sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

olhar inseguro


Inspirado nas mulheres sofridas (e sofredoras) vou continuar no assunto. Acaba amanhã a minissérie global que relata a vida de Maysa. Até há poucas horas eu não tinha visto nenhum capítulo (afinal, nesse calor é difícil parar em casa). E relembrei muito de como Ruy Castro retratou a cantora no livro 'Chega de Saudade', em um capítulo quase todo dedicado a ela. Maysa alcançou sucesso internacional, teve filhos e amou muito. Viveu intensamente as oportunidades que a profissão pôde lhe oferecer. Bebeu muito. Ignorou seu filho para desfrutar mais das viagens e dos inúmeros amantes (chegou a se enroscar com o marido da amiga, sendo hóspede da mesma). Viajou muito, amou muito e ganhou muito. Maysa, porém, não foi feliz. Ainda que quisesse transmitir ser, nunca conseguiu. E talvez jamais conseguisse, mesmo que não tivesse sido vítima de um acidente no Rio de Janeiro. Porque era passional, egoísta e insegura. Uma linda mulher, vítima dela mesma.

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