segunda-feira, 17 de agosto de 2009

livres, leves e soltos

No último fim de semana, São Paulo recebeu os dois líderes dos Los Hermanos. E eles não estavam juntos novamente, como nos shows de abertura do Radiohead. Separados, em regiões distantes, Marcelo Camelo (no Sesc Pompeia) e Rodrigo Amarante (na Via Funchal) retornavam à capital para mais uma vez apresentar suas respectivas carreiras solo. E como estavam felizes - livres, leves, soltos...
Ao lado dos novos parceiros Fabrizio Moretti e Binki Shapiro, Amarante não conseguia conter tamanha felicidade (dizem, impulsionada por algumas doses a mais). Repetia diversas vezes o quão estava satisfeito de tocar numa casa enorme para uma galera que sabia quase todas as músicas do (curto) set list. Ao contrário das apresentações da primeira turnê no início do ano, na Clash, o Little Joy tocou na Via para um público muito mais preocupado em se divertir do que em caprichar no figurino indie/fashion e na postura blasé. Saíram ovacionados, em plena festa.
Do outro lado da cidade, Marcelo Camelo encerrou ontem a turnê de 'Sou' em SP. E muito, mas muito mais solto do que nas apresentações do Citibank Hall e do Sesc Pinheiros (sem falar no frio e constrangedor show do Tim Festival, que precedeu essas outras duas). Já ao telefone, dias atrás dos shows, Camelo estava muito mais relaxado, sem recorrer às filosofias das notas, dos acordes, das poesias. Estava objetivo, direto e simpático. No palco do Sesc Pompeia, ele reforçou tudo isso. Transbordava felicidade, agradeceu São Paulo diversas vezes por tê-lo acolhido (ele mora atualmente em Pinheiros - dizem por conta da namorada Mallu Magalhães). Seu affair, inclusive, compareceu para o duo em 'Janta', mais próximos do que de costume (cantando no mesmo microfone). Ao final, Camelo convocou todo mundo ao palco e saiu extasiado, com sensação de dever cumprido. Aqui do lado de fora fica a sensação de que separações muitas vezes podem ser benéficas para cada um expressar seu lado criativo com mais liberdade. Ou como disse Camelo, é bom não ter que conjugar seus devaneios com os de outro alguém. Ser sozinho pode ser mais lucrativo do que se pensa.

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