quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

um gênio

até hoje não consigo entender como a estação primeira de mangueira pôde desfilar no ano passado sem um enredo que fizesse jus a um de seus maiores representantes, um dos maiores nomes do samba, Cartola. É que a escola verde-e-rosa como todas as demais escolas de samba do Rio já se venderam há muito tempo. O que fez com que a memória de Cartola fosse substituída por um enredo que falava de Recife (financiado pelo governo), sob a 'desculpa' dos 100 anos do frevo (LEMBRANDO: CELEBRADO EM 2007 E NÃO 2008!). Ou seja, nada justifica. Mas é esse tipo de postura que me faz compreender a apresentação que vi ontem. Anualmente, a Mangueira promove um show de verão para arrecadar dinheiro para o Carnaval. Partindo do pressuposto de que o show é comercial por si só, essa questão ficava escondida. Já que a escola reunia seus grandes representantes para lembrar os clássicos da verde-e-rosa. Não é mais o que acontece. Além do elenco renovado (Maria Rita, Marcelo D2, Roberta Sá, etc), agora os convidados vão ali para exibirem seu próprio repertório. Perdeu toda a graça. O show da Mangueira, hoje nada mais é que um especial de fim de ano da Globo. Com passistas e bateria ao final. É para lembrar um pouco dos bons tempos, que eu faço essa pequena homenagem a ele... Que fez tantos verem que o mundo é um moinho, que as rosas não falam e que, sim, deve haver o perdão.

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