terça-feira, 2 de dezembro de 2008

que mal há?


Há cerca de duas semanas, um assunto tomou as rodinhas. E não se trata do caos em Santa Catarina. Mas de um caso entre uma garota de 16 anos e um homem de 30. Ela, a menina que canta folk e estampou diversas capas este ano, passando de anônima a revelação do ano. Ele, um cara que despontou com Los Hermanos e deu início a carreira solo. Caso ainda não saibam... Ela, é Mallu Magalhães; ele, Marcelo Camelo.
A princípio, a diferença de idade poderia até assustar. Quatorze anos é uma diferença significativa, mas não impeditiva. Mas será que em pleno século 21 o tema ainda merece tamanha relevância - manchetes atrás de manchetes, e até uma reportagem no Fantástico para discutir a questão?
Antes de mais nada, idade é uma questão numérica apenas. Todos conhecem ou devem conhecer garotas e rapazes cuja idade passa ao longe da mentalidade/maturidade (para mais ou para menos). Não é difícil encontrar caras de 30 com cabeça de 15, ou caras de 20 com cabeça de 30. O mesmo vale para meninas, que às vezes em plenos 25 anos parece uma de 12. Ou vice-versa.
No caso da Mallu, a aparência frágil deu margem a diversas interpretações. O jeitinho menininha-ingênua deu a percepção de que ela embarcou na sedução de um lobo mau. Já cansei de ouvir de brother: "se fosse minha filha esse cara levava chumbo". Pura besteira e retrocesso. Mallu Magalhães não é uma mulher formada, é verdade. Mas, para mim, ela tem consciência do que está fazendo e o que pode aprender com seu parceiro. É capaz que ela sofra quando a sintonia não bater mais. Mas é capaz que ele também sofra.
O amor não tem respostas prontas. E acho uma baboseira esse tipo de discussão. Cada um toma conta da sua vida, não é mesmo? E se vão se amar ou sofrer cabe somente a eles. Do público, o único interesse deve ser a música e suas respectivas produções. E essa discussão, sim, parece-me muito mais rentável. A parceria já deu frutos. E pode ficar ainda melhor. O resto, o destino há de se encarregar. Nénão?

Um comentário:

Flor de raposa disse...

é sim. Cada um no seu quadrado. E mais... quem fala mal, é porque bem que queria tirar uma casquinha : dela ou dele.
beeeeeeeeeeeeeeijo