

elas se conheceram através do teatro e se uniram pela música. hoje, são Chicas - banda que tem seu público cativo no Rio e que, infelizmente, vem pouco a São Paulo. É uma espécie de Quarteto em Cy contemporâneo. Bão e eu gosto.

sobre a quinta e a sexta feira

Madeleine
pós-fechamento, quinta é o dia de respirar. 19h, bora pro show da Madeleine. Eu, thata, thaisa e rilds (e até um ingresso de última hora pro gabriel). antes, um pit stop (roots) no bar. breja, calabresa acebolada. Hora de ir embora. "Vou levar uma latinha". "Boa. Melhor: vamos levar vodca com energético?". "Ok thata. bora". Com a equipe completa, entramos na Via Funchal. E o que sucederia na próxima 1h30 era algo surpreendentemente bom. O show de Madeleine Peyroux é um doce deleite aos ouvidos. A potente voz sai da boca como quem acorda e diz "bom dia". E, mais do que isso, Madeleine cativa a platéia em segundos. É simpática sem parecer charlatanismo. É talentosa sem ser arrogante.
Terminado o show, bora pro Mercearia São Pedro, na cerveja do Fernandinho (o brother vai viajar um mês e me faz uma breja de 'despedida' - pode? Mera desculpa pra beber...). Planet, Megale, Gui, Zé Lesira (entendi o apelido) e mais uns agregados. Àquela altura, a cerveja já estava rolando há horas (porque durante o show também pedimos um baldinho). E o fim disso, foram algumas risadas diante de um prato de macarrão. Né, Gui?
A sexta-feira, portanto, começou na maior preguiça do universo. Puta calor no busão, trânsito... E a Thata do outro lado da linha master mal-humorada ("cara, peguei o ônibus errado, puta que pariu, blá, blá, blá"... e risadas). Chegando no fantástico mundo do Limão, bora almoçar. Pós-almoço, compras no Carrefas. e lá se foram duas horas da sexta. De lá, rua para ir ao Sesc Paulista conferir o laboratório muito doido de uma 'Ópera Amazônia' - projeto que envolve vídeos, instalações, etc e será apresentado na Bienal de Munique. 19h - hora de boteco de Dirceu - o aniversário do pai do Celo e do Mau. Breja importada, quitutes insanos da Kika... O gordo que liga pra ir pra... Funhouse (escalação negada). E o resultado? 4h da manhã e uma água ao lado pra aliviar a ressaca. E sábado ainda tem mais.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

despojada

ela tem uma voz incrível. e uma personalidade idem. veio ao Brasil duas vezes e, em uma delas, entrou no palco de cabelos molhados e sandália de dedo. circulou tranquilamente, como uma anônima, por bares e espaços culturais. foi embora parceira de martinho da vila e apaixonada pela nossa cachaça. é diva, sem postura de tal. por isso, hoje é dia de madeleine peyroux. pela terceira vez, na via funchal.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

coisas de maninho


A gente se lembra bem do primeiro momento em que de fato nos conhecemos. Como não poderia deixar de ser: no bar. Ele, com aquele jeito sussa; eu com minha vontade de ficar até o último segundo, ou o último gole. Ele era, na verdade, um 'intruso' da sala - estava atrasado e ia recomeçar com a nossa turma. Eu, panelinha que sou, fingia nem notá-lo. Até que naquele dia, no "xexelento" boteco Real, as horas foram se passando. E entre uma debandada e outra sobrou nós dois - os tranqueiras. Ali permanecemos até as portas baixarem; ali nos conhecemos. No dia seguinte, já nos falamos e marcamos, então, uma, duas, três cervejas...
Muitas coisas (boas e ruins) rolaram durante todos esses anos do lado de lá e do lado de cá. E um sempre esteve do lado do outro para qualquer emergência e conflitos. Assim como para qualquer cerveja ou papo pro ar. E foram incontáveis vezes que essas situações (boas e ruins) se repetiram. Num filminho bodeados em casa, num churrasco em Cotia, numa cerveja sem compromisso; nos diversos aniversários e reuniões familiares, numa balada intensa de horas (e risadas) a fio. Ele entrou na minha família; e eu na dele.
Até que numa dessas cervejas, na mesa da cozinha da casa dele, por volta de outubro/novembro de 2006, ele me vira e pergunta o que vou fazer de TCC. Após contar meu projeto passo a passo, ele diz: "pô, tá precisando de um parceiro?". No início, hesitei. Não sou nehum exemplo de CDF, mas ele bem menos. Ao mesmo tempo, sentia firmeza no que aqueles olhos (já baixos) me transmitiam. Mesmo assim, ainda em dúvida, topei. E jamais me arrependi. Tivemos momentos difíceis, é verdade. O que era esperado. Escolhemos um tema complicado e, o pior, documentário. A dificuldade, porém, só nos trouxe dádivas. Durante dez meses de 2007, fomos diversas vezes a Campinas, ficamos infindáveis horas em ilha de edição e testamos todos os limites de convivência que uma amizade poderia suportar. Pois ela suportou, quase que no limiar, quase por um fio. E só suportou porque existe uma verdade nesta relação que é estritamente inabalável.
Eu xingo; ele xinga. Ele resmunga; eu reclamo. Ele gosta de rap; eu de MPB e samba - e quase saímos na porrada, várias vezes... Por uma única razão: porque nos conhecemos em cada expressão, em cada tom de voz, em cada ação e reação. Porque, mais que amigos, somos, sobretudo, irmãos. Ele, filho único, diz que eu sou o irmão que os pais dele não puderam lhe dar. Eu, com um irmão mais velho, afirmo que ele é irmão de vida tanto quanto um irmão de sangue. Porque se ele está mentindo, eu sei; se ele está com algum problema entalado na garganta eu também sei; se quero falar algo que uma amizade frágil não permitiria eu falo. E isso é recíproco. É coisa de alma.
Foram quatro anos desde que eu o conheci naquele tal bar "xexelento". E hoje, além de um filme/sonho que tem tudo para dar certo, colecionamos histórias que estão pra sempre registradas. Olhando para trás, lá em novembro de 2004, penso que parece muito mais: que nos conhecemos desde molequinhos, pivetes. Porque isso deve ter ocorrido, numa outra vida, talvez... Ele, é o Gui, que divide problemas, pede conselhos e o primeiro a dar o ombro e dizer "vamos nessa". Eu, o baixinho, o tranqueirinha, que dá trabalho, que puxa a orelha, vira a cara e quer matar às vezes. E depois chama a atenção no MSN, como aquele irmão mais novo que faz merda e não sabe como se desculpar. E ele responde, chamando atenção, "pedro henrique o terrível barack frança".
Ele, Gui; eu, Pedrinho. Nós? Irmãos. Pra sempre parceiro.

escracho bão

Entre 1995 e 1996, a música brasileira foi tomada por cinco rapazes de Guarulhos, que faziam letras escrachadas - 'Comer tatu é bom, que pena que dá dor nas costas'; 'Sabão crá crá, não deixe os cabelos do saco enrolar'; 'Roda roda vira, solta roda vem, enfiaram a mão na teta e ainda não comi ninguém'... Todas cantadas em coro por crianças e adolescentes. Um trágico acidente interrompeu a trajetória meteórica deles, os Mamonas Assassinas. E a música brasileira ficou órfã desse humor...
Pois diretamente de Goiânia, há poucos meses desponta uma banda que lembra e muito esses tempos. Pedra Letícia, a tal banda, já é sucesso na internet e está em temporada, às quintas, em São Paulo, no bar A Lanterna. Vale o confere.

para 2009

Pego, mas não me apego.
O momento é de desapego.
(aprendendo com o sábio nenequê)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

crise? o que é isso?


Na contramão da afamada crise, o showbiz se fortalece. Foi confirmada hoje a turnê de Alanis Morissette, na mesma coletiva em que se anunciou a união do grupo B de Bazinho Ferraz, com a Mondo e a Evenpro. A cantora canadense faz dez shows pelo país - em São Paulo será dia 3 de fevereiro. Fernando Alterio, da Time 4 Fun, que se cuide. Recentemente, o empresário Luiz Oscar Niemeyer, da Planmusic, anunciou Elton John (janeiro) e Radiohead (março). A Mondo, por sua vez, já divulgou os novos shows do Iron Maiden (março) e, agora, da Alanis. Em breve, a nova parceria divulgará mais 3 shows ainda para o primeiro semestre, além de algumas novidades pro segundo. Os cotados? Não posso dizer. Apenas que são bons, eu garanto.

que mal há?


Há cerca de duas semanas, um assunto tomou as rodinhas. E não se trata do caos em Santa Catarina. Mas de um caso entre uma garota de 16 anos e um homem de 30. Ela, a menina que canta folk e estampou diversas capas este ano, passando de anônima a revelação do ano. Ele, um cara que despontou com Los Hermanos e deu início a carreira solo. Caso ainda não saibam... Ela, é Mallu Magalhães; ele, Marcelo Camelo.
A princípio, a diferença de idade poderia até assustar. Quatorze anos é uma diferença significativa, mas não impeditiva. Mas será que em pleno século 21 o tema ainda merece tamanha relevância - manchetes atrás de manchetes, e até uma reportagem no Fantástico para discutir a questão?
Antes de mais nada, idade é uma questão numérica apenas. Todos conhecem ou devem conhecer garotas e rapazes cuja idade passa ao longe da mentalidade/maturidade (para mais ou para menos). Não é difícil encontrar caras de 30 com cabeça de 15, ou caras de 20 com cabeça de 30. O mesmo vale para meninas, que às vezes em plenos 25 anos parece uma de 12. Ou vice-versa.
No caso da Mallu, a aparência frágil deu margem a diversas interpretações. O jeitinho menininha-ingênua deu a percepção de que ela embarcou na sedução de um lobo mau. Já cansei de ouvir de brother: "se fosse minha filha esse cara levava chumbo". Pura besteira e retrocesso. Mallu Magalhães não é uma mulher formada, é verdade. Mas, para mim, ela tem consciência do que está fazendo e o que pode aprender com seu parceiro. É capaz que ela sofra quando a sintonia não bater mais. Mas é capaz que ele também sofra.
O amor não tem respostas prontas. E acho uma baboseira esse tipo de discussão. Cada um toma conta da sua vida, não é mesmo? E se vão se amar ou sofrer cabe somente a eles. Do público, o único interesse deve ser a música e suas respectivas produções. E essa discussão, sim, parece-me muito mais rentável. A parceria já deu frutos. E pode ficar ainda melhor. O resto, o destino há de se encarregar. Nénão?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

sessão piegas-clichê

Se não você, então quem? Se não agora, então quando?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

rio, aí vou eu


e o fim de semana será com biscoito Globo, chopinho no Jobi e balada no Jóquei. E a trabalho. Ai se o trampo fosse sempre assim... Aliar a continuidade de um projeto (sim, vai rolar Gui!) a um cartão postal desses. Isso, sim, não tem preço.

e no fim das contas...

eu fui pra mesa do bar. até que o celular tocou: '"bolinha' vamos pro show? to passando aí". e lá fui eu pro Studio SP ver uma espécie de concerto de Bonnie 'Prince' Billy. Bom show, mezanino open bar e ótimas cias. Precisa de mais? No fim das contas, a gente consegue fazer de tudo um pouco: brindar com o amigo no bar, e, de quebra, resolver o tal 'caflito'. Ê laiá.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

dia de preguiça

Você acorda com dois compromissos: Queen, na Via Funchal; Bonnie 'Prince' Billy, no Studio SP. Mas a vontade é (quase) zero. A preguiça bate - e um certo sentimento de culpa também. Profissionalmente, você teria de ir em um dos dois. Mas depois de um dia que começa com duas horas no Bradesco arrumando problemas (cartão que não chega e débito automático não computado, que, por sua vez, cortou sua linha de celular temporariamente) a vontade de show é quase nula. Você pensa na mesa de bar como uma opção mais confortável. Mas o martelo na tua cabeça persiste: você tem que ir ao show, você tem que ir.
Conflito... (ou caflito, como diria o Mau...)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

sobre dias de fechamento


terça e quarta-feira se configuram como dias atípicos desde janeiro deste ano. dias, respectivamente, de pré e fechamento na redação. dias que começam cedo: às 10h na redação (ou na rua). Em ambos, o tempo passa - chove, faz sol, entardece, almoço, jantar, cafézinho... E quando você vê são mais de 23h, 0h, 1h...
Quarta-feira então é o caos. Você já acorda de mau humor e torcendo para que o dia acabe. Tenso com o que ficou faltando para o fatídico dia, tenso com o que não dá certo, com a foto que não chega, com a fonte que não te atende. Tudo parece conspirar contra você. E se você acorda não vendo a hora do dia acabar, quando dá 18h você pensa - 'catzo, o dia podia ter 36 horas'. Lutando contra o tempo, contra a gastrite que alerta como um reloginho, contra o mau humor que não cessa um segundo. E, de repente, não mais que num estalo de dedos, são 0h, 0h30, 1h, outra vez. E novamente passaram-se quatorze horas...
Uma hora a chibata cessa. Hora de ir embora.... Será? Nada. Tamanho stress clama uma cervejinha - 'bora pro Johnny'. Porque num dia de tanta bodice e pressão, só mesmo uma cervejinha com os colegas de profissão para falar de... jornalismo, é claro. Ê racinha que quando se junta só sabe falar disso. Vai entender... O pior de tudo é que eu gosto - e não sei viver sem. Que Deus abençoe a perdição na mesa do bar. Salve, salve...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

dia de megale

Com um dia de atraso, dedico esse post a uma grande irmã. A mulher que lota mesas no almoço e na mesa do bar. Todos reunidos para parabeniza-la. Para dar um abraço e desejar tudo de bom. Porque ela merece. Porque ela é verdade, é carinho, é amor. Nessa vida não há mentiras - apenas as sinceras, talvez... Amo Renata Megale. Porque ela é ela. E a vida juntou nossos caminhos. Por isso, nessa estrada da vida, estamos lado a lado. Amo - ponto.

"sou classe média demais"

A frase acima foi dita por um cara que aprendeu a falar inglês aos cinco anos de idade, filho de brigadeiro da Aeronáutica e que, em suma, não teve de lutar pela sobrevivência. De um cara que diz que o funk carioca é o rock'n roll 2.8 - ou seja, a última revolução musical. De um cara que não vê mal algum em glamourizar o gênero, tampouco que mauricinhos e patricinhas subam o morro carioca para ir ao baile. O cara que canta "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia" e "assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade". O cara é Lulu Santos. E não sei dizer até onde há sinceridade e arrogância nisso tudo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

entre zeca e tom

o irreverente vencedor

Hoje era para ser dia de Zeca Pagodinho. Sol, propício para uma gelada e samba no pé. Mas a sexta-feira não pede Zeca. Ele é aparentemente simpático, o cara do povão. Mas é uma das pessoas mais sem-graça que eu já entrevistei. E não parecia que seria. "Fala Pedrão!", ele começou. Admirador confesso, logo pensei: 'legal, vamos falar de samba'. Mas a entrevista desandou pergunta após pergunta.
- "No filme 'O Mistério do Samba' você canta com Marisa Monte a canção 'Esta Melodia'. Como as gravações foram no fim do ano passado, o fato de vc inclui-la no repertório foi de certa forma influenciada por aquele clima festivo das filmagens?"
- "Não, tem não"
- "A Marisa já havia gravado essa música em 'Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa, Carvão'. A filmagem mais esse fato contribuiu?"
- "Nem sabia que a Marisa tinha gravado. Um repórter que me falou semana passada".
Ok, penso eu. Ele deve estar num dia não muito bom. São 13h, ele deve estar de ressaca, talvez.
Adiante, falamos de Xerém, os compositores, o samba. Respostas lacônicas, sem o menor tesão em falar do assunto.
Bodiei - e me decepcionei. Por isso, hoje eu vou de Tom Zé. O baiano de Irará, que aos 72 anos fez o criativo 'Estudando a Bossa Nova - Nordeste Plaza' (sim, em homenagem, ou ironia, ao shopping West Plaza). Que em qualquer entrevista fala com gosto e profissionalismo. Que transmite tesão pelo que faz. E isso, meu caro Zeca, é fundamental.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sorriso negro

Um sorriso negro, um abraço negro
Traz....felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade ..
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solução
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)

Dona Ivone Lara/Hermínio Bello de Carvalho

vivendo e aprendendo a jogar

de ontem e hoje

- ser independente é bom. bom demais. cantar sozinho na pista e ser responsável pelos seus próprios atos é uma virtude.
- não confie cegamente em ninguém. vc vai se decepcionar - é fato. ou seja, não deposite expectativas (nunca).
- entenda que, no fundo, as conseqüências são tuas. e vc que deve arcar com elas. e não tente achar um culpado. o réu é vc mesmo.
- não alimente rancores. virar a página e pedir uma gelada é o melhor caminho.
- meio Paulo Coelho? Talvez porque a vida seja mais óbvia do que as filosofias.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Como dois e dois...

É inevitável. Eu não conheço um que não goste ou não saiba um refrão dele. E é por isso que ele é Rei. A ala mais jovem também sabe reconhecer. Basta ir a um show do Del Rey e entender porque as músicas de Roberto Carlos são atemporais. É claro que o China ajuda e muito para esquentar a pista. Por isso, hoje é dia de Del Rey. E ponto.

música e vídeo do dia

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

coisas de ju


Juliana Vettore é uma dessas coisas que você não entende. Às vezes, por culpa dela mesma. Que te embaralha, fala uma coisa em cima da outra, quer fazer tudo de uma vez só. Afinal, por que não ler um livro, comer um milho, tomar água e fumar um cigarro e ainda discorrer sobre a África ("curdos ou turcos?"). Mas a Ju, mais do que isso, te faz desentender e perder o rumo porque é uma dessas meninas apaixonantes. Que te faz rir descontroladamente, ver a vida colorida e crer que tudo se resolve. Ela é a cia. perfeita para um show, um teatro, um cinema ou uma cerveja. Ou para um telefonema de meia hora. Ela tem os pés no chão, mas não precisa de muito para sair voando, sublime, como se tivesse asas. Ju Vettore é serenidade, é sorriso. É pistinha com sacolejo, brindes e... mais risadas. A gente transita pelos mais diversos apelidos gastrônomicos e ela adora se expressar em espanhol ou inglês. Porque a gente curte, juntos, pequenas e boas coisas da vida. E torce, sempre, pela felicidade conjunta. Ou como na foto acima, se curtindo em seu quadrado.

até onde?


Ela tem um jeito de menina. Desde a primeira vez que falei com ela - e até me incomodava entrevistar uma criança (sim, ela é uma criança e tímida).
- Mallu, você não se assusta com essa exposição? "Ah, não".
- O que você está achando disso? "Ah, é legal".
E dava sinais de certa rebeldia.
- Como teus pais lidam com isso? "Ah, eles tentam me colocar os pés no chão. Mas nem sempre concordo com tudo que eles falam".
Os meses passaram. A exposição aumentou. Ela vendou conteúdo pra Vivo, gravou com Marcelo Camelo, ganhou matéria de 10 páginas na Bravo! e foi intitulada "revolucionária" aos 16 anos. Continuava me incomodar esse espaço dedicado a uma menina. Como pode uma menina de 16 anos ser revolucionária? Como pode a imprensa levantar tanto a bola de uma garota que ainda está se desenvolvendo?
Na última sexta, durante o show de Marcelo Camelo, eu entendi. Balançando a perna como uma criança num balanço, Mallu cantou três faixas - 'Janta', 'Morena' e 'Faz'. Nesta última especificamente, me chamou a atenção o jeito meio Janis Joplin, a despretensão, o talento... E saí de lá com o receio: até onde pode ir Mallu Magalhães.
Porque se ela der continuidade a este trabalho a mídia pode dizer que ela estagnou. Se ela mudar demais podem dizer que ela perdeu a mão. Porque a mídia é faminta - para alavancar o novo e para destruir o velho. Mas, como bem disse-me Marcelo Camelo, quem descobriu Mallu não foi a mídia. Descobriram-na através do MySpace. E a imprensa foi atrás quando Mallu já era consagrada e tinha milhares de acesso na rede (hoje são mais de 2 milhões). Portanto, ela já tem o seu público. Resta agora ela saber conduzi-lo. E nem precisa mudar. Está indo muito bem como está.



sobre o fim de semana

Sexta-feira, 0h. Algumas latinhas depois entre o fim do expediente e o show do Marcelo Camelo, o bonde começa a se armar. Parada na casa do Planet, pit stop no Ric, 1 seg. no posto e 'pof'. Dormir. Até chegar à Praia da Baleia para as celebrações infindáveis da 'Nha nha'. Horário? 5h (toda vez tem sido isso - horas a fio na estrada, o que será o reveillon?). Bom, copinho d'água, 'pof' de novo.
Sábado, 10h30. Macacada reunida à mesa do café. Dri (o motivo do auê), Ju, Mazinha, Planets, Pensa, Borelli, Edu, Pati, Henrique... Sol a pino, bora a la playa. Passeio nas pedras com a tia Dri de um lado, a turma do esporte pro outro (como anda essa gente né tia Dri?). Hora de começar. Entre cervejinha e bom papo, a tarde prossegue.
16h - 'Bolinha' vamos comigo receber a Rê, o Caio e o Murillo. Sim, o triozinho optou por ficar em Sampa para uma balada qualquer na sexta-feira... Era quase a hora de começar o churrasco. Antes, mais uma paradinha na praia. E até um baby pediu pra eu segurar um pouquinho (mereço?). Desacatei. O sábado ainda tinha muito pra acontecer. E aconteceu.
Carne a postos, cervejas idem, cachacinhas e caipirinhas...
Às 19h o álcool já surtia efeitos. Hora do banho para dar uma clareada (ou turbinada?). Lá embaixo o som rolando, a galera chegando e a festa ainda iria longe. Sorry vizinhos.
A lisergia começara... Violões, rock no Vet Garage, samba da Dri do Borogodó. Foi de tudo um pouco, ou melhor, um pouco de tudo. Segurar um pouquinho foi impossível. O descontrole (e a risada) estava no limits, né Gui, Caio e cia? Diós, o que foi aquilo...
4h30 o cenário era deserto. Sobrara eu e Murilinho de pé - outros mortos no sofá, outros na cama, outros por aí (até no banheiro...). Cerveja? Não mais. Então vamos de vinho, drinques.. E risadas. Até um pulo na piscina para finalizar uma noite que, bem, quem viu viu. Né Murilinho?
No domingo, mais praia, mais cerveja e... mais moderação. Os resquícios do fim de semana eram evidentes. Agora sim, segura um pouquinho e mini-me-liga. Que o fim de semana foi MAAASSA!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

teatro, samba e saudade

A quinta sem programação acabou tendo três eventos numa tacada só. Sabe? Pois é. Simples assim. De repente, você não tem nada. Dia pós-fechamento, é dia de ficar tranqüilo. Pelo menos, no trabalho. E ao entardecer aquela pulguinha atrás da orelha só não quer é ficar em casa. E aí vc se rende aos convites. "Batata, vai hoje ver a peça?". "Tá bom. Vamos!". E lá vou eu ao Coletivo Fábrica (leia no post abaixo). 22h30, fim da peça, aplausos e... hora de partir para a segunda missão. Ir à inauguração da Casa do Samba, uma nova casa no Itaim. Samba de Rainha, chopinhos e... 0h15. Chega. Hora de matar a saudade. Isso já estava pré-estabelecido à tarde quando ele me mandou o email. Mas era hora da verdade. Bora ver o Maurição no Inferno (uma balada bem agradável na Augusta). Cervejinha em mãos e lá vamos bailar ao som de Visite Nossa Cozinha (cujo o exímio saxofonista, Celão, é um dos integrantes). Na pista, Maurição e a namorada, Pri (salve, salve!); Kikilds (primeira-dama do saxofonista) e Carol, amiga da Kilds. Som bom, pessoas ótimas e cervejinha. Que saudade que eu tava do meu grande amigo, meu parceiro, meu irmão caçula. E como é bom matá-la. É nóis Mau.

a discussão do vazio

A independência frustrada em cena no Coletivo Fábrica


Beatriz é... atriz. E justifica o 'destino' pelo próprio nome: "de "be" (inglês) atriz: ser atriz". Fred Fausto é um artista plástico egocêntrico. E Ghandarva uma cantora de bossa lounge. A primeira se gaba de encenar no palco para um único espectador, que se masturba ao vê-la em palco e sai na metade do espetáculo. O segundo faz bico no hypado Ritz. A terceira se limita a ficar em casa praticando yoga. A tríade mora junto, sob um apartamento cujo aluguel não é pago há três meses. E quem disse que eles se importam? Eles são artistas, alma de artista, cabeça de artista. Gostam de filosofias de artistas e de drinks e 'cigarrinho' de artista. Uma vida aparentemente colorida, cheia de risos e muita inteligência. Mas a realidade não é esta - e eles sabem, só fingem não enxergar. "Nós não temos de preocupar com aluguel. Nós somos artistas", brada o artista plástico. Sua principal obra na carreira? Fezes humanas em chamas. Até que surge a idéia de um manifesto, como se aquilo fosse salvar a vida deles. Ledo engano (e eles sabem!). Precisam apenas de algo para matar o ócio.
Em meio a uma filosofia de independência, Fred, Beatriz e Ghandarva enganam a eles mesmos. Não entendem porque Mallu Magalhães, uma menina de 16 anos, faz sucesso porque canta folk. E tampouco idealizam aparecer na TV ("Jamais! Isso é comercial. E a arte não é comercial"). O discurso é presente em muitos artistas da cena atual. E é justamente o que revela de forma bem-humorada a peça Artistas, de Waldemar Neves, em cartaz no Teatro Coletivo Fábrica. Por que, no fundo, a história de independência nada mais é do que uma máscara para justificar o seu fracasso. Afinal, que artista faz arte para você mesmo? Que artista quer que sua expressão se limite ao seu consciente? Isso não é arte. Arte é alcance, é público. Por que artista é egocêntrico, como jornalistas e tantos outros profissionais. E tudo o que qualquer um quer é ser bem-sucedido. E este patamar para artistas é ter reconhecimento. É ter admiradores. É ter mídia.
E é isso que Beatriz, Fred e Ghandarva também querem. Vá ao Coletivo Fábrica, ria e reflita sobre isso. É o que Marina Wisnik, Luiz Gustavo Jahjah e Bruna Lessa (atores da peça) vão proporcionar a você.

Teatro Coletivo Fábrica. R. da Consolação, 1.623. Quartas e quintas, 21h30. R$ 10 a R$ 20. Até 4/12.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

notícias-fúteis-que-você-lê

Capa do G1 - 13/11/08

Vídeo mostra briga de Dado e Luana Piovani

Um barraco documentado por câmeras que durou quase três minutos (assista ao vídeo exclusivo da briga de Dado e Luana) . Assim foi a briga envolvendo os ex-namorados Luana Piovani e Dado Dolabella, que deixou uma camareira ferida e se transformou em caso de polícia. O conflito foi flagrado por imagens do circuito interno da Boate 00, onde o casal estava. O registro das câmeras é datado da madrugada do dia 23 de outubro.

Está no YouTube: http://br.youtube.com/watch?v=KQzmEtBUJPM

fez-se a alegria...


Me sinto tão só
Mas... O tempo que passa
Em dor maior
Bem maior...
Linda!
No que se apresenta
O triste se ausenta
Fez-se a alegria
Corra e olhe o céu
Que o sol vem trazer
Bom dia!
(Cartola)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

eu canto para quem?


Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?


Adriana Calcanhotto

rock, puro rock


Não sou nem de longe um fã-exemplo de rock, e devo muito a um grande amigo, Caio, uma aproximação ao gênero (e seus representantes) nos últimos tempos. Mas nenhuma delas foi melhor que o show presenciado ontem na Via Funchal. Catártico, explosivo, insano. A apresentação de Michal Stipe e sua trupe do R.E.M. superou todas as minhas expectativas. Afinal, o que aqueles rapazes da década de 80 ainda teriam a dizer, além de Losing My Religion? E tinham - e muito. Do começo ao fim, contando apenas com um telão, sem grandes pirotecnias do mundo pop, o que se pôde ver em duas horas foi uma banda que está à frente do seu tempo e um vocalista que sabe ser performer sem parecer patético. Stipe dança, se contorce e até ensaia passinhos country vestido de seleção brasileira. É simpático, desfila pelo palco e desce para ser afagado pelo fãs. A Via Funchal ontem virou um vulcão - em todos os sentidos (e nem estamos falando do fato de o ar-condicionado estar em standby).
É dele, Stipe, a responsabilidade por fazer a temperatura subir a inestimáveis graus celsius.
É dele, deve-se dizer, um dos melhores shows de 2008 - se não o melhor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

intensidade parte II (e III)

Depois de uma sexta-feira intensa, o sábado e o domingo reservaram novas emoções. E nada por acaso, já tava tudo programado e eu até avisei o meu fígado pra ele segurar a peruca que o finde ia ser longo. E foi.
Sabadão, 15h. Tudo esquematizado com o Murilinho: Boteco Bohemia, ativar. Cerveja vai, cerveja vem e uns petixxxcos para forrar o estômago (rá!). Por ali, mais uns agregados: Déia, Mel, Dinho, Alex... Todos alegres e simpáticos (nível 1 na escala Dinho). Showzinho da Teresa Cristina, bora pro palco. Homenagem a Barack Obama e momento-mama: "Me desculpem a deselegância, mas vou tirar as sandálias porque agora somos duas" (disse gravidissíma, mãos na barriga). E a cerveja continuou rolando e o nível já tava exuberante (escala 2 do Dinho).
20h, hora de me despedir dos parceiros de Boteco e encontrar outra turma no Planeta Terra. De lá até às 3h, cerveja, whisky, energético e músicas mil. Até uma nostalgia adolescente: "pretty fly for a white guy", com Offspring. Área vip, celebridades, reencontros - hora de ir embora. Já no nível impossível (o último da escala Dinho).
Não bastasse a ressaca no domingo, acordei já com novo compromisso. Como lembrou Murilinho: "cara, durmo bêbado e já acordo atrasado para nova manguaça". Era a feijoada da Tia Cleide - uma figura osasquense sem palavaras. Acompanhada de outros amigos do seu naipe. Uma doideira só. Samba, feijuca e... cerveja (sabe?).
19h, toca o celular: "meu, cadê você??????". Era Thata: a aniversariante do dia, ou melhor, do dia 10 que tava comemorando no domingão. Cinco minutos depois, novo toque: "pilds, vem logo". Calma Ju. E ainda tinha uma mini-passada na comemoração de 1 ano do blog do Danilão. Hunf, missão abortada - já era tarde. Bora pra gafieira da Thata. Ótimas cias., colegas de editoria, sonzinho do bão, mais cervejinhas... E a noite só terminou pra mais de 0h.
Status da segunda-feira: um mau humor do cão e a promessa de que a missão da semana será segurar e bem! E ainda tem show do R.E.M. Jesus!

sábado, 8 de novembro de 2008

sessão piegas-clichê


Existem três tipos de pessoas no mundo:
as que fazem as coisas acontecerem,
as que vêem as coisas acontecerem
e as que perguntam o que aconteceu.

Autor não-identificado

intensidade

sexta-feira, chuva, calor. 21h30, redação: hora de desligar e começar.
primeira parada: despedida num bar em higienópolis (salommão). copinho vai, copinho (mais)vem. social vai, social vem. a menina que vai pra brasília, os rapazes que estão à espera da outra noite, numa lisérgica barra funda. a menina que desistiu do jornalismo e foi ser figurinista de teatro, ópera, e, vá lá, publicidade ("pra ganhar dinheiro, né?"). o outro, é o mesmo de sempre - meio aéreo, fica um pouco e se despede pra uma festa de um amigo x, "numa casa, ou melhor, num apê". um rapaz ao centro, toca pra ele mesmo, baixinho, sem muito alarde. djavans, maria rita, lenine... para ninguém, para ele mesmo.
23h30 - hora da nova missão. ir ao lançamento de um videoclipe de um novo grande amigo no Outs. mas era cedo. "a balada só abre 0h", lembra a hostess. o celular toca, e do outro lado da rua minhas meninas de bebedouro. em instantes, a nova febre - segura um pouquinho - se espalha, né Mel? loris e o copinho de vodca sempre em mãos. 0h30, acho que dá pra entrar. "pera, vamos colocar na minha garrafinha" (sim, aquelas de empresário alcoólatra, sabe?). e lá vão elas...
pera, a pri tá chegando. pera, pit stop no carro. de lá, inebriados, agora sim: balada!
antes, oi Fê, oi Lu. um abraço forte (era por eles que eu estava ali, afinal) e bora pra pista. 2h, 2h30, 3h, 3h30. Hora do show... Do videoclipe, do incrível videoclipe, melhor dizendo. Como dança essa tal de Lu Orvat.... Como foi bom estar ali... Loris, Déia, Pri.. Fê e Lu... Bão demais. Integrai-vos mais vezes.
E o fim de semana ainda tem o Boteco Bohemia, Planeta Terra, niver da Thais. Vai ser difícil segurar um pouquinho.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

coisas de batata


A cerveja foi nosso primeiro (des)encontro. Um dia pós-aula na PUC ela me ofereceu um copo e eu (indelicadamente, eu sei) recusei. Dois minutos depois, chega o Paulo Planet e eu aceito. Eu nem lembrava assim dessa história, até que um dia ela desabafou o rancor. Mas ela não demorou a me perdoar. Dali em diante, a coisa escrachou - ê intimidade!. A gente se chama dos mais diversos codinomes - batata, maionese, catupiry, catchup, presunto. Sempre tudo a ver com comida, claro. Porque a gente gosta mesmo é de mergulhar em maionese, principalmente na pós-balada. Também adoramos on the road. Cantar e cantar alto - e o repertório vai longe, passando até pelo sertanejo. A cantar, a desabafar, a celebrar, a chorar... Nós estamos juntos em todos os momentos, mesmo que seja ao telefone ou msn. Porque a gente tem os nossos momentos longe, mas é que é como irmão mesmo. Em todos os sentidos.
Renata Megale é uma linda preciosidade. É intensamente verdadeira e acolhedora. Capaz de levar alguém que ela acabou de conhecer no bar pra dormir na tua casa. E pagar uma conta astronômica do bar só por agradar. E diz: "ai gente, deixa pra lá. a gente tá aqui pra se divertir. tô cagando pra dinheiro". Às vezes me liga chorosa e me deixa preocupado, mas, como irmão severo, ordeno: "pára Renata, já!". Dou broncas e damos risadas. Ah, minha irmã, foram tantas histórias, tantos momentos... Até Rio de Janeiro com todas as nossas causações. Como eu digo, a gente é lá e cá batata. Porque a gente veio, a mando de força maior, ficar assim como a foto acima. Um do lado do outro. Sempre.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

uma santa chamada vitória

Jamais pensei que iria acontecer isso outra vez, tampouco em apenas 3 dias. Mas aconteceu. Eis que meu celular toca e uma voz de uma mulher simples pergunta sobre o Pedro Henrique. A princípio, acho que é algum assessor ou telemarketing. Mas não. "Oi Pedro, você perdeu sua carteira?". Pronto, não acreditei. O alívio foi instantâneo. Não me importava o dinheiro que estava ali dentro, mas sim meus documentos. Mas o que mais me surpreendeu foi a força de vontade dessa mulher em me localizar. Ela não foi simplesmente à Polícia. Primeiro, ela contatou meu plano de saúde - que, segundo ela, não retornou e nem passou meus contatos. Preocupada em me despreocupar, ela foi até uma agência Bradesco e pediu autorização da gerente para que eles passassem meus contatos, que enfim foram dados. Eis que ela me achou e eu a achei. Uma santa chamada Maria Vitória - "pode me chamar só de Vitória mesmo". Sem palavras e que Deus abençoe esta mulher. E que ações como essas se repitam mais na humanidade. São essas coisas simples da vida que transformam teu dia e te fazem repensar conceitos. Nem todos são iguais.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

a vida sem música


A cada música o motorista sacolejava a cabeça e cantava os trechos que sabia. Chegado numa MPB (como eu), começamos a cantar juntos algumas - no melhor estilo 'on the road'. "Você é chegado numa música, hein?", direciono a ele. A resposta: "Música é muito bom, é bom demais". Consenso: a vida não seria nada sem música. Afinal o que seria dos momentos de celebração, dos amores não-correspondidos, da paquera na pista, do afogar de mágoas...? Nada, seria, definitivamente, nada.

e ele conseguiu...


O que o mundo inteiro torcia e, por instantes, acreditava que não iria acontecer se tornou realidade na madrugada de terça para quarta. Soube assim, do nada, crente que a parada ia sair só daqui uma semana (lembram da enrolação Al Gore e Bush?). Pois estava de papo com o Murilinho, e eis que surgiu o debate política. "Vamos ligar na Globo News?", sugeriu o jornalista nato. Eu, aceitei. E lá estava: "McCain reconhece derrota". E em Chicago uma multidão esperançosa, que enfrentou filas e filas para consagrar o vencedor, Barack Obama. É fato, como já disse anteriormente, que não podemos nos iludir e achar que ele vai fazer uma revolução, como acreditamos no 'sindicalista-operário-atual presidente da República'. Mas a verdade é que a vitória de Obama vem com sabor de esperança. E isso já vale. Só espero, como levantou Dona Ana (mãe de Mazinha), que ele não seja vítima de atentado à la Kennedy. PAZ!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

uma esperança...


E, após tantos meses de primárias e embates, começou a eleição americana. E, desde o início, um cara sobressaiu na disputa. Um homem negro no comando do país mais poderoso do mundo? Pois foi a possibilidade que Barack Obama levantou e que o mundo acompanha atentamente, por looongos meses, a concretização ou não dela. Me lembra um pouco a história do "operário-sindicalista-atual presidente da República". É uma chama de esperança que se acende, mas que sabemos que não necessariamente implica em mudanças lá na frente. Mas implica: em mudança de posição, de menos conservadorismo, sinaliza uma mente mais aberta da população. É por uma posição um pouco mais humanitária de Barack Obama que uma boa parcela do mundo torce voto-a-voto por ele. É por ele gostar de Bob Dylan, ter uma carinha simpática que transmite verdade e por ter um coração menos infectado de ideologias medíocres que eu - e tantos outros - simpatizam com ele. Go Obama!

um raio, duas vezes... o rock'n' roll


Empolgado com as novas direções de um projeto que ganhou sobrevida, vc sai do Metrô e caminha até o destino, a ilha de edição. Ao chegar nele, olha a mochila, olha pro seu 'sócio' que tb acabou de chegar, um bolso aberto e a certeza de que tudo o que havia nele foi caindo pelo caminho. Mas vc sabe bem em que momento eles caíram ("naquela hora que eu tropecei"). Volta ao lugar, acha o cigarro, o porta-cartões, o dinheiro... menos a carteira. Bate o desespero: não acredito, de novo?
Faz quatro meses que vc 'esqueceu' sua carteira em cima de uma muretinha, lá pelas tantas da madrugada em Paraty, na Flip. E, descrente, um mês depois, ela surgiu numa casa da zona leste em São Paulo (não me perguntem, até hoje não sei como ela viajou tanto) com todos os seus documentos e, inclusive, os do cara que tomou sua carteira e circulou com ela por Paraty. Vc resmunga, teu amigo te olha com aquele ar de 'não-sei-o-que-fazer' e solta: "vale um post no blog essa história". Vc pára, pensa e, inacreditavelmente, concorda para vc mesmo.
Vc chega de novo ao destino, faz o BO pela delegacia eletrônica, liga pra mãe pegar o telefone do Bradesco e cancelar os cartões.
Passada a burocracia, não entra na mesma bad trip de quatro meses atrás: acredita para si mesmo que o que tinha de ser será. E, no clima de reveillón, pensa que será mais atento daqui pra frente. E, principalmente, que não andará mais com o RG original... (ah, as promessas de fim de ano...).
Resolve engrenar o papo com os amigos-sócios, fala dos problemas do projeto, dos ânimos e das novidades. Toma uma, duas cervejinhas, fuma um cigarrinho e segue adiante. Teu 'sócio-mor' te olha, lá pela 0h, e diz: "Vegas?". Vc não acredita naquilo, quer, na verdade, ir pra casa. Mas seu amigo insiste, diz que precisa dormir em casa para enganar os pais que foi na aula de inglês. Meio inerte por aqueles acontecimentos, vc topa. Ou aceita topar quando se vê na frente da balada.
Lá dentro, pessoas bem esquisitas. Homens de regata, manos, mulheres de salto alto e chapinha. Um rock barulhento, mas legalzinho até. Passa 1h, 2h, até que vc pensa: "bom, segunda-feira. acho q tá bom por hoje. hora de segurar um pouquinho!". Sai com teu brother, passa no Burdog antes e chega ao ponto de origem de um dia estranho. Nada melhor que a tua casa. Ao deitar na cama, apenas um pensamento, olha pro brother e 'desabafa': "o pior de tudo é ter que ir no Poupatempo". Pensando bem, podia ser pior. Sempre pode. Mas ainda assim vc pensa que o azar é visita freqüente. Mas a bad passa... E a gente segue. Sempre. Mesmo na bodice!

domingo, 2 de novembro de 2008

expressões de um fim de semana (sem sap)

"segura um pouquinho"; "mentaliza"; "maaaassa"; "too much (ou 'timó teo')"; "sabe?"; "precisa?"; "pô mermão, num fode"; "luseleme"; "e aí saquarema?"; "nha-nha-nha-nha"; "rash"; "esta é de nozes, mas esta é DÃ MAÇÃ"; "popilds"; "terrível"; "pega mais uma cerveja"?; "ó o sol, uhu, astro-rei"; "posto 9, palmas pro sol"; "paredão"; "segura mais um pouquinho"; "câmbio pil"; "hoje é dia de MAAAASSA"...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

coisas de painho


Em clima Bahia e por lembrar que foi ele o companheiro do show de Gil, no ano passado, dedico este post a ele. E também por estar com saudades, ainda que nos falemos por msn.
Murilinho é mais que amigo. Ele é aquele que, depois de uns copinhos a mais, chega do lado e dá um abraço daqueles de camarada e solta: "é nóis shortinho".
É aquele que lê os meus textos e diz sem parcimônia o que está faltando e o que está errado. Que te ouve, acompanha e te surpreende com "pô, shortinho, esse texto tá bom hein? sucinto, charmoso e com estilo".
É aquele que é um dos primeiros a me chamar no msn. Como? "E aí shooooort". É o cara mais difícil de discutir - tem uma retórica impressionante e te desconstrói por mais que você insista em acreditar no que você diz, na tua versão. "Ai, Murillo, tá bom...". E ele insiste para poder dizer que você não tem argumento.
É pentelho. Dá um beliscão forte, e depois abraça rindo (com uma gargalhada escandalosa).
Ele é o primeiro a querer te ouvir quando você tem um problema, e não tem receio em te dar bronca se considerar que vc está errado. Mas sabe passar a mão na cabeça e dizer: "vai dar tudo certo".
Por essas e outras, ele é mais que amigo, mais que um colega de profissão. É meu "painho" de coração.

agora, com voz e sem stress


No ano passado, fui com meu grande amigo Murilinho ao show de Gil. E não é que o baiano estava rouco? "Foram quase seis anos de discursos, de muita falação", me disse ele, esses dias. Pois bem, após passar por cirurgia nas cordas vocais e abandonar essa coisa de Ministério e gravata, Gil me garantiu que está bem melhor. "Mas continuo o mesmo. É difícil dizer se sou o mesmo Gil da infância, da adolescência, do jovem... Sei que sou o mesmo". É um queridão e tem todo meu apoio. Essa coisa de política não é Gil. Gil é música, é o relax baiano, é alegria... Hoje é dia de Gil -e tenho dito.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

promessas


O post de hoje vai para uma bela cantora que confirmou minhas expectativas esta semana. Na segunda, com Regis Damasceno, Nina Becker foi a atração musical do Prêmio Bravo! e fez, talvez, uma das melhores apresentações de homenagem aos 50 anos da bossa nova (alguém ainda aguenta falar disso e de Mallu Magalhães?). Bom, adiante... Nina fez versões arrojadas, surpreendentes.... Na quarta, pá: mais uma. Mesmo rouca, resfriada, ela foi lá e deu conta do recado: com a banda Do Amor cantou todo o repertório de Build Up, o disco solo de Rita Lee, de 1970. Em entrevista, antes do show, Nina me disse: "Eu e os meninos sempre comentávamos que a gente nunca tinha visto um disco que era tão bom do começo ao fim...". Estava certissíma: é, sem dúvida, o disco mais criativo de Rita - e que ganhou bela roupagem e sensualidade na voz dessa carioca. Fiquem de olho: esta menina da Orquestra Imperial se lança em carreira solo no começo de 2009. E deve confimar tudo o que disse.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

coisas de thata



Ela é ciumenta, mas é um ciúme daqueles bons, divertidos, sem afetação.

Ela é sensível, mas um sensível pra cima, com poucas lágrimas e muito coração.

Ela é inteligente, mas daquelas que divide, que não tem arrogância, que é legal.

Ela é uma piada, mas sem ser nerd, sem forçar. É só olhar e pronto: risos.

Ela é a Thata, a burugudis. A menina que faz minha vida no Limão não ter um sequer de amargo. Por isso que é pra sempre - parceira eterna.

o sonho continua...




Porque se chamavam homens

Também se chamavam sonhos

E sonhos não envelhecem...

Um ano depois, os ecos continuam. E nosso sonho ganha sobrevida. Este post é dedicado ao Gui, ao Maike, ao Fê e a Lu (O CASAL!), ao Fábio Góes, ao Du... Acredito mais do que nunca nessa união...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

a sorrir...


O calor é bom, mas o friozinho da manhã de hoje foi uma surpresa agradável. É que o nublado remete a uma certa melancolia, uma reflexão sobre o nada. E melancolia também é bom - por pouco tempo, claro. Ipod em mãos, ritmos profundos e contemplar! Depois o sol volta...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E agora, José?


Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará. Não vou duvidar ô nega... E se Deus não dá?

Balanço TIM


Foram seis dias, 21 atrações (e eu, claro, não vi todas). E o TIM Festival termina com saldo mais negativo que positivo. Um dos principais eventos de música do País, trouxe, sim, boas atrações. Começou muito bem com o simpático velhinho, Sonny Rollins, no Auditório. Quarta e quinta, porém, foram os grandes micos. A megalomania do 'hip-hop' Kanye West não emociona, nem de longe. É chato, é egocêntrico e não impressiona - nem com tantos efeitos. Na quinta, fica difícil eleger o que foi pior: duas baixas na mesma noite em palcos diferentes. No Auditório era para ser a noite de Paul Weller, acabou sendo do melancólico Marcelo Camelo. Na Arena, era para ser a irreverente The Gossip, acabou sendo do mezza-mezza Klaxons. Mas sexta e sábado salvaram o festival. Na sexta, este cigano acima levantou o público, com seu estilo Manu Chao. Irreverente, performático, um agitador. Sem falar no DJ Yoda, que encerrou a noite da Arena com sets memoráveis. No sábado, deu para ver um pouquinho da baiana Rosa Passos - uma fofa, talentosissíma, buena onda. De lá, correndo para a Arena duas boas apresentações: com destaque para o The National (uma espécie de Joy Division). O encerramento foi do MGMT: animadinho e só. No geral, o Tim Festival ficou na média, mas vale elogiar a organização que superou os grandes problemas da edição anterior. Porém, sem grandes nomes, merece nota 5 - e olhe lá. Que saudades do Free Jazz...

Luto e a esperança perdida


Um dia após novas eleições municipais, encontro-me em luto por SP (cidade que nasci e moro) e Rio de Janeiro (onde gostaria de morar um dia...). Novamente, prevalece o conservadorismo. E, atônitos, temos de engolir por longos quatro anos. Mas este post, acima de qualquer coisa, é uma homenagem ao homem da foto: Toninho do PT (prefeito de Campinas, assassinado em 2001). É de gente como esse cara que o País precisava. Mas ele não teve tempo: o sonho acabou no dia 10 de setembro daquele ano - e nunca mais voltou.

sábado, 25 de outubro de 2008

Ao longe...


Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Personas Fakes





O post de hoje (com atraso, eu sei) é um tributo às últimas três personalidades fakes do momento. De cima para baixo, elas estão elencadas do pior ao menor nível. Let's nessa.
Começo pelo mais agravante. O topo fake do ano:
Gilberto (quem?) Kassab-> Ele chegou de mansinho, e foi beneficiado pela estratégia estúpida do marketing do Picolé de Chuchu. Ao mirar Kassab como alvo dos ataques, Alckmin colocou o demo como o adversário mais forte para derrotar o candidato do PT. Oito meses depois, ele subiu de ralos 8% ao favorito das eleições, com mais de 50%. É inacreditável, porém, ver a sucessão de mentiras da sua campanha eleitoral.
25 CEUS: Mentira! Dos 25 prometidos, o fantoche do Serra entregou 13. E que não poderiam jamais ser chamados de CEUS. Pelo simples fato de que eles não são CEUS. Eles são uma escola normal, com teatro e auditório precários, mas roubando o nome original do projeto da Marta. Os CEUS de Kassab nada mais são que a visão da elite, que em 2004 atacava: "E para que construir clubes para pobres?". Essa visão distorcida, não tem neurônio para entender que trata-se de uma revolução social de extrema importância para as comunidades pobres, que agrega lazer e cultura, não só par alunos, mas para a comunidade como um todo. Assim, Kassab faz uma coisa qualquer, só que para agradar a periferia intitula de CEU. A maior fraude que eu já vi nos últimos tempos.
AMAS: Nada mais são que postos de saúde calamitosos. Muito diferente daquela paz que ele veicula nas inserções publicitárias. Palavras de um outro taxista, na tarde de ontem: Fui até o AMA pois precisava de uma consulta com urologista (não me perguntem pra que, ok?), e o que me disseram: "Sr. só temos data para daqui seis meses". Ué, mas na propaganda parece o paraíso, não? Mais uma mentira de Kassab.
Corredor de ônibus: O projeto mais importante para o transporte público nos últimos 20 anos não teve um aumento sequer. Kassab não construiu 1km a mais de corredor de ônibus. E diz que vai resolver o problema do trânsito. Como? Com pedágio urbano? Ou fazendo doações para o seu amigo Serra, dizendo que está ampliando o Metrô (que é de responsabilidade do Estado, e não da Prefeitura!). Mais uma mentira e enganação do Demo.
Kanye West-> O segundo colocado é uma enxurrada de egotrip. Anunciado como uma megalomania pop, o que se viu na quarta-feira, no Tim Festival, foi uma sucessão de egocentrismos. A começar, o cara fica o tempo todo no palco sozinho. Isso mesmo: a banda fica embaixo do palco, para que o bonitão brilhe sozinho (uó!). Depois, todo o aparato cênico e audiovisual não emociona - o que era, na verdade, o principal do show e que poderia fazer valer a pena os R$ 250 que os dasluzetes pagaram. Mas não: fogos, dinossauro, nave espacial, td fraquinho, fraquinho. A não ser o som, que de tão alto fazia tremer o corpo, as estruturas e o próprio telão. Decepcionante. Pior ver a turminha da elite pagar de negrão no meio da pista (uó ao cubo!).
Marcelo Camelo-> O nosso terceiro colocado chegou a ser denominado o Chico Buarque do século 21. Pára. É verdade que o Los Hermanos tem importância no cenário pop rock e que suas letras e melodias são de bom nível. Mas ao se separar de Rodrigo Amarante e os demais integrantes, Marcelo Camelo parece ter se perdido. Se afunda numa melancolia chata, com exceção de uma ou outra bacana, e força uma voz que não existe. Na verdade, o que se revela é que o Los Hermanos tinha equilíbrio: as boas letras de Camelo, com a boa roupagem de Amarante (também bom letrista). Se a banda de apoio (Hurtmold) é fantástica, o vocalista (o Camelo) deixa a desejar. Tem de melhorar muito ainda, e ser menos egocêntrico.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hey, hou...


Ontem, o monstro do jazz deixou boquiaberto um público de umas cerca de 700 pessoas (não estava lotado, como anunciou a organização - para variar, os 'vips' não compareceram e deixaram cadeiras vazias). Impressionante, o vigor (aos 77 anos!) e a simpatia do velhinho Sonny Rollins. Como assopra aquele saxofone, de fazer inveja a muitos (pulmões) jovens. E como exalou simpatia nos números finais, quase dançando reggae. Demais!
Mas hoje é dia de mãozinhas pro alto. E se o que foi anunciado se confirmar, o 'rapper' Kanye West deve deixar as cerca de 4 mil pessoas da arena estáticas no palco. Tem fogo, dinossauro que entra no palco, uma equipe monstra, mil dançarinas, um auê que só. É show biz puro, daquelas megalomanias pop. De resto, mãozinha pra cima, pra esquerda, pra direita, pra esquerda, pra direita... E por aí vai. Hey, hou!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ideologia, pelo social, não por partido

(O que fez o Kassab?)


Não sou petista, em primeiro lugar. Quando criança, influenciado pelo meu pai, abanava bandeiras do Tripoli (ex-PSDB, atual PV) e acompanhava meus pais nas votações (da cédula a então urna eletrônica) para teclar: 45.


Mas o tempo passou. E quando chegou 2001 eu tirei meu título de eleitor, já convicto do meu próximo voto, em 2002. Era naquele, o da esperança, o do homem sindicalista, de passado de lutas, o nosso 'companheiro', o Lula. E novos anos se passaram, alguns escândalos surgiram. E, evidentemente, que o Lula já não significa a mesma pessoa que era então na minha ideologia de 2002.


Quando veio 2004, indepedente de partidos, eu me rebelei. Tinha certeza que Marta Suplicy deveria ser reeleita. E continuo achando. Pelo simples fato de que desde que me entendo por gente nunca havia visto de perto uma revolução social como ela fez. E são inúmeras, e que não atingem apenas a classe baixa, como bradam alguns elitistas. Em primeir lugar, Marta enfrentou uma máfia das mais perigosas, que foi a dos Transportes. Implantou o Bilhete Único, quando a oposição dava risadas - "isso nunca vai dar certo". Bom, ele está aí, até hoje. Com a única diferença de que agora você não carrega mais na catraca - 1º retrocesso de Kassab, vulgo fantoche de Serra.


E ainda tem os CEUs... Lembro exatamente de um almoço na casa de uma amiga, em meio às discussões sobre o segundo turno do pleito municipal na cidade. "Porque a Marta isso, o Serra aquilo". Até que a empregada disparou: "No meu bairro, todo mundo vota na Marta. Se vocês soubessem o que o CEU transformou minha região, vocês também votariam nela. Ou não, porque ele não é para ricos, né?". Aquilo foi um soco no estômago para alguns, a (re)convicção para outros. Quatro anos depois do seu primeiro mandato, vem o Kassab falar que construiu não sei mais quantos CEUs. Na minha cabeça, isso sempre foi mentira. E, conversando com um taxista que mora na zona leste, tive a certeza: "Os CEUs que ele diz ter feito não são nem de longe iguais aos da Marta. Ele é bem menorzinho, bem mal-feitinho...". - 2º retrocesso de Kassab.


Estas são as duas principais ações de Marta. E agora vamos ao Kassab.

- Cidade Limpa. Ok, é importante, a cidade está mais bonita. Mas que conseqüência social isso tem?

- Alargamento da Av. Paulista. Ok, está mais bonita. Mas que conseqüência social isso tem?

- E me pergunto: que ação social fez Gilberto Kassab? AMAs? Aquele posto que supostamente é fácil de marcar consultas, o paraíso da saúde? Aff...


É pela minha contínua convicção de que nenhuma transformação na cidade é válida se não for ali embaixo, aos que realmente precisam, que me indigna ver como essa cidade que eu nasci e moro votará em peso no Kassab.


E quando vou discutir com pessoas da mesma classe contrária a sua candidatura tenho de ouvir: "Não gosto da Marta"; "Ah, ela é uma vaca!"... Discussões infundadas; argumentos vazios.... Triste.


Ok, vão dizer alguns: "tava demorando para ele fazer uso político do blog". Bom, mas aproveitando a piadinha de algum amigo (que eu sei bem quem é) que assinou um post como 'Gilberto Kassab' eu manifesto aqui o meu voto. E eu sei que muitos já sabem.. Sim, ele é 13, é da Marta Suplicy. Porque eu ainda voto pensando lá embaixo e não no asfalto da minha esquina.