terça-feira, 6 de janeiro de 2009

e o mundo não se acabou

Dia 27 de dezembro. O bonde passaria às 19h, 20h. Eu, Loris, Gui e Jônia. Bora descer a serra, rumo a um pequeno paraíso chamado Picinguaba. A ida foi tranquila, com direito a um pit stop policial, com direito a bafômetro. Mas estava tudo bem (graças!). Mal sabíamos o que nos esperava na chegada. A ladeira da preguiça para chegar em casa com uma mala (quase) maior que eu me fez chegar de língua pra fora e poros encharcados de suor. Era a brecha para a primeira promessa de Ano Novo. 'Ok, vamos segurar um pouquinho na cerveja, no cigarro e no sedentarismo'. Promessa ignorada, óbvio. E antes mesmo de virar o ano.
Dali em diante, até o dia 4, se completariam sete dias de muita paz. E de muito conforto. E quando digo conforto é no sentido acolhedor. A melhor opção de 2008/2009 foi abraçar a família Manechini/Moraes. Tem coisa melhor que acordar e ter café natural pronto? "Vai um suquinho de laranja, belo?". Ou voltar da balada com diversas opções na despensa? Ou mesmo aquela sobra de um jantarzinho caseiro? Cara, não tem.
E o que dizer da nossa farta ceia de Réveillon? E dançar 'Incensa', com incenso na mão, acompanhado da Biru e da Loris minutos antes da virada? E acabar a luz a 10 min da contagem regressiva? E conhecer as lindas praias - Brava de Camburi e Brava da Almada - graças ao nosso surfer boy, o nenecs? Ou tomar uma chuva fim de tarde na fazenda, com nossas cervejinhas na bolsa térmica. Fala aí, muringa? E um bleckout às 5h da manhã do primeiro dia do ano e ver o sol nascer ao lado de uma roda de samba, cantando "Quem nunca viu o samba amanhecer, vem em Picinguaba pra ver"... Passar horas jogando buraco, ganhar uma única partida de milhares, ingorar e descer a ladeira pra tomar mais cerveja? Ou comer uma porçãozinha de lula, pastel, brigadeiro e pipoca numa mesma tarde nublada? Conversar com o jorge horas a fio, graças minha parceira fiel, a Biru? Ou tomar um mé incentivado pelos veteranos Dirceu e Luis? Ou falar da vida, de música e Fortaleza com as santíssimas Ellen e Edla?
Ah, aquela casa nunca mais será a mesma. Ou melhor, será. Mas cheia de boas energias, após uma semana de muita tranquilidade. De muita natureza. De fogos e latidos. De abraços e beijos. De cigarras e aranhas. De lagartos e borboletas. Com direito a um companheiro Simon na ponta dos meus pés para subir a serra. Tudo diferente dos últimos anos. É farra com jeito de almoço familiar. Com limites e liberdades. E sem nenhuma futriquinha. Afinal, passamos longe dessa.
É. 2009 chegou e o mundo, já lembrava Assis Valente, não se acabou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amei! E não é que foi assim mesmo. Coisa linda de se vê e viver. Mas vc se esqueceu de mencionar desejos básicos da nossa virada. Então vale lembrar: "Vamos começar o ano com pé, mão e DIGNIDADE"!
E salve o momento da virada em que estávamos todos descontrolados e felizes da vida bombando e cantando na pitinha do samba maluuuco de Picinguaba quando a luz acabou e a escuridão foi o melhor presente de ano novo. Aquele céu estrelado tomou conta da minha pessoa, e da melhor maneira. Valeu!!! Amo muito tudo isso.

nana tucci disse...

que lindo, pedrinho. deu pra sentir como deve ter sido lindo. beijao!