segunda-feira, 27 de julho de 2009

público e privado

até onde vai a liberdade de expressão?

Há algum tempo venho me questionando sobre a internet. Principalmente, sobre a ladainha 'democracia e liberdade de expressão' VERSUS limite e respeito. Recentemente tenho acompanhado algumas situações que me fizeram levantar tal discussão. E, sinceramente, tenho achado a internet um pouco deprê. Em paralelo a tantas evoluções e benefícios que a rede comunicativa proporciona, a internet alimenta um poder tirânico. Onde 'eu' posso falar o que penso, o que quero, o que acho. Sem me preocupar se estou ofendendo alguém, hasteando mentiras, alimentando preconceitos ou destruindo pessoas. Parece - e pode ser que seja - uma tese um tanto quanto conservadora nesse universo irrestrito do virtual (e que é uma conquista inegável). O problema é que a web construiu, de fato, poder para implantar ideias e ideais. Se a sociedade já não procura há tempo enciclópedias e é hoje refém do Google, porque ela não iria acreditar no blog ou no twitter de qualquer um que afirme por A+B algo que ela defende (ou que o leitor se identifique)? Existe um antagonismo que ainda não consegui resolver na minha cabeça. E não me sinto capaz de dizer se defendo a liberdade ou, em alguns casos, a censura (ou punição) por uma afirmação virtual. Eu mesmo demorei a compreender a melhor utilização de um blog (um diário? um fórum de discussões? um espaço de dicas? qualquer coisa?). Mas o fato é que se a imprensa escrita (e mesmo virtual) é regulamentada porque os blogs e twitters de terceiros podem desfrutar de liberdade irrestrita e incondicional? Ao mesmo tempo, lembro o que o Lobão me disse dias desses. "O Brasil está muito careta, muito comportadinho." Sim, é verdade. E é verdade também que todos devem ser educados a falar o que pensa caro Lobão. Mas o fato é que liberdade e boa educação tem soado contraditório nos tempos recentes. Por isso, entre um e outro ainda acredito no bom senso. Algo que tem faltado por aí.

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