sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

é pela paz que eu quero seguir


Sábado 27 de dezembro de 2008, eu cheguei à redação totalmente desavisado. Estava escalado para fazer plantão na Internacional. O editor me cumprimentou com um solene "o dia está agitado hoje". 'Merda', pensei. Afinal só conseguia vislumbrar descer a serra e chegar logo a Picinguaba. Aos poucos fui entendendo a dimensão do problema. E, desde então, os noticiários narram dia-a-dia os passos da guerra armada entre palestinos e israelenses. Hoje o que parecia ser uma sinalização de trégua, foi rejeitada horas depois pelo primeiro-ministro israelense e o Hamas, que disseram ser impossível acatar o pedido de cessar-fogo da ONU. Não sou nem de longe profundo entendedor do assunto. Mas a verdade é que cansei desse guerra religiosa, a meu ver incompreensível. Aceito e entendo que a religião exista, mas não concordo com tamanho fanatismo que coloca à prova milhares de vidas. Não dá para entender como mandamentos superiores (espirituais) obrigam seus seguidores a se matarem, se assim for preciso, para impôr sua religião. É triste e repugnante que isso ainda exista - e pior, que esteja tão longe de evoluir. E numa ilusão ainda mais longe, que ela acabe. O fato é que continuaremos acompanhando os jornais, com fotos tenebrosas como essa acima. A pergunta é: até quando? Até quando, diria Marcelo Yuka (ao falar da nossa guerra civil), teremos armas apontadas para a cara do sossego? É pela paz que eu quero seguir.

2 comentários:

palavrasdehoje disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Suas palavras me contemplaram demais, pequeno. Bem no momento que acabo de descobrir o seu blog.
Coincidência?
Beijo grande e saudoso