segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Escolhas tortuosas

Desde que vi o trailer, fiquei curioso pela nova trama de José Eduardo Belmonte. O teaser de "Se Nada Mais Der Certo" mostrava de antemão que a violência (tão explorada no nosso cinema) ali não seria gratuita. Que Belmonte saberia criar uma trama de ficção com emoção e tiros na dose certa. Veio a estreia no início de agosto e fui adiando os planos, por falta de tempo, de companhia, de atitude. Ontem resolvi encará-lo. Havia apenas uma sessão no HSBC, às 14h30. E renunciei à vontade de curtir o sol, para me livrar dessa 'pendência' pessoal. Fui sozinho, sem lembrar ao certo o que iria ver. Belmonte e 'Se Nada Mais Der Certo' foi uma boa surpresa. Um cinema brasileiro de poucos recursos e de história contudente. Um drama peculiar, que tem sarcasmos, tem política, tem diversas verossimilhanças. Ao centro, Cauã Reymond, Caroline Abras (Marcin? Marcinho ou Marcinha?) e João Miguel despontam como três frustrados que lutam pela sobrevivência. A princípio, cada um a seu modo. Depois, unidos pelo 'fim da linha', iludidos por uma nova escolha. Luiza Mariani convence com sua anorexia esquizofrênica. Uma soma de virtudes coloca 'Se Nada Mais Der Certo' como um dos mais interessantes filmes nacionais que assisti nessa atual produção. E não que eu seja contra a violência nua e crua, como os brilhantes 'Cidade de Deus' e 'Tropa de Elite'. Mas aqui ela está na classe média, sendo utilizada em dramas particulares de fácil identificação. Um belo drama nacional.

2 comentários:

eu disse...

como sem companha, me chama, me chama........
adoraria ter ido.

Unknown disse...

Eu tbem!