sexta-feira, 17 de abril de 2009

orestes e heleninha

a trilha sonora deles poderia ser um poético samba de cartola, a melancolia de um radiohead ou mesmo um rock dos rolling stones. e por que não um sertanejo bem brega do chitãozinho e xororó. eles cantam alto no carro - e a trabalho. afinal, eles ignoram etiquetas (com classe). os olhares falam mais do que as frases. e é diário. capaz de interromper qualquer concentração. eles se olham e riem. ou choram sem a necessidade da lágrima. amam a realização de um bom texto tanto como uma bela pistinha. se divertem, se xingam e se amam. são verdadeiros. sem qualquer espaço para mentiras. segredos? aos montes. confiam piamente um no outro. andam como pulga e piolho. e como falam... e são intensos. no trabalho ou na balada. se ajudam, se alcoolizam e são felizes. ele adora uma mesa de bar e uma cachacinha. ela é fina, dança indie rock (ou um bom samba) acompanhada de um copinho de whisky ou de vodka. ela é a eterna companheira. que faz ele ver a vida com mais cores e leveza. ele é, por assim dizer, a lisergia dela. o empurrão para lembrá-la que a vida está apenas começando. e que sempre há espaço para o novo. os olhares ficarão um pouco mais distante daqui em diante, é verdade. e ele sentirá um vazio de não tê-la ali, com aquele olhar e as caretas que quebram seu mal humor diário. mas ele sabe que não pode ser egoísta, mesmo que não consiga disfarçar. ele está feliz, mas triste. é uma doce solidão. que vai passar. porque orestes e heleninha levam a ressaca numa boa. sempre prontos para mais uma. porque eles têm a certeza que isso vem de outras vidas. e que a relação é eterna. e saudável. como o tilintar de copos de um brinde sincero.

Um comentário:

thais disse...

oooow, deus. seu baixote maluco (e muitas vezes sensível). a gente ainda vai morrer com essa vida, viu? e olha que sou cinco anos mais velha e só "pioro" com a idade... luv.