terça-feira, 30 de junho de 2009
coisas de um ex-dread
sábado, 27 de junho de 2009
thriller e o sol quadrado
detentos filipinos homenageiam michael em encenação de thriller. incrível.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
sem palavras
sorriso negro
terra do nunca

mas lembro dos domingos no fantástico. de quando vi black or white pela primeira vez. de quando vi 'free willy' e a música-tema era dele. de quando ele veio ao Brasil pela segunda vez e eu gravava - em VHS - passo a passo dele no País, até aquele incidente do atropelamento de um fã na sua saída do hotel. michael era presença constante. daqueles artistas que viram membro familiar. falar de michael era falar daquele amigo de escola, ou de um primo distante.
outros artistas pop surgiram nesse intervalo de decadência. britney, justin, boys-band, christina aguilera, beyoncé. todos tinham alguma influência de michael. e isso era evidente. mas jamais chegariam aos pés de michael, nem mesmo justin - o melhor entre todos esses - poderia ser tão genial como o cara que criou o moonwalk.
cheguei a pensar, em alguns rompantes, em me endividar em mil parcelas e vê-lo nessa turnê de londres. e parece ridículo, demagogo, falar isso agora que ele se foi. mas era verdade. e só eu sabia disso. ontem, quando começaram os burburinhos na redação, tentei não acreditar que ele estava mal. acompanhei segundo a segundo a CNN em busca de uma resposta positiva. um aceno, um sopro, um comunicado feliz.
só lá pelas 22h consegui parar e ter a noção do que havia acontecido. passei a assistir vários videoclipes, como se tivesse 5, 7 anos. e o térreo do prédio ficasse vazio, porque estavam todos em suas respectivas residências para ver a mais nova megalomania de michael. por um momento, senti como se minha infância perdesse o sentido.
são poucas mortes de artistas que me comoveram. conto em uma mão, inclusive. emoções como essa, só com ayrton, mamonas e paulo autran. cada um a seu modo fez parte da minha vida como se uma parte dela deixasse de existir após sua despedida. michael soma-se a todos eles.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A morte de Michael

A morte de Michael Jackson, aos 50 anos, pegou de surpresa representantes de várias gerações da música brasileira. Muitos deles, inclusive, receberam a notícia pela própria imprensa. Caso de Luiz Melodia, que repercutiu a tragédia perplexo ao telefone. “Independentemente da música, ele era um grande dançarino. Que empolgava não só com seu repertório, mas pelo seu bailado”, disse o carioca, que afirma ter sofrido influência na dança. Ed Motta vai mais além. “Michael é a continuação da ideia proposta pelo James Brown, foi um Frank Sinatra do soul. Ele levou a ideia de cantar bem, dançar bem, ser um showman – e sempre com maestria”. Para Ed Motta, Michael “liderava as massas de forma brilhante”.
Representante de uma geração mais atual, o baixista Dengue (Nação Zumbi) relembra um dos maiores astros pop no tempo em que ainda era “moleque”, de quando brincava na rua e voltava correndo para casa para ver um novo videoclipe. “Lembro bem do dia em que ia passar 'Thriller' no 'Fantástico'. Na rua todo mundo só falava disso. Quem naquela época não andava ‘moon walker’?”. Para o instrumentista, a influência de Michael na sua geração é inegável. E emenda: “Se a geração atual não o ouve, posso dizer que ela está perdendo muito”.
Baterista d’Os Paralamas do Sucesso, João Barone analisou o fato de Michael morrer justamente no momento em que só se falava na megaturnê que marcaria o seu retorno, após anos de decadência e escândalos. “É curioso e arrebatador. Mas o fato é que Michael Jackson ficará para sempre no panteão dos ícones do pop mundial”. Ed Motta aproveitou o gancho. E dá sua visão sobre o tal retorno “Acredito que ele estava sendo muito cobrido por esse retorno, em questões contratuais. Acho que essa é uma oportunidade do público parar e olhar de perto as tensões que um artista passa. E que termina assim, tão jovem.”.
Barone diz que o período de entressafra de Michael acabou deixando sua música em segundo plano, enquanto só se falava da sua decadência. “É lamentável ver um cara que teve tudo na mão ficar com a pecha daquele que perdeu o controle da própria carreira. Agora, o que se tem de fazer é lembrar dos seus bons momentos”, diz ele, que pontua 'Of The Wall' (1979), assim como Ed Motta, como um marco na carreira de Michael.
O DJ e produtor Plínio Profeta lembra que não havia uma noite sequer que ele deixasse de tocar algum remix de Michael. “Estou chocado”. Sem palavras, KL Jay, dos Racionais MC’s, foi informado pela assessora após ligação do repórter. Segundo ela, ele ficou sem palavras e não teria condições de falar. Caetano Veloso, que registrou 'Black or White', no antológico 'Circuladô', em medley com 'Americanos', também não pôde falar. Segundo seu produtor, o cantor e compositor baiano gosta muito de Michael e poderia se desconcentrar antes do show que faria ainda hoje em Porto Alegre.
Em uma comparação surpreendente, Ed Motta resume perfeitamente o status e (por quê não?) os problemas de Michael: “Ele era uma Marilyn Monroe misturado com Mickey Mouse e a Coca-Cola juntos”. Um símbolo pop sem dimensões. (Pedro Henrique França, de O Estado de S. Paulo)
ême-ésse-enê
oi.
antonio diz:
oi amor
sofia diz:
fala q me ama. to carente.
antonio diz:
se te chamo de amor nêga é pq ele é real. e isso basta. mas se tu queres eu te amo. tudo bem. eu te amo
antonio diz:
tb ando meio carente. mas ah, definitivamente, essa vida é doida msm. sorte (ou azar) daqueles que se julgam felizes
sofia diz:
eles tomam prozac que eu sei.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
quem paga?
porque em tempos de atos secretos e bodices afins, não achei nada mais elucidativo que esse clássico. viva cazuza!
terça-feira, 23 de junho de 2009
ser ou não ser?

intermitente, adeus

sábado, 20 de junho de 2009
kelly key blues
maria gadú é uma paulistana de 22 anos que há alguns meses desencantou no rio. em temporada por lá, atraiu caetano veloso e milton nascimento. aparentemente punk, ela surpreende e investe em MPB banquinho e violão. além de autorais e releituras para chico ela até brinca dando verniz blues a baba baby, da kelly key (lembram?). estreia em sp dia 30/6, no studio sp.
volta por cima?
el cabriton
quarta-feira, 17 de junho de 2009
adendo
beirut confirmado
este blog confirma. a banda americana Beirut, comandada pelo sensacional zach condon (de apenas 23 anos), é atração do festival Percpan. Data: 8/9, no Auditório Ibirapuera. I-M-P-E-R-D-Í-V-E-L. Enquanto isso vejam o novo clipe, 'Concubine', que estará em seu próximo ED duplo.
data e local do depeche mode
agora, sim, está confirmado (quase) todos os detalhes da vinda do Depeche Mode. segundo o site oficial da banda, a turnê brasileira começa no Rio, dia 22, no Citibank Hall. Em Sampa, tocam dia 24, no péssimo Arena Anhembi. As vendas para as duas datas começam dia 14 de agosto no site da ticketmaster (www.ticketmaster.com.br). Só não se sabe ainda os valores.
pergunta que não quer calar
terça-feira, 16 de junho de 2009
sonhos cruzados
além do horizonte
dica: às vezes
ps: a quem não conhece, reserve dia 29. Jeneci e Tulipa Ruiz fazem show juntos no Grazie a Dio!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
de caê ao xote
Na terça passada tive oportunidade de falar com esse eterno tropicalista, Caetano Veloso. Foi um prazer enorme falar com ele, que é prolixo sim, mas uma simpatia só. Compartilho com vocês a conversa, abaixo, na íntegra.
NOVO DISCO
"O que deu essa cara (roqueira) foi a existência da banda. Quis continuar trabalhando com a banda que armei para fazer o 'Cê'. Então, pensei em fazer alguns tratamentos a partir do timbre da banda com o ritmo do samba".
O REPERTÓRIO E O QUANTO HÁ DE CAÊ NELE
"Você achou que está mais melancólico (que o Cê)? Pode ser... É que em Cê as letras são mais agressivas. Aqui, não são tão agressivas. Então, elas são mais contemplativas, mais reflexivas. Acho que o disco tem um conteúdo mais abrangente. É mais político. Menos do que a vida individual, como em Cê. Quanto a serem mais documentais, de experiências da minha vida, acho que empata. Nos dois discos, como no geral são minhas músicas, elas são mais autobiográficas".
REPERCUSSÃO DA CRÍTICA
"Não vi quem falou bem, vi quase que só falando mal ou meio nada. Sabe o que acontece? Todas as canções com os respectivos arranjos já era conhecido dos shows que eu tava fazendo. Essas opiniões não vêm de uma coisa que estão ouvindo agora. Há uma certa frieza também porque aquilo já é conhecido, ninguém está opinando mesmo. Eu não ligo não. A imprensa pega no meu pé e eu no dela, é assim há muitos anos. Eu gosto de imprensa, mas também tenho que reagir. E assim mesmo".
'LAPA' OS NOMES DO ATUAL ROCK E DO SAMBA
"Aparecem muitas coisas no Brasil. Vejo bandas que vou ver na Cinemathéque, que às vezes nem lembro o nome. Ouço discos antigos, coisas internacionais: americanas e inglesas, onde se dá propriamente a realização da história do rock'n'roll. Naturalmente, ouço o que todo mundo ouve. Mas também algumas que nem muita gente ouve, como Animal Collective, TV On The Radio, Radiohead... E samba, gosto muito da Roberta Sá, adoro ela. E gosto de uma porção de coisa que vou ouvindo. Gostei do disco do Rodrigo Campos... Vi um show aqui (no Rio), que aí é mais pra rock do que pra samba, da Tiê, de que gostei muito. Tinha ouvido só no Youtube o clipe de 'Passarinho' e achei apaixonante. Depois, fui ver o show e gostei muito de uma música que chama Chá Verde. E gostei dela como um todo, a voz, a presença, o show. Ela canta bem sem ficar exibindo que canta muito".
STUDIO SP E A TEMPORADA QUE NÃO VINGOU
"Basicamente, sim, foi por falta de patrocínio. O Alê (Youssef, proprietário) me apresentou um convite através do Hermano Vianna. E eu fiquei animadíssimo. E eles todos, tanto o pessoal do SP como o pessoal do meu escritório, acreditavam que conseguiriam patrocínio para fazer. O lugar é pequeno e teria de ser uma temporada, e ia precisar de apoio. Tem toda a produção, equipe, banda e isso ia precisar de passagem, hospedagem e produção... O local e meu escritório não iam conseguir arcar com isso. O Credicard apresentou proposta de comprar o show. Eu resisti até bem tarde, porque houve uma nova possibilidade de patrocínio. Até que o Alê respondeu tristíssimo que o último cartucho tinha dado pra trás. Ele até sugeriu que o primeiro show fosse lá. Mas, naturalmente, o Credicard Hall comprando o show comprou a exclusividade. Mas um novo show no SP não está descartado. Espero que aconteça sim".
'FALSO LEBLON' E AS DROGAS NA NOVA JUVENTUDE
"Sempre achei e acho racionalmente que a legalização (das drogas) com uma taxação alta e um desestímulo ao consumo é que é a solução. Agora, quando vejo crianças e mulheres acabadas na rua por causa de crack me sinto abalado. Aquele personagem do Tropa de Elite, o policial que foi estudante da PUC, e que o drama ali, de apontar para o menino da elite que aquilo é culpa dele, é verdade, naquela perspectiva. Mas é fato: se não houver consumo não tem porque haver tráfico. É uma cadeia. Eu, pessoalmente, sou suspeito. Não gosto, não tomo droga, nem nos anos 60. Tenho medo, me sinto mal fisicamente. Teve um período que era moda cocaína, eu tinha horror. Já ouvi falar que pinta, que rola. Mas não vi mais. Houve um período que via, hoje não vejo mais. Então essa música é em parte uma lembrança, em parte do que ouvi falar. Odeio tanto quanto odiava antes."
LIBERAÇÃO SEXUAL E PARADA GAY
"Adoro isso. Me lembro que briguei com um jornalista, assim gritantemente, porque, entre outras coisas, disse que o Brasil era um país que não se podia nem fazer uma parada gay, porque a tentativa levaria somente 12 pessoas para a rua. Falei 'esse cara é um idiota, em pouco tempo a parada gay no Brasil será maior que a americana'. E é, estava certo. E fico orgulhosíssimo. Sou a favor de casamento, de adoção, de tudo que for, de tudo o que a pessoa quiser fazer. Não vejo mais nenhuma razão pra se dizer que só pode haver uma relação amorosa entre um homem e uma mulher. Nunca houve razão, mas hoje em dia já se sabe que não há razão".
TOMBO EM BRASÍLIA E O MEDO DA MORTE
"Caí, foi horrível, tomei um susto horrível. Eu tenho muito medo da morte, tinha mais ainda. Porque quando era moço, era mais narcisista ainda. Hoje já não tenho tanto. Mas tenho, tenho medo. Mas não penso muito nisso, não dou tanta importância como eu dava".
SEXUALIDADE AOS 66 ANOS
"Lido da melhor maneira que posso, não fico demasiadamente encucado com isso, não. Vou vivendo... Já sofri muito e já gozei muito também a existência. Já sei como é que se fazem essas coisas, mais do que sabia antes. Então, vou tocando, vou levando..."
O REPERTÓRIO QUE PASSA
"Não tenho nada que não aguente das minhas músicas. Tem umas que passo algum período com um pouco de preguiça de cantar. Às vezes canto porque alguém pede e no meio da música me dá preguiça. A última foi 'Você é Linda'".
ELEIÇÕES 2010
"O que vejo é que há uma candidatura da Dilma e mais nada, porque o PSDB não se decide. Mais uma eleição de Lula é inaceitável, e espero que seja de fato também por ele. É impensável. Agora, o que temos é uma candidatura da Dilma, que tudo bem, é muito simpática. Diz-se que o PSDB poderia sair com o Serra, que tem aquela porcentagem alta nas pesquisas de intenção de voto, ou com o Aécio. E eu não sei. Ainda não saiu, tem que sair. Mas eu prefiro o Aécio".
on the road
esse conjunto de brighton faz um rock alto-astral e comparece à via funchal sexta. the kooks, estarei lá!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
lá vem caê
amanhã e sábado, o cantor e compositor baiano ocupa o gigantesco (e chocho) credicard hall. a base roqueira do anterior 'cê', está impregnada. até em 'incompatibilidade de gênios' (essa pérola de joão bosco e aldir blanc).
nova invasão
sábado, este pop rock estará novamente no studio sp. é o sueco jens lekman, que faz nova invasão por aqui. antes, umas 23h, tem a 'chanson-argentina' de thiago pethit (vale ver. confira esse clipe em animação: http://www.youtube.com/watch?v=wnj9f2-_TKo)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
hoje, no Caderno 2
Sem complicação nem exagero, Jeneci canta delicadeza do amor
Em alta com os grandes nomes, o compositor aborda as paixões de forma direta
Pedro Henrique França, de O Estado de S. Paulo
Em tempos de homenagens aos 50 anos de carreira de Roberto Carlos, um nome quer, despretensiosamente, fazer música como o tal. E não é o China, da cover Del Rey. Apesar de ter um pé na mesma origem - filho de pernambucano -, Marcelo Jeneci toma o romantismo do Rei como influência. E, de quebra, empresta a simpatia que deixa meninas encantadas - como mostrou em sua estreia, no Grazie a Dio!, na segunda passada. O frio espantou o público. Mas nem o baixo ibope diminui seu brilho.
Por volta das 22h30, ele sobe ao palco amparado por um virtuose elenco: o baixista Regis Damasceno (Cidadão Instigado), o baterista Curumin e o guitarrista Gustavo Ruiz (Trash Pour 4). Com pouco mais de um ano juntos, o resultado já é digno de longa estrada. Mas ele não está só em companhia de homens. Tem ao seu lado a doce voz de Laura Lavieri, de apenas 19 anos. Essa união é mais antiga - vem da relação musical de Jeneci com o pai da, então, adolescente. Até que, há cerca de dois anos, se encontraram em um show do Cidadão Instigado e detectaram afinidades musicais. "Não era um lance de curtir as mesmas bandas", diz Laura. "Mas em como sentimos a música." Se na ocasião a união foi natural, hoje, diz ele, não há nada que os separem. (Que fique claro: o 'casamento' é apenas musical.)
Como uma dupla sertaneja - gênero que tem como referência, tendo sido gravado por Leonardo (Longe) -, apresenta temas românticos em levada MPB, sem complexidades. Como a delicada Dar-te-ei e a visceral Feito pra Acabar. Sucesso com Vanessa da Mata, Amado também comparece. Em 1h40, Jeneci sobressai nas canções singelas; efeito contrário na investida em rocks ensolarados. O único senão é a interação nonsense com o filme Um Convidado Bem Trapalhão, que arrancou risos em canções densas. O erro será corrigido: no show de hoje, ele espera contar com o VT de Anos Incríveis. Aí, tudo a ver.
Na segunda fase da carreira, após dez anos ao lado de nomes como Chico César, Elza Soares e Vanessa, Jeneci revela material suficiente para estrear em CD. Só espera uma chance do mercado.
Serviço
Marcelo Jeneci. Grazie a Dio!. Rua Girassol, 67, Vila Madalena, tel. 3031-6568. Hoje, às 22 horas. R$ 15.
marília e roberto
essa interpretação de marília pêra em 120, 150, 200km por hora, no concorrido 'elas cantam roberto', até hoje me divide. ora acho incrivelmente bom, outrora acho dramaticamente exagerado. o que sei é que é diferente. e ponto.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
marília e roberto
essa interpretação de marília pêra em 120, 150, 200km por hora, no concorrido 'elas cantam roberto', até hoje me divide. ora acho incrivelmente bom, outrora acho dramaticamente exagerado. o que sei é que é diferente. e ponto.
terça-feira, 2 de junho de 2009
jenecipá
Para ouvir: a bela Dar te ei.
Marcelo Jeneci. Grazie a Dio!. R. Girassol, 65, V. Madalena. Próximo show: 2ª (8), 22h. R$ 20.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
mais uma vez...
em cena, a solidão
Palavras de Mário Bortolotto, em entrevista a Beth Néspoli do Caderno 2.