sexta-feira, 31 de outubro de 2008

coisas de painho


Em clima Bahia e por lembrar que foi ele o companheiro do show de Gil, no ano passado, dedico este post a ele. E também por estar com saudades, ainda que nos falemos por msn.
Murilinho é mais que amigo. Ele é aquele que, depois de uns copinhos a mais, chega do lado e dá um abraço daqueles de camarada e solta: "é nóis shortinho".
É aquele que lê os meus textos e diz sem parcimônia o que está faltando e o que está errado. Que te ouve, acompanha e te surpreende com "pô, shortinho, esse texto tá bom hein? sucinto, charmoso e com estilo".
É aquele que é um dos primeiros a me chamar no msn. Como? "E aí shooooort". É o cara mais difícil de discutir - tem uma retórica impressionante e te desconstrói por mais que você insista em acreditar no que você diz, na tua versão. "Ai, Murillo, tá bom...". E ele insiste para poder dizer que você não tem argumento.
É pentelho. Dá um beliscão forte, e depois abraça rindo (com uma gargalhada escandalosa).
Ele é o primeiro a querer te ouvir quando você tem um problema, e não tem receio em te dar bronca se considerar que vc está errado. Mas sabe passar a mão na cabeça e dizer: "vai dar tudo certo".
Por essas e outras, ele é mais que amigo, mais que um colega de profissão. É meu "painho" de coração.

agora, com voz e sem stress


No ano passado, fui com meu grande amigo Murilinho ao show de Gil. E não é que o baiano estava rouco? "Foram quase seis anos de discursos, de muita falação", me disse ele, esses dias. Pois bem, após passar por cirurgia nas cordas vocais e abandonar essa coisa de Ministério e gravata, Gil me garantiu que está bem melhor. "Mas continuo o mesmo. É difícil dizer se sou o mesmo Gil da infância, da adolescência, do jovem... Sei que sou o mesmo". É um queridão e tem todo meu apoio. Essa coisa de política não é Gil. Gil é música, é o relax baiano, é alegria... Hoje é dia de Gil -e tenho dito.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

promessas


O post de hoje vai para uma bela cantora que confirmou minhas expectativas esta semana. Na segunda, com Regis Damasceno, Nina Becker foi a atração musical do Prêmio Bravo! e fez, talvez, uma das melhores apresentações de homenagem aos 50 anos da bossa nova (alguém ainda aguenta falar disso e de Mallu Magalhães?). Bom, adiante... Nina fez versões arrojadas, surpreendentes.... Na quarta, pá: mais uma. Mesmo rouca, resfriada, ela foi lá e deu conta do recado: com a banda Do Amor cantou todo o repertório de Build Up, o disco solo de Rita Lee, de 1970. Em entrevista, antes do show, Nina me disse: "Eu e os meninos sempre comentávamos que a gente nunca tinha visto um disco que era tão bom do começo ao fim...". Estava certissíma: é, sem dúvida, o disco mais criativo de Rita - e que ganhou bela roupagem e sensualidade na voz dessa carioca. Fiquem de olho: esta menina da Orquestra Imperial se lança em carreira solo no começo de 2009. E deve confimar tudo o que disse.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

coisas de thata



Ela é ciumenta, mas é um ciúme daqueles bons, divertidos, sem afetação.

Ela é sensível, mas um sensível pra cima, com poucas lágrimas e muito coração.

Ela é inteligente, mas daquelas que divide, que não tem arrogância, que é legal.

Ela é uma piada, mas sem ser nerd, sem forçar. É só olhar e pronto: risos.

Ela é a Thata, a burugudis. A menina que faz minha vida no Limão não ter um sequer de amargo. Por isso que é pra sempre - parceira eterna.

o sonho continua...




Porque se chamavam homens

Também se chamavam sonhos

E sonhos não envelhecem...

Um ano depois, os ecos continuam. E nosso sonho ganha sobrevida. Este post é dedicado ao Gui, ao Maike, ao Fê e a Lu (O CASAL!), ao Fábio Góes, ao Du... Acredito mais do que nunca nessa união...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

a sorrir...


O calor é bom, mas o friozinho da manhã de hoje foi uma surpresa agradável. É que o nublado remete a uma certa melancolia, uma reflexão sobre o nada. E melancolia também é bom - por pouco tempo, claro. Ipod em mãos, ritmos profundos e contemplar! Depois o sol volta...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E agora, José?


Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará. Não vou duvidar ô nega... E se Deus não dá?

Balanço TIM


Foram seis dias, 21 atrações (e eu, claro, não vi todas). E o TIM Festival termina com saldo mais negativo que positivo. Um dos principais eventos de música do País, trouxe, sim, boas atrações. Começou muito bem com o simpático velhinho, Sonny Rollins, no Auditório. Quarta e quinta, porém, foram os grandes micos. A megalomania do 'hip-hop' Kanye West não emociona, nem de longe. É chato, é egocêntrico e não impressiona - nem com tantos efeitos. Na quinta, fica difícil eleger o que foi pior: duas baixas na mesma noite em palcos diferentes. No Auditório era para ser a noite de Paul Weller, acabou sendo do melancólico Marcelo Camelo. Na Arena, era para ser a irreverente The Gossip, acabou sendo do mezza-mezza Klaxons. Mas sexta e sábado salvaram o festival. Na sexta, este cigano acima levantou o público, com seu estilo Manu Chao. Irreverente, performático, um agitador. Sem falar no DJ Yoda, que encerrou a noite da Arena com sets memoráveis. No sábado, deu para ver um pouquinho da baiana Rosa Passos - uma fofa, talentosissíma, buena onda. De lá, correndo para a Arena duas boas apresentações: com destaque para o The National (uma espécie de Joy Division). O encerramento foi do MGMT: animadinho e só. No geral, o Tim Festival ficou na média, mas vale elogiar a organização que superou os grandes problemas da edição anterior. Porém, sem grandes nomes, merece nota 5 - e olhe lá. Que saudades do Free Jazz...

Luto e a esperança perdida


Um dia após novas eleições municipais, encontro-me em luto por SP (cidade que nasci e moro) e Rio de Janeiro (onde gostaria de morar um dia...). Novamente, prevalece o conservadorismo. E, atônitos, temos de engolir por longos quatro anos. Mas este post, acima de qualquer coisa, é uma homenagem ao homem da foto: Toninho do PT (prefeito de Campinas, assassinado em 2001). É de gente como esse cara que o País precisava. Mas ele não teve tempo: o sonho acabou no dia 10 de setembro daquele ano - e nunca mais voltou.

sábado, 25 de outubro de 2008

Ao longe...


Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Personas Fakes





O post de hoje (com atraso, eu sei) é um tributo às últimas três personalidades fakes do momento. De cima para baixo, elas estão elencadas do pior ao menor nível. Let's nessa.
Começo pelo mais agravante. O topo fake do ano:
Gilberto (quem?) Kassab-> Ele chegou de mansinho, e foi beneficiado pela estratégia estúpida do marketing do Picolé de Chuchu. Ao mirar Kassab como alvo dos ataques, Alckmin colocou o demo como o adversário mais forte para derrotar o candidato do PT. Oito meses depois, ele subiu de ralos 8% ao favorito das eleições, com mais de 50%. É inacreditável, porém, ver a sucessão de mentiras da sua campanha eleitoral.
25 CEUS: Mentira! Dos 25 prometidos, o fantoche do Serra entregou 13. E que não poderiam jamais ser chamados de CEUS. Pelo simples fato de que eles não são CEUS. Eles são uma escola normal, com teatro e auditório precários, mas roubando o nome original do projeto da Marta. Os CEUS de Kassab nada mais são que a visão da elite, que em 2004 atacava: "E para que construir clubes para pobres?". Essa visão distorcida, não tem neurônio para entender que trata-se de uma revolução social de extrema importância para as comunidades pobres, que agrega lazer e cultura, não só par alunos, mas para a comunidade como um todo. Assim, Kassab faz uma coisa qualquer, só que para agradar a periferia intitula de CEU. A maior fraude que eu já vi nos últimos tempos.
AMAS: Nada mais são que postos de saúde calamitosos. Muito diferente daquela paz que ele veicula nas inserções publicitárias. Palavras de um outro taxista, na tarde de ontem: Fui até o AMA pois precisava de uma consulta com urologista (não me perguntem pra que, ok?), e o que me disseram: "Sr. só temos data para daqui seis meses". Ué, mas na propaganda parece o paraíso, não? Mais uma mentira de Kassab.
Corredor de ônibus: O projeto mais importante para o transporte público nos últimos 20 anos não teve um aumento sequer. Kassab não construiu 1km a mais de corredor de ônibus. E diz que vai resolver o problema do trânsito. Como? Com pedágio urbano? Ou fazendo doações para o seu amigo Serra, dizendo que está ampliando o Metrô (que é de responsabilidade do Estado, e não da Prefeitura!). Mais uma mentira e enganação do Demo.
Kanye West-> O segundo colocado é uma enxurrada de egotrip. Anunciado como uma megalomania pop, o que se viu na quarta-feira, no Tim Festival, foi uma sucessão de egocentrismos. A começar, o cara fica o tempo todo no palco sozinho. Isso mesmo: a banda fica embaixo do palco, para que o bonitão brilhe sozinho (uó!). Depois, todo o aparato cênico e audiovisual não emociona - o que era, na verdade, o principal do show e que poderia fazer valer a pena os R$ 250 que os dasluzetes pagaram. Mas não: fogos, dinossauro, nave espacial, td fraquinho, fraquinho. A não ser o som, que de tão alto fazia tremer o corpo, as estruturas e o próprio telão. Decepcionante. Pior ver a turminha da elite pagar de negrão no meio da pista (uó ao cubo!).
Marcelo Camelo-> O nosso terceiro colocado chegou a ser denominado o Chico Buarque do século 21. Pára. É verdade que o Los Hermanos tem importância no cenário pop rock e que suas letras e melodias são de bom nível. Mas ao se separar de Rodrigo Amarante e os demais integrantes, Marcelo Camelo parece ter se perdido. Se afunda numa melancolia chata, com exceção de uma ou outra bacana, e força uma voz que não existe. Na verdade, o que se revela é que o Los Hermanos tinha equilíbrio: as boas letras de Camelo, com a boa roupagem de Amarante (também bom letrista). Se a banda de apoio (Hurtmold) é fantástica, o vocalista (o Camelo) deixa a desejar. Tem de melhorar muito ainda, e ser menos egocêntrico.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hey, hou...


Ontem, o monstro do jazz deixou boquiaberto um público de umas cerca de 700 pessoas (não estava lotado, como anunciou a organização - para variar, os 'vips' não compareceram e deixaram cadeiras vazias). Impressionante, o vigor (aos 77 anos!) e a simpatia do velhinho Sonny Rollins. Como assopra aquele saxofone, de fazer inveja a muitos (pulmões) jovens. E como exalou simpatia nos números finais, quase dançando reggae. Demais!
Mas hoje é dia de mãozinhas pro alto. E se o que foi anunciado se confirmar, o 'rapper' Kanye West deve deixar as cerca de 4 mil pessoas da arena estáticas no palco. Tem fogo, dinossauro que entra no palco, uma equipe monstra, mil dançarinas, um auê que só. É show biz puro, daquelas megalomanias pop. De resto, mãozinha pra cima, pra esquerda, pra direita, pra esquerda, pra direita... E por aí vai. Hey, hou!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ideologia, pelo social, não por partido

(O que fez o Kassab?)


Não sou petista, em primeiro lugar. Quando criança, influenciado pelo meu pai, abanava bandeiras do Tripoli (ex-PSDB, atual PV) e acompanhava meus pais nas votações (da cédula a então urna eletrônica) para teclar: 45.


Mas o tempo passou. E quando chegou 2001 eu tirei meu título de eleitor, já convicto do meu próximo voto, em 2002. Era naquele, o da esperança, o do homem sindicalista, de passado de lutas, o nosso 'companheiro', o Lula. E novos anos se passaram, alguns escândalos surgiram. E, evidentemente, que o Lula já não significa a mesma pessoa que era então na minha ideologia de 2002.


Quando veio 2004, indepedente de partidos, eu me rebelei. Tinha certeza que Marta Suplicy deveria ser reeleita. E continuo achando. Pelo simples fato de que desde que me entendo por gente nunca havia visto de perto uma revolução social como ela fez. E são inúmeras, e que não atingem apenas a classe baixa, como bradam alguns elitistas. Em primeir lugar, Marta enfrentou uma máfia das mais perigosas, que foi a dos Transportes. Implantou o Bilhete Único, quando a oposição dava risadas - "isso nunca vai dar certo". Bom, ele está aí, até hoje. Com a única diferença de que agora você não carrega mais na catraca - 1º retrocesso de Kassab, vulgo fantoche de Serra.


E ainda tem os CEUs... Lembro exatamente de um almoço na casa de uma amiga, em meio às discussões sobre o segundo turno do pleito municipal na cidade. "Porque a Marta isso, o Serra aquilo". Até que a empregada disparou: "No meu bairro, todo mundo vota na Marta. Se vocês soubessem o que o CEU transformou minha região, vocês também votariam nela. Ou não, porque ele não é para ricos, né?". Aquilo foi um soco no estômago para alguns, a (re)convicção para outros. Quatro anos depois do seu primeiro mandato, vem o Kassab falar que construiu não sei mais quantos CEUs. Na minha cabeça, isso sempre foi mentira. E, conversando com um taxista que mora na zona leste, tive a certeza: "Os CEUs que ele diz ter feito não são nem de longe iguais aos da Marta. Ele é bem menorzinho, bem mal-feitinho...". - 2º retrocesso de Kassab.


Estas são as duas principais ações de Marta. E agora vamos ao Kassab.

- Cidade Limpa. Ok, é importante, a cidade está mais bonita. Mas que conseqüência social isso tem?

- Alargamento da Av. Paulista. Ok, está mais bonita. Mas que conseqüência social isso tem?

- E me pergunto: que ação social fez Gilberto Kassab? AMAs? Aquele posto que supostamente é fácil de marcar consultas, o paraíso da saúde? Aff...


É pela minha contínua convicção de que nenhuma transformação na cidade é válida se não for ali embaixo, aos que realmente precisam, que me indigna ver como essa cidade que eu nasci e moro votará em peso no Kassab.


E quando vou discutir com pessoas da mesma classe contrária a sua candidatura tenho de ouvir: "Não gosto da Marta"; "Ah, ela é uma vaca!"... Discussões infundadas; argumentos vazios.... Triste.


Ok, vão dizer alguns: "tava demorando para ele fazer uso político do blog". Bom, mas aproveitando a piadinha de algum amigo (que eu sei bem quem é) que assinou um post como 'Gilberto Kassab' eu manifesto aqui o meu voto. E eu sei que muitos já sabem.. Sim, ele é 13, é da Marta Suplicy. Porque eu ainda voto pensando lá embaixo e não no asfalto da minha esquina.

Lenda no Ibirapuera


Algumas baixas relevantes - Gossip e a mais recente, Paul Weller - e dúvidas sobre o novo esquema da Arena de Eventos: vai começar o Tim Festival. De hoje (21) até sábado, bons nomes passam pelo palco do Auditório e da Arena. E, sem dúvida, o principal dentre eles estará na abertura, hoje, no Auditório. O moço à esquerda (ok, ele tem 77 anos) acompanhou profundas revoluções do jazz, como o hard bop e o bebop, e é uma dessas lendas vivas que a música ainda nos permite conferir ao vivo. O show promete! Que venha o Tim Festival...

Tic-tac.. Tec, tec, tec... Tic-tac


"Só o trabalho liberta". Não é mesmo Caju?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Chove chuva...


Acabo de voltar de três dias de pleno lazer em Picinguaba, ali entre Ubatuba e Parati. E percebi que dias ensolarados fazem falta, mas que dias de chuva são bons também. Bom para descansar 100%. Afinal, não resta muitas alternativas: revirar-se na cama ou ir até a geladeira tomar mais uma gelada? Ou melhor, tinha uma terceira, sim: acompanhar "mais informações sobre o desfecho trágico do seqüestro de Santo André". Mas entre tudo isso, sobressaiu a segunda (geladeira e cerveja, lembra?) e uma quarta: aproveitar a companhia de viagem. Meu grande irmão, meu irmão da vida, o Nenecs. Entre churrasquinho preza, macarronada à moda do xote, um trabalhinho sujo entre um rango e outro e umas cachacinhas em Parati, o que mais se fez foi dar risada e falar da vida. Sol para que mesmo, né irmãozinho?

Assim, inauguro este blog, com boas vibes (em plena segunda-feira). Pronto para a maratona do Tim Festival, que começa amanhã com o monstro Sonny Rollins. E segue com outras interessantes atrações...

Em tempo: relutei muito em fazer esta página. Tinha repulsa a blogs (e blogueiros!). Achava um mundo bem do esquisito. "Uma exposição. Parece terapia na internet", disse algumas vezes a Mazinha, uma das primeiras blogueiras que conheci. "Bobagem papas, faz que é divertido". Pois bem, nas últimas semanas comecei a levantar a possibilidade de fazer. Sem muito anúncio e enrolação, peguei e fiz. Ainda não sei se gostei, mas vamos começar. Vamos falar de música na essência, de coisas da vida (as 'bodices' - que não são necessariamente coisas ruins) e, claro, molhar as palavras. Uma gelada, por favor!