terça-feira, 4 de novembro de 2008

um raio, duas vezes... o rock'n' roll


Empolgado com as novas direções de um projeto que ganhou sobrevida, vc sai do Metrô e caminha até o destino, a ilha de edição. Ao chegar nele, olha a mochila, olha pro seu 'sócio' que tb acabou de chegar, um bolso aberto e a certeza de que tudo o que havia nele foi caindo pelo caminho. Mas vc sabe bem em que momento eles caíram ("naquela hora que eu tropecei"). Volta ao lugar, acha o cigarro, o porta-cartões, o dinheiro... menos a carteira. Bate o desespero: não acredito, de novo?
Faz quatro meses que vc 'esqueceu' sua carteira em cima de uma muretinha, lá pelas tantas da madrugada em Paraty, na Flip. E, descrente, um mês depois, ela surgiu numa casa da zona leste em São Paulo (não me perguntem, até hoje não sei como ela viajou tanto) com todos os seus documentos e, inclusive, os do cara que tomou sua carteira e circulou com ela por Paraty. Vc resmunga, teu amigo te olha com aquele ar de 'não-sei-o-que-fazer' e solta: "vale um post no blog essa história". Vc pára, pensa e, inacreditavelmente, concorda para vc mesmo.
Vc chega de novo ao destino, faz o BO pela delegacia eletrônica, liga pra mãe pegar o telefone do Bradesco e cancelar os cartões.
Passada a burocracia, não entra na mesma bad trip de quatro meses atrás: acredita para si mesmo que o que tinha de ser será. E, no clima de reveillón, pensa que será mais atento daqui pra frente. E, principalmente, que não andará mais com o RG original... (ah, as promessas de fim de ano...).
Resolve engrenar o papo com os amigos-sócios, fala dos problemas do projeto, dos ânimos e das novidades. Toma uma, duas cervejinhas, fuma um cigarrinho e segue adiante. Teu 'sócio-mor' te olha, lá pela 0h, e diz: "Vegas?". Vc não acredita naquilo, quer, na verdade, ir pra casa. Mas seu amigo insiste, diz que precisa dormir em casa para enganar os pais que foi na aula de inglês. Meio inerte por aqueles acontecimentos, vc topa. Ou aceita topar quando se vê na frente da balada.
Lá dentro, pessoas bem esquisitas. Homens de regata, manos, mulheres de salto alto e chapinha. Um rock barulhento, mas legalzinho até. Passa 1h, 2h, até que vc pensa: "bom, segunda-feira. acho q tá bom por hoje. hora de segurar um pouquinho!". Sai com teu brother, passa no Burdog antes e chega ao ponto de origem de um dia estranho. Nada melhor que a tua casa. Ao deitar na cama, apenas um pensamento, olha pro brother e 'desabafa': "o pior de tudo é ter que ir no Poupatempo". Pensando bem, podia ser pior. Sempre pode. Mas ainda assim vc pensa que o azar é visita freqüente. Mas a bad passa... E a gente segue. Sempre. Mesmo na bodice!

Nenhum comentário: