quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

titânicos

Uma grande família. Mais que um casamento. Em uma convivência duradoura, pacífica e verdadeira. Arnaldo, Branco, Paulo, Nando, Sérgio, Marcelo, Charles, Tony. Oito rapazes, poucos desejos e muita vontade de curtir. Do palco do Fábrica do Som, no Sesc Pompéia, em 83, para programas de Chacrinha, Hebe Camargo e Faustão. O hit? Sonífera Ilha. A partir dali, a vida daqueles então garotos foi transformada. Como uma família, cada um a seu estilo. Curtindo a vida adoidado. E (quase) tudo capturada pelas mãos de Branco Mello, o membro que (despretensiosamente ou não) quis registrar cada segundo daqueles momentos de fama. No hotel, no palco, no estúdio, em casa. O resultado é uma volta no tempo. E que está no filme "A Vida Até Parece Uma Festa" que estréia dia 16. O título se justifica. A trajetória da banda poderia ser tema de uma grande festa. Mas ela "até parece" pq, na verdade, não foi todo tempo assim. Essa trajetória que passa dos 25 anos teve lá seus problemas. Tony e Arnaldo foram presos com porte de heroína (daí a canção 'Polícia'), dois de seus importantes integrantes (Nando e Arnaldo) deixaram a banda e um deles faleceu em um estúpido acidente de moto. Como num videoclipe, 'A Vida Até Parece Uma Festa' cativa os saudosistas da década de 80. Mas também atinge os mais novos e velhos. Porque a tal banda de rock não foi apenas mais uma. Trata-se de uma das bandas mais significativas do rock brasileiro e entre as mais duradouras. Uma banda que soube amadurecer - tanto que seus ex-integrantes ainda são como parte da família.
Um filme musical, que desperta saudade, seja com 'Marvin', 'Polícia', 'Bichos Escrotos' ou mesmo 'Epitáfio' e 'Isso'. Um filme que revive uma época, por assim dizer, esquecida. Que emociona, a ponto de marejar os olhos.
Um documento histórico da música brasileira. Obrigado Branco.

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